sexta-feira, 21 de maio de 2010

À ESPERA DOS CARAPAUS...


Em dias de sol e calor, como nesta semana, gosto de almoçar junto ao mar, de preferência um peixinho na grelha, que não seja de "aviário".
Nesta época do ano, a minha preferência vai para as sardinhas e os carapaus, mas as sardinhas, este ano, ainda não se recomendam.
Sentado no restaurante, junto à praia, pude observar como tudo muda com a chegada do sol, as tonalidades do verde e azul das águas, a alva espuma das ondas e até o comportamento dos seres humanos.
Nunca percebi os motivos, se será do sol, do calor, da roupa, ou da proximidade da água, mas a verdade é que as pessoas ficam mais sorridentes e bem dispostas com a chegada do bom tempo e a proximidade do mar.
Encomendei uns carapaus na grelha, acompanhados de uma saladinha de alface, cebola e coentros.
Uma cervejinha, um queijinho fresco, pão, azeitonas e café, completaram a refeição.
Enquanto esperava, observei as pessoas na praia e registei alguns aspectos curiosos.
Nas mulheres, por exemplo, parece que, quanto mais mal feitas menor é o tamanho do biquíni. Decerto que haverá uma boa explicação para isso, mas não pode ser, seguramente, uma questão de estética...
Aliás, como dizia um amigo meu, é curiosos que as mulheres mais bonitas e bem feitas são, em regra, bem mais discretas na exibição dos seus atributos físicos.
E fiquei a interrogar-me sobre os motivos que levam algumas gorduchas a enfiar os seios num sutiã com três números a menos do que a sua peitaça recomendaria, embora sem ter chegado, é claro, a qualquer conclusão...
Mas também o fio dental foi objecto da minha atenção, coisa de homens, perguntando-me se aquela coisa, enfiada num rabiosque, não seria incómoda e desconfortável. Mas a avaliar pela amostra, parece que não...
Sendo verdade que, um fio dental, num rabiosque proporcionado, resulta esteticamente interessante, já quando perdido num traseiro enorme e flácido fica sem jeitinho nenhum...
A chegada dos carapaus pôs fim ás minhas divagações. Tamanho médio, bem grelhados, era tempo de passar ao ataque, que comidos frios ficam sem graça.
Estavam deliciosos e estou convicto que, quando é fresco, não há peixe tão saboroso como o nosso. Mas também pode ser uma mania, ou um pouquinho de chauvinismo...
Já quanto ás "sereias" e "baleias" que frequentam as nossas praias, a conclusão só podia ser a de que cada um é como cada qual e se as pessoas se sentem bem na sua pele, façam o favor de ser felizes, como diria o grande Raúl Solnado.
Já temos chatices que cheguem...


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