domingo, 31 de outubro de 2010

O LEGADO DO PRESIDENTE


O Brasil está a votos, para escolher o novo Presidente da República.
Segundo as sondagens, tudo indica que Dilma Vana Rousseff, candidata do PT, venha a ser a primeira mulher presidente do Brasil, já que tem um vantagem da ordem dos 10% sobre José Serra, candidato pelo PSDB.
A confirmar-se a previsão, Dilma bem pode agradecer ao Presidente Lula a sua eleição, já que os seus impressionantes 83% de taxa de aprovação, em fim de mandato, serão determinantes para o resultado final, qualquer que ele seja.
A possível vitória de Dilma é, por isso mesmo e a meu ver, uma vitória de Lula e do seu legado.
Goste-se dele, ou não, Lula, que é, em minha opinião, o melhor Presidente da República, brasileira, de sempre, tem motivos para se orgulhar do seu legado.
Pretender reduzir o sucesso de Lula à continuidade das políticas de Fernando Henrique, como os tucanos gostam de fazer, é demasiado redutor para definir uma presidência que restituiu ao Brasil a credibilidade financeira, que melhorou, de forma muito significativa, a vida de milhões de brasileiros, que geriu, como poucas, uma das maiores crises internacionais de que há memória, e que projectou o país, internacionalmente, como nenhuma outra.
É certo que muita coisa está por fazer, que foram cometidos vários erros, e que este maravilhoso país, que eu adoro, e as suas extraordinárias gentes, têm pela frente muito trabalho, para resolverem os enormes problemas que ainda subsistem.
Mas isso não pode, nem deve, ser utilizado para diminuir o legado desse grande estadista que se dá pelo nome de Luiz Inácio Lula da Silva, que teve, entre muitos outros, também o mérito de demonstrar que não é preciso nenhum curso superior para se poder ser um bom Presidente da República.
Neste momento em que se escolhe o seu sucessor, quero expressar a minha homenagem e admiração pelo presidente Lula, agradecer-lhe o seu interesse por Portugal e tudo o que fez pela intensificação do relacionamento entre os nossos dois países e desejar-lhe as maiores felicidades para o futuro.
Obrigado, Presidente.

sábado, 30 de outubro de 2010

DIAS DE CHUVA...


Parece ser razoavelmente consensual que os dias de chuva nos convidam a ficar em casa. Ou melhor, convidam os portugueses a ficar em casa, porque os ingleses, por exemplo, não alteram nenhuma das suas rotinas, ou deixam de sair de casa, por causa da chuva.
Seja como for, gosto destes dias chuvosos e do seu convite a que fiquemos em casa.
Desde logo porque gosto de ouvir chover, algo que aprendi a gostar desde criança, quando, deitado na cama, fica a a ouvir a chuva bater nos vidros da janela e o barulho da queda da água, das goteiras.
Depois porque estar em casa, em dia chuvoso, me incentiva à leitura, à reflexão e à escrita, tudo coisas que eu adoro fazer e para as quais nem sempre encontro o tempo necessário.
Dito isto, e porque o tempo está cinzento e de chuva, aqui fica uma sugestão de leitura de um livro divertido, que ajudará, decerto. a que, pelo menos durante umas horas, esqueçam as agruras do tempo e as dificuldades do quotidiano.
A leitura de "Gato Fedorento - O Blog", escrito numa época em que, a meu ver, os Gatos tinham mais piada do que têm hoje, terá ainda a vantagem adicional de vos fazer rir, coisa que, além de uma excelente terapia para ajudar a resolver problemas, faz extremamente bem à saúde.
Por isso, aqui fica a sugestão, com um pedido:
Leiam, divirtam-se e riam muito, que é o melhor que vos posso desejar, num dia que, não convidando ao passeio pelas ruas, nos incentiva à leitura, à reflexão, e ao reforço das asas do nosso pensamento...
Bom fim-se-semana.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

CÃO SPORTINGUISTA...


Um grande amigo, benfiquista, naturalmente, fez-me chegar esta anedota, por mail, que não resisto a publicar aqui.
O cão que surge na imagem, não é um "Terrier", mas um "Golden Retriever", numa homenagem ao meu falecido Bethoven, um cão inteligente, como poucos, com a diferença de que era, como o dono, um benfiquista de alma e coração.
Daí que, na imagem, o Bethoven apareça doente, só de ouvir falar na possibilidade de um cão, inteligente, ter optado por ser sportinguista.
Brincadeiras à parte, aproveito para desejar a todos os meus amigos, sportinguistas incluídos, como é lógico, um excelente fim-de-semana prolongado.

