quarta-feira, 19 de agosto de 2009

READER'S DIGEST



A edição de ontem do jornal Público, noticiava que a Reader's Digest, empresa que publica uma das revistas mais vendidas, se não a mais vendida, no mundo, anunciou ter chegado a acordo, no âmbito de um processo de insolvência, com os seus principais credores, visando a conversão de grande parte da sua dívida, de 1,6 mil milhões de dólares, em capital.
Confesso que fiquei satisfeito por ter sido encontrada uma solução para uma empresa cuja revista o meu pai assinou, anos a fio, e com a qual aprendi coisas bem interessantes, na minha juventude.
Curiosamente, lembro-me que foi a revista da Reader's Digest que esteve na origem de um razoável período de jejum de sardinhas, peixe unanimemente apreciado em minha casa.
Certo dia, o meu pai anunciou, na sequência da leitura da revista, com ar grave, que havia sido descoberto que, as sardinhas, como todo o peixe azul, faziam mal ao colesterol, pelo que deixariam de fazer parte da nossa dieta alimentar.
Felizmente, ao que me lembro, o verão estaria a chegar ao fim, pelo que o tempo que mediou entre a interdição caseira e o final da época da sua pesca não foi demaisado longo.
Como várias vezes sucede, em matéria de investigação científica, alguns meses depois alguém terá concluido que, afinal, existiam dois tipos de colesterol, o bom e o mau, e que a sardinha era, afinal, causadora do bom colesterol.
Foi, uma vez mais, a revista da Reader's Digest a portadora da boa nova, e para satisfação de todos, incluindo o meu pai, que adorava sardinhas, a interdição foi, de imediato, levantada.
Ainda fui assinante da revista, durante alguns anos, e embora tenha deixado de ser, por falta de tempo para a ler, sempre a associo á memoria do meu pai...
Espero que tudo corra como previsto e que a revista possa manter-se, por muitos e bons anos.

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