sábado, 6 de novembro de 2010

A LUZ DE LISBOA


Por exigência profissional e forte desejo pessoal, tenho viajado bastante, ao longo da vida.
Em consequência, já tive ocasião de conhecer cidades encantadoras, desde a majestosa Paris, à maravilhosa cidade de Rio de Janeiro.
Na impossibilidade de as citar a todas, lembro Londres, Madrid, Estocolmo, Viena, Buenos Aires, Hong Kong, Banguecoque ou São Paulo, como cidades fascinantes, mas em todas as que visitei, e foram muitas, encontrei motivos de fascínio e encantamento.
Sou de opinião que todas as cidades, tal como os países, têm o seu encanto. Todas, sem excepção.
E acredito até que, a imagem que guardamos de uma cidade ou de um país pode ser muito influenciada pelo nosso estado de espírito, no momento da visita, ou pelas incidências da própria viagem.
No que me diz respeito, tenho a perfeita noção que os incidentes ocorridos durante uma viagem a Moscovo e Leninegrado (hoje São Petersburgo), influíram, negativamente, na imagem que delas guardei, o mesmo tendo sucedido quando da minha primeira viagem a Nova Iorque.
Seja como for, tenho-me educado no sentido de procurar o melhor de cada cidade e de cada país, que tenho o privilégio de visitar, na certeza de que todos têm os seus encantos e desencantos, evitando fazer comparações desnecessárias e injustificáveis.
Tenho para mim que todas as comparações são odiosas e, apenas a título de exemplo, considero incompreensíveis e inconsequentes muitas das comparações que vejo fazer entre Lisboa e o Porto, cidades que, apesar de diferentes, são ambas belas e encantadoras, ainda que cada uma à sua maneira.
Adoro a maioria das cidades do meu País, de Faro a Vila Real, em Trás-os-Montes, com passagem por Évora, Portalegre, Santarém, Coimbra, ou Braga, apenas para citar algumas, todas belas e com enorme charme.
Mas devo confessar que Lisboa, que considero uma das mais belas cidades do mundo, é a minha favorita. Pela sua beleza natural, pela simbiose entre passado e presente, pelo seu charme, por tantos outros atributos, comuns a todas as nossas cidades, e pela sua inconfundível luminosidade.
E esta madrugada, quando regressava a Lisboa e se iniciava mais um glorioso dia de sol de inverno, tive a felicidade de rever a luminosidade de Lisboa, em todo o seu esplendor, e de assistir ao amanhecer, a partir da margem desse rio encantador que é o Tejo.
E em presença dos principais atributos que tornaram Lisboa fonte de inspiração de tantas obras de arte, lamentei não ser poeta e não saber pintar...

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