sexta-feira, 25 de março de 2011

NOTAS SOLTAS


1. Como se previa, a oposição chumbou o designado PEC4, que na verdade é o PEC2, Sócrates demitiu-se, e a agitação, nos mercados, não se fez esperar.
Com a passividade, cúmplice, do Presidente da República, os portugueses voltam a ser confrontados com novo período eleitoral.
O Presidente da República deu o mote, com um lamentável discurso de tomada de posse, e os partidos da oposição, com assento parlamentar, numa decisão para lamentar, sobrepuseram o interesse partidário ao interesse nacional.
Portugal, que já passava por sérias dificuldades, ficou, agora, muito pior.
E não é preciso, digo eu, ter nenhum doutoramento, para concluir que, na fase em que o país se encontra, um governo de gestão, e dois meses de rambóia eleitoral, é tudo aquilo de que não precisávamos.
Só me interrogo sobre o que fará Cavaco, se Sócrates voltar a ganhar as eleições...

2. No Japão, o número de mortos,e desaparecidos, não pára de crescer, e os efeitos do desastre nuclear começam a manifestar-se.
E o nobre povo japonês continua a dar-nos um maravilhoso exemplo de civilidade e tenacidade.
Entretanto, as obras de reconstrução, das áreas afectadas, avançam a um ritmo impressionante...

3. No Médio Oriente, as manifestações contra os regimes ditatoriais alastram, com a evolução da situação na Síria a merecer particular atenção.
Contudo, a questão central continua a ser a intervenção aliada na Líbia:
Será que o problema se resolve pela via da intervenção armada?
Tenho sérias dúvidas...

4. No futebol, Carlos Queiroz viu o tribunal dar-lhe razão, na "guerra" contra os presidentes da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) e do Instituto do Desporto (IDP), mas não parece estar a saber gerir essa vitória.
O apelo ao Presidente da República, para demitir os presidentes da ADOP e IDP, não fazem qualquer sentido.
E o destempero da reacção do ex-seleccionador nacional, ás declarações de Pepe, é incompreensível.
É tão importante, ou mais, saber ganhar, como saber perder, e Queiroz parece empenhado em demonstrar que não sabe. É pena!

5. Ainda no futebol, cabe realçar mais uma manifestação de vandalismo, desta vez tendo como alvo o carro de Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica.
Porém, a avaliar pelas reacções, nem a actuação desses selvagens parece ser suficiente para unir os dirigentes dos dois principais clubes portugueses, na condenação desse tipo de comportamentos. Lamentável!

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