sábado, 11 de abril de 2009

NÃO, OBRIGADO !


Esta verdadeira "cruzada" contra o tabaco, e os fumadores, incomoda-me, e muito !
Iniciada nos Estados Unidos, sempre os paladinos da defesa da "moral" e dos "bons costumes", a legislação anti-fumo propagou-se, rapidamente, pela Europa, alastrando-se, mais recentemente, à América Latina e à África. E cada nova peça legislativa é mais radical do que a anterior.
Não questiono os malefícios do tabaco, naturalmente, os quais são lembrados aos consumidores em todas as embalagens, e, muitas vezes, acompanhados de imagens capazes, por si só, de provocar um ataque cardíaco, a quem for mais impressionável.
Mas não aceito, confesso, que se pretenda proibir o fumo em todos os lugares públicos, como sucedeu na Irlanda, por exemplo, ignorando, em absoluto, os direitos dos fumadores.
Passar de uma situação onde se podia fumar em qualquer local, até nos hospitais, para outra em que não se pode fumar em local nenhum, evidencia um radicalismo absurdo, e mais não faz do que, sob o pretexto de acautelar os interesses dos não fumadores, limitar os direitos dos fumadores. E, por muito que isto incomode os anti-tabagistas, os fumadores têm direitos.
Fumar é, em Portugal, e até nos Estados Unidos, uma actividade lícita, e é por isso que o tabaco pode ser vendido, e consumido, livremente. Nesse sentido, qualquer legislação que pretenda proibir, na prática, o consumo do tabaco, contraria os direitos e liberdades constitucionalmente definidos.
Ao não terem coragem para assumir a proibição do fumo, e até a criminalização do consumo de tabaco, e a sua venda, enquanto continuam a beneficiar das, crescentes, receitas em impostos, os governos revelam uma hipocrisia sem limites.
Em nome da defesa da minha saúde, e dos restantes consumidores, o governo prefere aumentar os impostos a proibir o consumo, e para agradar aos que não fumam, vai limitando os locais onde posso desfrutar o prazer de fumar um cigarrinho, num total desprezo pelos meus direitos, como fumador.
É sempre fácil restringir liberdades individuais, e quando o pretexto é a preservação da saúde,
tudo fica mais fácil...
Mas no que me diz respeito, dispenso esse excesso de zelo do Estado, até porque, o dinheiro que pago em impostos, associado aos meus maçinhos de tabaco, excede, amplamente, os encargos, actuais e futuros, que o Estado terá com a minha saúde.
E é por isso que, aos cuidados dos governos, eu digo: NÃO, OBRIGADO !

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