domingo, 27 de março de 2011

FOLHAS SOLTAS


1. Depois de uma campanha eleitoral nada condizente com os pergaminhos nobiliários da instituição, os sportinguistas elegeram um novo presidente.
E como a tradição já não é o que era, houve jornalistas agredidos, e cenas de batatada, envolvendo, para não variar, as claques. Enfim, até que alguém se disponha a pôr cobro, definitivamente, aos desmandos de um conjunto de arruaceiros, que as integra, continuaremos a ter notícias, regulares, sobre as claques, pelos piores motivos.
Nota negativana noite eleitoral sportinguista, mereceu, também, a demora no apuramento dos resultados.
Como alguém observou, no Twitter, com imensa piada, dir-se-ia que era Manoel de Oliveira que estava a fazer a contagem...
Mas o que importante é que o Sporting Clube de Portugal tem um novo presidente, Bruno de Carvalho, tendo os seus associados recusado os projectos de renovação, na continuidade, o que pode ser um bom sinal.
Contudo, é possível que a agressividade que caracterizou esta campanha tenha deixado algumas marcas, não se antevendo vida fácil para o novo presidente...
Apesar de ser benfiquista, acredito que o futebol português precisa de um Sporting forte, e quero desejar aos dirigentes eleitos as maiores felicidades.

2. No PS, Sócrates voltou a ganhar as eleições internas, com 93,3% dos votos, para desgosto dos que apostavam num enfraquecimento da sua posição.
Mal ou bem, qualquer entendimento no sentido do alargamento da base de apoio de um novo governo terá, necessáriamente, de passar por ele, e consta que, nas últimas horas, terá chegado à sede do PSD um camião carregado de aspirinas...

3. E por falar em PSD, cabe registar que, numa clara demonstração daquilo que são as suas prioridades, o maior partido da oposição aprovou a revogação do sistema de avaliação dos professores.
No Parlamento, onde a actividade partidária continua a ser, cada vez mais, para lamentar, voltámos a assistir à coligação de toda a oposição, para satisfazer o desejo dos sindicatos, mandando ás malvas o interesse nacional.
Para quem quer ser governo, e depois do anúncio da intenção de aumentar o IVA, o mínimo que se pode dizer, sobre a nova liderança do PSD, é que começa mal...
Claro que a Fenprof, pela voz do seu secretário-geral, Mário Nogueira, que há anos que não dá uma aula, se apressou a declarar que os professores se livraram de uma "inutilidade".
Pena é que os portugueses continuem a ser obrigados a mandar os seus filhos para escolas onde existem professores que, por falta de vocação, e, ou, preparação, demonstram, quotidianamente, a sua inutilidade, sem que exista um processo que permita aferir os seus conhecimentos.

4. Os relógios avançaram uma hora, com o regresso do horário de verão.
Um verão que promete ser quente, se não na temperatura ambiente, pelo menos na temperatura política.
E, a avaliar pelo que temos visto, não seria surpreendente se viesse a ser escaldante...

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