segunda-feira, 20 de setembro de 2010

MÃE


Escrevo para deixar um registo, na esperança de que o meu filho e os meus netos nunca esqueçam esta data.
Ontem, confesso, não fui capaz. O que quer que tivesse escrito, teria sido demasiado emocional, e as emoções devem, na medida do possível, ser reservadas, tal como a intimidade.
No dia de ontem, 19 de Setembro, ao final da manhã, há 44 anos, a minha mãe falecia, vítima de um desastre de automóvel, que deixaria, também, o meu pai hospitalizado, por largos meses.
O Saraiva, colega do meu pai, que vinha ao volante, viria a falecer no mesmo acidente.
Passaram 44 anos e parece que foi ontem...
A saudade, essa, parece que aumenta com o passar dos anos, como se isso fosse possível, e a recente morte do meu pai veio acentuar, ainda mais, o sentimento de perda...
Para mim, desde esse dia fatídico, todos os dias passaram a ser dia da mãe, da minha Mãe, e ontem foi mais um deles, embora com particular significado.
A minha mãe, tal como o meu pai, os meus avós e todos aqueles que me são queridos, apenas morreu fisicamente. Permanece viva, na minha memória, ontem, hoje e enquanto durar a minha permanência no mundo dos vivos.
Para ti minha mãe, hoje, como ontem e todos os dias, um longo e enorme beijo de amor e saudade.
Só espero ir conseguindo corresponder às tuas expectativas, e ao teu elevado nível de exigência, mas isso tu me dirás, um dia, quando chegar a hora de partir ao vosso encontro...
Dá beijos ao pai, aos avós e a todos aqueles que, tendo deixado o nosso convívio, tanta falta nos fazem. Amo-vos a todos!
Até sempre, minha querida Mãe!

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