quinta-feira, 23 de abril de 2009

A GREVE NÃO COMPENSA...

Segundo a edição, "online", do jornal Expresso:

"(...)O presidente do Grupo Desportivo Ericeirense, cujos bens estão a ser penhorados por dívidas do clube, decidiu hoje suspender a greve de fome até 30 de Junho, ficando à espera que as entidades o ajudem a encontrar uma solução alternativa.
"Ele suspende a greve de fome até 30 de Junho", revela Lurdes Mano Silva, mulher do dirigente, que hoje de madrugada deu entrada na urgência do Hospital São José, em Lisboa, depois do seu estado de saúde se ter agravado ao fim de nove dias de greve de fome.
Até 30 de Junho, António Mano Silva vai aguardar que Governo e Câmara Municipal de Mafra possam ajudá-lo a encontrar soluções que permitam ao clube pagar as dívidas, sem que os seus bens pessoais sejam penhorados. Contactada pela Lusa, a Câmara de Mafra voltou a não prestar quaisquer esclarecimentos.
O dirigente do Ericeirense já teve alta hospitalar, com a promessa de ficar em casa de amigos em Lisboa, sob vigilância médica. António Mano Silva tinha iniciado a greve de fome às 11h do dia 14, como forma de pedir ao Governo e à Câmara Municipal de Mafra, que, considera, "foram parte dos problemas" do clube, que sejam agora "parte da solução".(...)

Ainda bem que Mano Silva decidiu colocar um ponto final (?) na sua greve de fome, para bem dele e alegria dos seus familiares e amigos.
Infelizmente, antevia-se este desfecho, que, a meu ver, não poderia ser diferente, ou corríamos o risco de, em pouco tempo, termos metade do país desportivo em greve de fome, para as Câmaras, e o Estado, liquidarem as dívidas dos clubes.
Felizmente que imperou o bom senso, mas se alguma lição podemos, e devemos, retirar deste caso é que, é tempo de os dirigentes desportivos, aos diferentes níveis, se capacitarem que não devem aceitar um endividamento, dos seus clubes, superior ao que podem pagar, sob pena de se verem envolvidos em situações muito desagradáveis.
É assim em todo o lado, porque haveria de ser diferente no futebol ?



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