Um homem tomava um copo com um amigo num bar e contava-lhe o quão satisfeito estava com o seu cão:
- É pá! O meu cão é mesmo inteligente. O bicho tem os mesmos sentimentos de um ... ser humano...
- Tens um cão? De que raça é?
- É pequenito, pá. É um "Terrier".
- Então e é inteligente porquê?
- Ó pá, o cão vibra com o futebol tal como eu... Quando estou a ver os jogos do Sporting, ele senta-se na sala e vê os jogos todos.
- E então?
- Sabes pá? Quando o Sporting empata, o cão sente... Fica tristonho e cabisbaixo. Mas o pior é quando o Sporting perde... O cão começa a ganir e vai para a varanda.
- Então e quando o Sporting ganha?
- É pá!!! Também não tenho o cão assim há tanto tempo.

TUDO SE PAGA...


Educado no seio de uma família católica e temente a Deus, desde criança que me habituei a ouvir a expressão "tudo se paga...".
Contudo, as vicissitudes da vida têm-me feito duvidar, por diversas vezes, da veracidade dessa grande máxima familiar, até porque ela releva do domínio da crença, da qual me afastei, progressivamente, com o decorrer dos anos, por razões que não vêm ao caso.
Os que se dão ao trabalho de ler o que aqui escrevo saberão que, não tenho por hábito abordar questões relacionadas com a minha intimidade, e assim pretendo continuar, até porque estes escritos têm como única pretensão permitir que os meus netos possam saber, se nisso tiverem interesse, quem era o avô, sem terem de recorrer a intermediários.
Dito isto, venho, com este escrito, abrir uma pequena excepção, para dizer que, notícias recentes me fizeram voltar a reflectir sobre aquela máxima familiar, tão do agrado da minha mãe e da minha avó, para além de me darem motivo para passar a acreditar, um pouco mais, na justiça portuguesa.
Sem entrar em pormenores desnecessários, direi apenas que, sob a recomendação de um falso amigo, que conhecia há muito, me vi envolvido num processo kafkiano, cujos danos me tenho esforçado por limitar e gerir, com enormes consequências na minha vida profissional e pessoal.
Contra mim, em todo esse processo, tenho o facto de ter sido ingénuo e ter acreditado em falsos amigos, sem cuidar de obter mais informações sobre o que me diziam, o que na minha idade é imperdoável e constituiu uma lição que não mais esquecerei, um erro que gostaria de não ver repetido pelo meu filho, nem pelos meus netos.
Quando começava a desesperar, quanto à possibilidade de esse conjunto de piratas pagar, minimamente, por tudo o que tem feito, eis que tomo conhecimento de que alguns desses meliantes se encontram, finalmente, a contas com a justiça.
Não sei se o que se está a passar contribuirá, ou não, para me ajudar na resolução de alguns problemas, ainda pendentes, mas sinto-me satisfeito, por ver que, afinal, ainda existem razões para não deixar de acreditar na Justiça.
E ás minha minhas queridas e saudosas Mãe e Avó Rogelia, onde quer que estejam, quero dizer que voltei a recordar os seus ensinamentos, com esperança renovada.
Quem sabe se, como me diziam, afinal "tudo se paga..."

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

QUANDO EU FOR GRANDE...


Há dias, vi mais um daqueles programas em que os adultos perguntam ás crianças o que gostavam de ser, quando crescerem, e lembrei-me dos tempos em que era a mim que a pergunta era dirigida.
Quando tinha uns sete anos, queria ser bombeiro, ou polícia, duas profissões que, vá lá saber-se porquê, parecem exercer um certo fascínio sobre a maioria das crianças.
À medida que fui crescendo, as prioridades foram-se sofisticando, por motivos a que não era alheia a componente monetária, e o sector bancário, onde o meu pai exercia a profissão, acabou por me seduzir, definitivamente, com evidentes vantagens, financeiras, em relação aos meus desejos de criança.
A própria opção por uma licenciatura em Economia, que acabaria por reforçar o meu envolvimento na área financeira, teve mais a ver com questões de pragmatismo do que com vocação, tanto mais que, já nessa época, eu me inclinava para cursar Direito, e seguir a profissão de advogado.
Assim não aconteceu, e o que lá vai lá vai...
Não tendo motivos para me queixar da sorte, dei comigo, no entanto, a pensar no assunto, e não resisti a colocar-me essa mesma pergunta, ainda que numa perspectiva diferente. A saber:
Com o que já viveu, o que gostaria de fazer nos anos que lhe restam?
E sem necessidade de grandes reflexões, concluí:
Ser comentador num programa televisivo, tipo "Noite da Má Língua".
Bem sei que é coisa modesta, mas também não podemos ser todos presidentes, ministros, juízes, ou chefes de repartição de finanças...
E caso se interroguem sobre o motivo da minha escolha, ele é bem simples:
Poder fazer aquilo a que se dedicam milhões de portugueses, com a enorme vantagem de ser remunerado por isso...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

QUAL SEXO FRACO?...


