sexta-feira, 1 de abril de 2011

ATÉ QUANDO?...


Mais uma “guerrilha” entre Benfica e Porto, desta vez a propósito da entrada do material das claques, no recinto desportivo.
Comunicado para cá, comunicado para lá, e o caldo entornado, como de costume.
Claro que o Porto, que deu o mote, tem, formalmente, razão, quando fala da legalização das claques do Benfica, uma verdadeira dor de cabeça, que vai ter de ser resolvida, mais tarde ou mais cedo.
Mas não é menos verdade que o Porto aproveitou mais esta situação para criar um novo conflito, desnecessário, entre os dois clubes, tanto mais que adoptou um comportamento idêntico, no jogo da primeira volta.
É mais um episódio, lamentável, a juntar aos antecedentes que todos conhecemos, e pelo caminho que as coisas estão a levar, não é difícil prever que, um destes dias, a violência vai resultar em tragédia.
Depois, virão os lamentos, e recriminações, do costume, mas talvez tenha de ser assim mesmo, para as autoridades se disporem a tomar medidas drásticas, e os dirigentes perceberem que não podem continuar a contribuir, directa ou indirectamente, para o clima de crispação, e violência, que se vive nos estádios, e fora deles.
E também seria bom que a imprensa desportiva deixasse de se limitar a reproduzir as declarações dos dirigentes, ou a dar a conhecer estas situações, sem assumir uma posição crítica. Para defesa do futebol português, que é quem, em última instância, dá emprego a esses profissionais.
No passado, os responsáveis do Porto, com Pinto da Costa à cabeça, têm sabido gerir muito bem estes conflitos, mesmo quando não são provocados por eles, o que nem é o caso, para deles tirarem proveito. Espero, como benfiquista, que desta vez possa ser diferente…
Seja como for, parece-me inegável que estão criadas, infelizmente, as condições para que voltem a surgir problemas, antes, durante, ou depois do jogo, e os dirigentes dos dois clubes não poderão declarar-se inocentes, o que é lamentável.
E é pena, porque o futebol português tinha muito a ganhar com uma rivalidade, saudável, entre os dois clubes, e com a cooperação entre ambos, visando as muitas reformas que é necessário fazer.

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