quarta-feira, 27 de outubro de 2010

QUANDO EU FOR GRANDE...


Há dias, vi mais um daqueles programas em que os adultos perguntam ás crianças o que gostavam de ser, quando crescerem, e lembrei-me dos tempos em que era a mim que a pergunta era dirigida.
Quando tinha uns sete anos, queria ser bombeiro, ou polícia, duas profissões que, vá lá saber-se porquê, parecem exercer um certo fascínio sobre a maioria das crianças.
À medida que fui crescendo, as prioridades foram-se sofisticando, por motivos a que não era alheia a componente monetária, e o sector bancário, onde o meu pai exercia a profissão, acabou por me seduzir, definitivamente, com evidentes vantagens, financeiras, em relação aos meus desejos de criança.
A própria opção por uma licenciatura em Economia, que acabaria por reforçar o meu envolvimento na área financeira, teve mais a ver com questões de pragmatismo do que com vocação, tanto mais que, já nessa época, eu me inclinava para cursar Direito, e seguir a profissão de advogado.
Assim não aconteceu, e o que lá vai lá vai...
Não tendo motivos para me queixar da sorte, dei comigo, no entanto, a pensar no assunto, e não resisti a colocar-me essa mesma pergunta, ainda que numa perspectiva diferente. A saber:
Com o que já viveu, o que gostaria de fazer nos anos que lhe restam?
E sem necessidade de grandes reflexões, concluí:
Ser comentador num programa televisivo, tipo "Noite da Má Língua".
Bem sei que é coisa modesta, mas também não podemos ser todos presidentes, ministros, juízes, ou chefes de repartição de finanças...
E caso se interroguem sobre o motivo da minha escolha, ele é bem simples:
Poder fazer aquilo a que se dedicam milhões de portugueses, com a enorme vantagem de ser remunerado por isso...

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