O meu dentista é um homem relativamente jovem e com aquilo que comummente se designa por "paciência de santo". É competente e revela o maior cuidado, em todas as ocasiões, no sentido de minimizar, ao máximo, as dores do paciente.
Sempre que me vejo forçado a visitá-lo, por motivos que não de rotina, fico impressionado com a paciência e o cuidado daquele homem, sobretudo quando comparado com outros que, regular ou ocasionalmente, se ocuparam a cuidar-me dos dentes, ao longo dos anos.
De seu nome Alexandre, costuma falar-me do estoicismo das mulheres, quando se sentam naquela cadeira, em contraste com o comportamento dos homens, sempre mais queixosos, e a tender para a pieguice.
Mas porque as dores de dentes, segundo a minha avó e algumas das minhas amigas, podem ser bem piores do que as dores de parto, inclino-me para ter uma certa condescendência para com a nossa atitude, em regra mais medricas, dado que sei bem o que são as primeiras, e admito que não seja nada fácil suportar as segundas.
Ainda assim, não deixei de me interrogar, enquanto o meu dentista aprontava os utensílios e me explicava as diferenças no comportamento, por que motivo seremos nós, homens, designados como sexo forte, ou as mulheres o sexo fraco, quando são, em regra, as mulheres quem suporta e resiste, ás maiores agruras da vida?
Possivelmente, concluí, porque temos sido nós, homens, ao longo dos séculos, a dominar a sociedade, e as mulheres, não lhes reconhecendo a sua enorme capacidade de sofrimento, e a sua combatividade e generosidade.
Como diz o ditado, "só nos lembramos de Santa Bárbara quando troveja", mas ainda assim, e porque mais vale tarde do que nunca, aqui fica a minha modesta homenagem às Mulheres, com particular destaque para todas as que conheço e me são queridas.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

VIAGRA E SUCEDÂNEOS



DECLARAÇÃO

Exmos Senhores

Seja porque a vossa mensagem não escolhe destinatários, ou porque tomaram conhecimento de que atingi a provecta idade de 56 anos, a minha caixa de correio electrónico é, diariamente, invadida com propostas de venda de viagra e seus sucedâneos, a preços que, supostamente, são uma pechincha.
Assim sendo, e com a finalidade de tentar diminuir o afluxo desse tipo de correio, venho declarar, para que não restem quaisquer dúvidas, solenemente e sob palavra de honra, que nunca necessitei de recorrer aos suplementos que me propõem, para cumprir aquilo que se podem considerar as minhas obrigações, na matéria.
Mais informo que, ao primeiro sinal de necessidade, e após o sempre recomendável aconselhamento médico, não deixarei de dar conhecimento a Vexas, pela mesma via, da minha total disponibilidade para receber propostas visando a aquisição de um produto de qualidade, eficaz, devidamente testado, e que possa contribuir para amenizar qualquer eventual fraqueza, perante o sexo oposto.
No desejo de que o meu organismo me ajude a atrasar, tanto quanto possível, esse fatídico dia, aqui fica o meu esclarecimento, com o pedido de que me deixem em paz, e parem de me encharcar a caixa de correio com as vossas propostas.
Além do mais, estarão a fazer uma obra de caridade, já que cada mensagem recebida tem o efeito de me fazer pensar que, mais dia, menos dia, o recurso à medicina será uma inevitabilidade...
E isso, como Vexas, decerto, bem sabem, nunca é coisa que um homem aceite de bom grado.
Na expectativa de acolhimento deste meu pedido, aproveito a ocasião para apresentar os meus melhores cumprimentos e subscrevo-me
De V Exªs
Atenciosamente

Rui Mascarenhas Santos

HAJA ALGUÉM COM DECORO...


"O fim da AP, do EA e ainda a atribuição de uma turma aos professores bibliotecários e a redução do crédito de horas a que as escolas têm direito vai fazer com que haja um redistribuição de horários e com que o sistema precise de contratar menos professores", confirma Mário Nogueira, da Fenprof.
E apesar de não considerar que a manutenção da AP e do EA sejam fundamentais, o sindicalista critica "a lógica economicista" por trás destas decisões: "Estão a tomar medidas para poder pôr na rua alguns milhares de professores contratados."


