sexta-feira, 29 de outubro de 2010

TUDO SE PAGA...


Educado no seio de uma família católica e temente a Deus, desde criança que me habituei a ouvir a expressão "tudo se paga...".
Contudo, as vicissitudes da vida têm-me feito duvidar, por diversas vezes, da veracidade dessa grande máxima familiar, até porque ela releva do domínio da crença, da qual me afastei, progressivamente, com o decorrer dos anos, por razões que não vêm ao caso.
Os que se dão ao trabalho de ler o que aqui escrevo saberão que, não tenho por hábito abordar questões relacionadas com a minha intimidade, e assim pretendo continuar, até porque estes escritos têm como única pretensão permitir que os meus netos possam saber, se nisso tiverem interesse, quem era o avô, sem terem de recorrer a intermediários.
Dito isto, venho, com este escrito, abrir uma pequena excepção, para dizer que, notícias recentes me fizeram voltar a reflectir sobre aquela máxima familiar, tão do agrado da minha mãe e da minha avó, para além de me darem motivo para passar a acreditar, um pouco mais, na justiça portuguesa.
Sem entrar em pormenores desnecessários, direi apenas que, sob a recomendação de um falso amigo, que conhecia há muito, me vi envolvido num processo kafkiano, cujos danos me tenho esforçado por limitar e gerir, com enormes consequências na minha vida profissional e pessoal.
Contra mim, em todo esse processo, tenho o facto de ter sido ingénuo e ter acreditado em falsos amigos, sem cuidar de obter mais informações sobre o que me diziam, o que na minha idade é imperdoável e constituiu uma lição que não mais esquecerei, um erro que gostaria de não ver repetido pelo meu filho, nem pelos meus netos.
Quando começava a desesperar, quanto à possibilidade de esse conjunto de piratas pagar, minimamente, por tudo o que tem feito, eis que tomo conhecimento de que alguns desses meliantes se encontram, finalmente, a contas com a justiça.
Não sei se o que se está a passar contribuirá, ou não, para me ajudar na resolução de alguns problemas, ainda pendentes, mas sinto-me satisfeito, por ver que, afinal, ainda existem razões para não deixar de acreditar na Justiça.
E ás minha minhas queridas e saudosas Mãe e Avó Rogelia, onde quer que estejam, quero dizer que voltei a recordar os seus ensinamentos, com esperança renovada.
Quem sabe se, como me diziam, afinal "tudo se paga..."

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