segunda-feira, 12 de julho de 2010

NO RESCALDO DO MUNDIAL



Terminou o Campeonato do Mundo de Futebol, o primeiro realizado em solo africano.
A Espanha foi uma surpreendente, mas merecida, campeã, conquistando o seu primeiro título na história da competição.
Goste-se, mais ou menos, do futebol praticado, parece-me incontestável que a Espanha foi a melhor e mais equilibrada de todas as selecções, facto que contribui para atenuar a mágoa pela eliminação de Portugal.
Já tive ocasião de referir, em "post" anterior, o que penso deste Mundial, mas quero acrescentar que, o facto de eu considerar que a competição esteve longe de atingir o brilhantismo que eu gostaria, isso em nada diminui a conquista espanhola, que daqui aproveito para saudar.
Diego Forlan foi considerado, muito justamente, o melhor jogador do torneio e, na sua pessoa, acabou por ser homenageada a selecção do Uruguai, cuja entrega e abnegação, "reforçada" pelo brilhantismo de Forlan e do jovem Luís Suarez, demonstrou que não chega ter jogadores de eleição para fazer uma equipa de excelência e obter bons resultados.
Mas, deste Mundial ficam, também, como marca indelével, a presença desse grande Homem e Humanista que é Nelson Mandela, na cerimónia de encerramento, bem como a inesquecível participação do arcebispo Desmond Tutu, na cerimónia de abertura, saudando os participantes.
Na África do Sul, o futebol foi, uma vez mais, um exemplo do modo como o desporto pode servir para ajudar a promover a sã convivência entre os povos, independentemente da raça, cor, ou credo religioso.
E que melhor final para este Mundial do que aquele emocionado e apaixonado beijo do guarda-redes e capitão da selecção espanhola, Iker Casilhas, à sua namorada, Sara, quando ela, tentando conter, sabe Deus a que custo, as suas emoções, o entrevistava, em directo, para a estação televisiva para a qual trabalha?
Futebolísticamente falando, este pode não ter sido um dos melhores Mundiais a que assistimos, mas parece-me inegável que ficará na história como um dos mais marcantes, do ponto de vista das emoções.

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