Este é um excerto do artigo do DN Economia, a propósito da prevista extinção de duas "disciplinas", de seu nome, AP (Área de Projecto) e EA (Ensino Acompanhado), do ciclo de ensino básico, prevista na proposta do Orçamento Geral do Estado.
Em primeira leitura, parei e pensei:
-Só pode ser engano do jornalista. Então o Dr Nogueira não considera que as duas disciplinas são fundamentais e pede a sua manutenção?
Voltei a ler.
Qual engano do jornalista, qual carapuça, é assim mesmo.
O Dr Nogueira, que, se alguma vez deu aulas, já nem se deve lembrar como é, acha que acabar com disciplinas que, ele próprio, pasme-se, não considera fundamentais, tem "lógica economicista" e visa deixar sem trabalho os professores.
Será que o Dr Nogueira vive em Portugal, onde onde milhares de portugueses perdem empregos, necessários, devido à crise económica?
E os dirigentes da FNE (Federação Nacional da Educação), Lucinda Manuela e João Dias da Silva, reeleito secretário-geral da mesma, que apoiaram a aprovação de "uma resolução de mobilização de todos os docentes e não docentes para a greve geral de dia 24 de Novembro", pensam da mesma maneira?
Defendem, afinal, estes senhores e senhoras, doutores e doutoras, que os portugueses continuem a pagar por disciplinas desnecessárias, para manterem a sua base de apoio politico-sindical?
Claro que a pergunta a fazer seria, porque é que estas disciplinas foram criadas, se nem sequer são fundamentais, mas isso não parece preocupar ninguém...
E eu, que nem estava para aderir à greve do dia 24, repensei e resolvi estar presente. Com um cartaz que dirá:
CHEGA DE IRRESPONSABILIDADE SINDICAL!
E, pelos vistos, não serei o único a pensar deste modo, ao verificar, através da leitura do jornal i, que a vice-presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, a magistrada judicial Fátima Mata-Mouros, decidiu abandonar o cargo, por considerar que um modelo sindical com discurso reivindicativo é "incompatível com a natureza da actividade dos juízes".
Haja alguém com decoro...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

CONTRA A CORRENTE...


"É muito mais fácil retirar direitos fundamentais do que tirar privilégios a algumas castas".
A afirmação é de Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados, a propósito do aumento das custas judiciais.
Figura controversa, Marinho Pinto tem, a meu ver, a grande vantagem, quando comparado com a maioria dos dirigentes que, como ele, ocupam cargos relevantes na sociedade portuguesa, aos mais diferentes níveis, de não aceitar submeter-se ao "politicamente correcto", que caracteriza a generalidade dos comportamentos e das afirmações, na sociedade em que vivemos.
Não hesitando em dizer que o rei vai nu, sempre que, para tanto, encontra motivo, Marinho Pinto é um bom exemplo do que devemos esperar de um líder, numa sociedade onde todos parecem mais preocupados em conseguir um lugar à mesa do orçamento, não confundir com o Orçamento Geral do Estado, do que em defender os mais elementares princípios de equidade.
Mesmo, ou sobretudo, quando essas opiniões são contrárias à defesa dos poderes instalados e dos interesses estabelecidos, incluindo os dos seus pares...

CLARIFICANDO...


Este é, tipicamente, um daqueles artigos para memória futura.
Imagino que a maioria dos portugueses esteja cansada de ouvir falar de crise, de défice e de Orçamento. E se não estão, eu estou...
Por isso, e antes da discussão, para aprovação, porque é disso que se trata e acabará por acontecer, do Orçamento de Estado, para 2011, gostaria de deixar claro o seguinte:

1. Sou favorável à inscrição de um limite para o valor do défice público, na Constituição da República;
2. Sou favorável à transformação da UTAO - Unidade Técnica de Apoio Orçamental, em Agência Autónoma, na dependência da Assembleia da República, com poder de controlo sob as contas públicas, como parece pretender o PSD.
Assim se evitariam as derrapagens ocorridas, quer durante os governos socialistas, quer sociais democratas (Guterres,Barroso,Santana e Sócrates);
3. Sou favorável a que se reveja a política de investimentos públicos e as as parcerias público-privadas, numa óptica de contenção da despesa do Estado, em áreas não prioritárias;
4. Sou favorável a que se privilegiem os cortes na despesa pública, pela via da extinção, ou redução da dimensão, de institutos e organismos, públicos, de utilidade duvidosa, em detrimento do aumento da cobrança de mais impostos;
5. Considero absurdo e lamentável o comportamento dos dois principais partidos portugueses, em torno da viabilização da aprovação do Orçamento de Estado, para 2011, embora não ignore quem, e em que circunstâncias, iniciou esta estéril polémica pública, sobre um tema que poderia, e deveria, ter sido resolvido no recato dos gabinetes.

