sexta-feira, 27 de agosto de 2010

RIMANDO...


Diz o povo, na sua imensa sabedoria, que de poeta e louco, todos temos um pouco.
E apesar de também dizer que toda a regra tem excepção, seguramente que não serei eu a excepção a essa regra.
Talvez por isso, em alguns momentos de loucura dá-me para escrever versos.
De loucura, só pode ser loucura, porque não sou poeta e escrever sabendo que ninguém vai ler só encontra paralelo na expressão popular "trabalhar para o boneco".
Bem sei que não é trabalho, é lazer, e talvez que a expressão correcta fosse "lazerar para o boneco", só que não me parece que exista tal expressão.
Mas como o momento é, supostamente, dedicado à poesia, e em verso tudo é permitido, ou quase, aqui vos deixo o produto de mais um momento de loucura, sem mais delongas, ou comentários.

EM VERSO

Não escrevia
Olhava
Mas não a via
Sorria
Num sorriso aberto
Decerto
Era a melodia
Atento
Escutava a poesia
Dançava
Numa fantasia
Consigo
Sem ter companhia
Cantava
Nem a letra sabia
Gostava
Dessa bizarria
Rimava
Quando não podia
Por perto
Ninguém o ouvia
Rezava
Só ele sabia
Gostava
Não compreendia
A vida
Essa alegoria
E já não lia
Não cantava
Não dançava
Apenas escrevia
E sorria…

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