São muito mais as coisas que unem socialistas e sociais-democratas, em Portugal, do que aquelas que os dividem, ainda que muitos se esforcem, de ambos os lados, por nos tentar demonstrar o contrário.
Por isso mesmo, e não ignorando que os partidos têm como objectivo a conquista do poder, não considero aceitável que, aqueles que se situam no chamado "arco da governação", para utilizar uma expressão da moda, esqueçam as suas responsabilidades, para com os portugueses e o País, para se dedicarem a jogos de poder, com base em divergências artificiais.
Estamos a 10 dias da votação do Orçamento, na Assembleia da República, e tudo o que venha a ser feito, de um lado e de outro, para contribuir para agravar o clima de instabilidade, desconfiança e incerteza, em que Portugal se encontra mergulhado, não só não dignifica os intervenientes, como os desqualifica para assumirem responsabilidades governativas, futuras. De um lado e do outro!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O AGITADOR...


Independentemente das opções políticas de cada um e da maior, ou menor, preferência por determinadas personalidades políticas, a verdade é que existem anedotas que têm imensa piada.
Para os que não gostam do personagem, ou preferem outro, a troca de nome é sempre uma alternativa possível...
Eu, que, como a maioria de vós sabe, me reclamo do socialismo democrático, optei por vos dar a conhecer esta anedota tal como me foi enviada pela minha irmã, a quem agradeço, naturalmente, mais esta "maldade".
Quanto ao conteúdo, abstenho-me, por motivos óbvios, de fazer quaisquer considerações, ou juízos de valor.
Afinal, trata-se de uma anedota...
Dito isto, e sem mais delongas, vamos lá, então, à anedota.


Sócrates morreu e Deus e o Diabo brigam porque nenhum dos dois quer ficar com ele. Sem acordo, pedem a mediadores uma solução, que decidem por uma proposta no sentido de que se alterne um mês no céu e outro no inferno.

No 1° mês, Sócrates fica no céu.
Dois dias depois, Deus já não sabe o que fazer, quase fica louco.
O engenheiro bagunça tudo.
. Atrapalha todos os elementos das orações e da liturgia;
. Dissolve o sistema de assessoria pessoal dos anjos; cria sistemas de avaliação,
. Tenta formar uma coligação de maioria absoluta, na base da compra de votos;
. Suborna os arcanjos e os querubins;
. Transfere um km quadrado do céu para o inferno e tenta construir um TGV para ligar os dois.
. Propõe a construção de um HeavenShop
. Nomeia anjos provisórios aos milhares;
. Intervém nas comunicações aos Santos;
. Troca as placas das portas de São Pedro;
. Envia um projecto de lei aos apóstolos para reformar os Dez Mandamentos e amnistiar Lúcifer.
. Funda o PTC, o "Partido dos Trabalhadores Celestiais", com estrela azul clarinho.
O céu vira um caos.
As pessoas não o suportam mais e promovem piquetes e invasões.
Deus não vê a hora de chegar o fim do mês para mandá-lo para o inferno.
Quando Sócrates, finalmente, se vai, Deus respira aliviado.
Mas lá pelo dia 20, começa a sofrer novamente, pensando que dentro de 10 dias terá que voltar a vê-lo.
No primeiro dia do mês seguinte nada acontece e Sócrates não volta do Inferno.
No 5° dia, ainda sem notícias, Deus estava feliz, mas logo começou a pensar que, tendo passado mais tempo no inferno, Sócrates poderia querer passar dois meses seguidos no Paraíso...
Desesperado com a mera possibilidade, Deus decide ligar para o inferno para perguntar ao diabo o que estava acontecendo.
Ring...ring...ring...!!!
Atende um diabinho e Deus pergunta:
"Por favor, posso falar com o Demónio?"
"Qual dos dois?", - responde o empregado - "O vermelho com chifres ou o que anda aí de fato armani ?"

PORTUGUÊS TRAIÇOEIRO...


Nada como começar a semana com alegria e boa disposição.
Por isso resolvi partilhar, aqui, esta anedota, que me fez rir a bom rir , sobre as confusões a que se presta esta nossa língua portuguesa.
Como diria o Herman, "é muito traiçoeira"...
Boa semana para todos!

A Língua Portuguesa é difícil.....até para fazer amor!

AMÁ-LA ou AMAR-TE?

O marido, ao chegar em casa, no final da noite, diz à mulher que já estava deitada :
- Querida, eu quero amá-la.
A mulher, que estava dormindo, com a voz embolada, responde:
- A mala... ah não sei onde está, não! Use a mochila que está no maleiro do quarto de visitas.
- Não é isso querida, hoje vou amar-te.
- Por mim, você pode ir até Júpiter, Saturno e até à merda, desde que me deixe dormir em paz

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

OXALÁ ESTEJA ENGANADO...


A avaliar pelas notícias, os portugueses vão passar um mau bocado, pelo menos até 2012.
Não sei, confesso, se seria possível encontrar soluções substancialmente diferentes daquelas que, inevitavelmente, acabarão por ser aprovadas, mas tenho para mim que, nas actuais circunstâncias, as soluções do PSD, se fosse governo, não seriam radicalmente diferentes daquelas que o Governo acabou de anunciar.
O futuro poderá vir a demonstrar que estou enganado, mas até lá continuarei a basear-me na práxis do PSD, quando no Governo, sem esquecer o enquadramento comunitário a que temos de nos sujeitar.
Seja como for, o que me parecia dispensável era toda a barafunda que se gerou, em torno da aprovação do Orçamento, desde o final do verão, quando todos sabemos que Portugal não se pode dar ao luxo de não aprovar o Orçamento de Estado e que as medidas nele contidas têm de estar em consonância com as exigências de Bruxelas.
Tudo o resto é política, no pior sentido do termo, ou, se preferirem, politiquice.
PSD e PS deram de si uma triste imagem, interna e externamente, sem que algum deles me pareça poder vir a beneficiar muito com isso. E é pena...
Aguardemos, pois, o início do processo de discussão, no Parlamento, não pela incerteza quanto ao resultado final, mas para avaliarmos o comportamento dos dois principais partidos portugueses.
Se optarem por prosseguir o processo de dramatização excessiva, a que temos assistido, estou em crer que isso não só não lhes trará qualquer benefício, como as sondagens parecem indicar, como acabará por ter um impacto extremamente negativo junto dos mercados internacionais, com particular realce para o da dívida pública.
Isto para não falar da péssima imagem que damos do país, para o exterior.
Mas, dito isto, não posso deixar de me interrogar até que ponto estará a União Europeia disposta a esticar a corda, nas exigências que faz aos países economicamente mais frágeis?
E nem sequer me refiro à questão da coesão social, nobre propósito que se evaporou logo no início da crise, mas apenas ao agravamento dos problemas e tensões sociais, resultantes da aplicação das medidas de austeridade impostas ás populações das economias mais frágeis.
E se houver por aí algum colega meu, economista, que se dê ao trabalho de ler estas humildes linhas, grato lhe ficaria que me explicasse qual a fundamentação económica, rigorosa, que levou a que se estabelecesse a necessidade de o défice público não ultrapassar os 3% do PIB, ou de a dívida pública não poder ultrapassar os 60% do PIB, e que obriga a que esse desequilíbrio tenha de ser corrigido num curto espaço de tempo, num contexto de grave crise mundial e perante os estragos sociais a que estamos a assistir.
Será ignorância minha, mas quer-me parecer que estamos perante um caso em que a economia está ao serviço da política, com uma relação custo/benefício extremamente desigual, para as partes envolvidas...
Portugal tem desequilíbrios que precisa corrigir, tal como sucede com outras economias da União Europeia, e é preciso encetar um processo, sério, nesse sentido. Mas precisa de tempo, tal como outros países, para que essas correcções se possam fazer sem provocarem graves problemas e tensões sociais.
A continuarmos assim, ou muito me engano ou a corda vai acabar por partir.
Como sempre, quebrará pelo lado mais fraco, mas dificilmente os mais fortes, que estão a impor a prossecução destas políticas, terão motivos para se regozijar...
Para bem de todos, oxalá eu esteja enganado.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

SINGELA HOMENAGEM


Passou mais de um mês sobre o aniversário do meu filho e só agora consegui descarregar as fotos de mais um dia maravilhoso, uma data que me faz sentir, sempre, o homem mais feliz do Mundo.
Embora com atraso, aqui fica uma fotografia como recordação e agradecimento à mãe, que me deu o meu bem mais precioso, e ao meu filho, que eu adoro, e que tantas alegrias me tem dado.
É a minha singela, mas sentida, homenagem, com o meu muito obrigado, aos dois, fazendo votos para que possamos continuar a comemorar muitos, e bons, dias 24 de Agosto.
Bem Hajam !

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A CRISE, ESSA MAGANA...


Por estes dias, por motivos óbvios, ou nem tanto, duas palavras marcam a actualidade nacional: Orçamento e Crise.
O Orçamento, essa coisa que a grande maioria dos portugueses aprendeu a odiar, embora não lhe conheça o significado, digo eu, porque se tornou sinónimo, nos últimos tempos, de más notícias.
E todos sabemos como as más notícias nos ajudam a descarregar a bílis, exercendo um papel anti-depressivo que supera, amplamente, o da maioria dos fármacos existentes no mercado, com a mesma finalidade. Sobretudo quando dizem respeito aos outros...
As más notícias sobre o Orçamento saem mais caras aos contribuintes, embora desapareçam rapidamente, mas o seu efeito purgativo é, inequivocamente, superior ao de um simples aumento do preço dos combustíveis. São mais debatidas e ajudam a atenuar os desequilíbrios financeiros de vários órgãos de comunicação social...
Já a Crise, essa, tem carácter permanente, tendo-se tornado uma figura obrigatória, no quotidiano dos portugueses, desde que, naquela bela madrugada de Abril, corria o ano de 1974, os militares fizeram o favor de nos devolverem o direito de nos expressarmos livremente.
Desde então, a Crise, essa magana, nunca mais deixou de nos apoquentar.
Ora se instala nas instituições, nos partidos políticos, nos valores, ora invade o sistema e pula, despudoradamente, da política para a economia, sem olhar a sectores. Mas quando chega à economia, aí é que são elas...
Como diria um amigo meu, algarvio, essa filha de uma magana, que não nos dá um minuto de descanso, quando chega à economia estraga tudo!
Como poderão imaginar, se a coisa já fica tremida com a Crise, quando se lhe junta o Orçamento, esse palavrão que os economistas inventaram para complicar, ainda mais, a vida das pessoas,(ou terão sido os contabilistas?), temos o caldo entornado.
Sim, que sem essa coisa do Orçamento, não haveria défice e sem défice podíamos todos gastar à vontade, incluindo o Estado, e viveríamos felizes para sempre.
Bem, felizes é uma força de expressão, não só porque a felicidade absoluta não existe, mas também porque temos a magana da Crise sempre a apoquentar-nos.
Mas enfim, sempre era menos um problema...
Sucede é que o País está confrontado com uma grave Crise, acentuada pela necessidade de equilibrar o Orçamento, e isso é mais do que suficiente para que os portugueses estejam preocupados, o que ajuda a explicar o facto de surgirem, nos meios de comunicação social, diversas pessoas, com as mais diferentes formações, raramente em Economia, a comentarem a situação, e os seus efeitos.
Pessoas essas que, é claro, raramente ousam propor quaisquer medidas para solucionar os problemas, até porque corriam o risco de se enganarem, coisa que seria, naturalmente, imperdoável.
Ficando-se pela crítica, não propondo nada, nunca se enganam, nunca erram, e isso permitir-lhes-à continuar a opinar em crises futuras, sem terem que se sujeitar a essa coisa maçadora que é a crítica...
Afinal, de economista, tal como de poeta e louco, parece que todos temos um pouco, e para falar de Crise, Orçamento e Economia, nada como a experiência, que é a mãe de todas as coisas...
E eu, que me sinto, várias vezes, incomodado com a ligeireza do que oiço, e leio, sobre o tema, fico perplexo e triste.
É que ninguém me explicou, atempadamente, que, em Portugal, quando se trata de discutir a Crise, o funcionamento da Economia, ou o Orçamento de Estado, ter formação específica nessas matérias só atrapalha...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

COMPLEXIDADES...


Poucos serão aqueles que não concordarão com a afirmação de que a Amizade é um bem precioso.
A ser assim, interrogo-me eu, como é possível que verdadeiros Amigos possam pôr termo a uma amizade, por via de uma discussão sobre temas como a política, ou o futebol?
Se a Amizade implica, sobretudo, respeito pelo outro, o que será que existe de tão forte, nas opções políticas, ou paixões futebolísticas, a ponto de levar verdadeiros amigos a quebrarem esse respeito?
Entristece-me saber que terminou uma amizade entre pessoas por quem tenho afeição, sobretudo quando os motivos que lhe estão subjacentes não são, a meu ver, suficientemente fortes para que tal pudesse suceder.
E no respeito por esses amigos, e por esse sentimento tão sublime, conforto-me com o princípio de que o Homem é, na verdade, um ser extremamente complexo...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

REPÚBLICA, OU MONARQUIA?


Comemoramos, hoje, o Centenário da República Portuguesa.
A avaliar pelo que se vê, lê, e ouve, existem vários portugueses simpatizantes do regime monárquico, coisa que eu entendo e respeito, apesar de ser republicano.
Não quero, aqui, discutir os méritos de cada um dos sistemas, tanto mais que encontro, num e noutro, virtualidades e defeitos.
Os maiores defensores da Monarquia têm-se batido no sentido de que os portugueses sejam chamados a decidir, em referendo, qual o regime que pretendem, coisa que não me chocaria absolutamente nada, apesar de me parecer inequívoco que o resultado, a favor da República, seria esmagador.
Chocante, isso sim, é ver um tema tão importante ser tratado, por tantos, de forma tão ligeira, numa linguagem indigna de quem preza a democracia.
Defender a causa Real, não só não é menos nobre do que defender a causa Republicana, e vice-versa, como é um direito que assiste a todos e cada um dos portugueses.
Se é verdade que os erros da monarquia, e foram muitos, não justificavam o bárbaro comportamento de muitos republicanos, não é menos verdade que os erros da república, e muitos foram, não conferem aos monárquicos qualquer tipo de superioridade moral, ou outra, em matéria de cidadania, como se procura, muitas vezes, fazer crer.
Portugal, que já foi monárquico e agora é republicano, é o país do qual todos nós, portugueses, nos devemos orgulhar, pela sua história, pelas suas gentes, pelos seus costumes.
E as divergências, de regime, ou outras, que são um inequívoco sinal de vitalidade da opinião pública, devem ser dirimidas no estrito respeito pela pluralidade de opiniões.
Discutir o regime, como se de um jogo de futebol se tratasse, não só não enobrece a discussão, como não honra a República, nem teria honrado a Monarquia.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O INGLÊS DE NEW YORK...


Desconheço a autoria do texto, mas não resisti a reproduzi-lo aqui, pelo que representa de imaginação e sentido de humor.

"Num curso de inglês convencional, você aprende a falar aquele inglês almofadinha, que só serve para se comunicar com PhD.
Aí, você vai a Nova Iorque e percebe que ninguém entende você. Você fala e todo mundo fica olhando com aquela cara de quem espera o desfecho de uma piada.
Muito constrangedor...
O negócio é aprender a falar inglês lá mesmo, nas ruas de Nova Iorque.
Para isso, segue um Curso Rápido de Inglês desenvolvido pela Lorena Bobbit's English Schools.
Espero que seja útil para todos.

Lorenna Bobbit's English Schools Present:

CURSO PRÁTICO DE INGLÊS NOVAIORQUINO

Se quiser uma Coca-Cola, diga:
- GUÍMI A COUC, PLESS.

Se quiser ovos com presunto, peça:
- REMENEGS, PLESS.

Se prender o dedo na porta do táxi, grite:
- FOC!

Se algo parecer muito caro, diga:
- FOC!

Se levar um escorregão no metrô, diga:
- FOC!

Se der de cara com um mulherão tipo Kim Bassinger, diga:
- UÁRA FOC !

Se alguém lhe gritar algo que contenha FOC, responda:
- FOQUIÚ TU.

Se perder o passaporte, chame a polícia e diga:
- AI LOST MAI FOQUIN PÊIPERS.

Se se perder na cidade, grite bem alto, no meio da rua:
- AI EM FOQUIN LOST !

Quando se referir a uma terceira pessoa, diga:
- DET FOQUIN GAI OVERDER.

Se não souber onde pegar um táxi, pergunte:
- RAU TU GUET A FOQUIN QUEB?

Se perceber que alguém está gozando você, pergunte:
- ARIÚ FOQUIN MI?

Se estiver muito chateado, não diga REFOC, repita FOC várias vezes.

Se essas instruções não adiantarem muito:
UAT DA FOC YU UANT?"

O RISCO E A LIBERDADE


CORRER RISCOS

Rir é correr risco de parecer tolo.
Chorar é correr o risco de parecer sentimental.
Estender a mão é correr o risco de se envolver.
Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu.
Defender seus sonhos e idéias diante da multidão é correr o risco de perder as pessoas.
Amar é correr o risco de não ser correspondido.
Viver é correr o risco de morrer.
Confiar é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de fracassar.
Mas os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo é não arriscar nada.
Há pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada.
Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas elas não conseguem nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem.
Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua liberdade.

Somente a pessoa que corre riscos é livre!

Seneca(orador romano)