segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

VIVA O VALENTIM...E O BACALHAU!


Para quem como eu, não conhecia a origem do "Dia de São Valentim", ou Dia dos Namorados", aqui fica a explicação, fornecida pela Wikipédia:

História

A história do Dia de São Valentim remonta a um obscuro dia de jejum já tido em homenagem a São Valentim. A associação com o amor romântico chega depois do final da Idade Média, durante o qual o conceito de amor romântico foi formulado.
O bispo Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes.
Além de continuar celebrando casamentos, ele se casou secretamente, apesar da proibição do imperador. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens davam flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes de partir, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”.
Considerado mártir pela Igreja Católica, a data de sua morte - 14 de fevereiro - também marca a véspera de lupercais, festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (deusa da mulher e do matrimônio) e de Pan (deus da natureza). Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em que os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade.
Outra versão diz que no século XVII, ingleses e franceses passaram a celebrar o Dia de São Valentim como a união do Dia dos Namorados. A data foi adotada um século depois nos Estados Unidos, tornando-se o Valentine's Day. E na Idade Média, dizia-se que o dia 14 de fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros. Por isso, os namorados da Idade Média usavam esta ocasião para deixar mensagens de amor na soleira da porta da amada.
O dia é hoje muito associado com a troca mútua de recados de amor em forma de objetos simbólicos. Símbolos modernos incluem a silhueta de um coração e a figura de um Cupido com asas. Iniciada no século XIX, a prática de recados manuscritos deu lugar à troca de cartões de felicitação produzidos em massa. Estima-se que, mundo afora, aproximadamente um bilhão de cartões com mensagens românticas são mandados a cada ano, tornando esse dia um dos mais lucrativos do ano. Também se estima que as mulheres comprem aproximadamente 85% de todos os presentes no Brasil.
O dia de São Valentim era até há algumas décadas uma festa comemorada principalmente em países anglo-saxões, mas ao longo do século XX o hábito estendeu-se a muitos outros países.
(fim de citação)

Não deixa de ser curioso que, a homenagem ao santo, promovido a mártir, tenha começado por se fazer jejuando, para se transformar, depois, no Dia dos Namorados. Ou seja, do jejum à barriga cheia foi um instantinho...
E mais curioso, ainda, o facto de este ser um santo que quebrou as regras eclesiásticas, casando, ás escondidas.
Trata-se de mais uma prova, para os cépticos, de que o amor não conhece barreiras, e de um daqueles casos em que se pode dizer, com propriedade, que quando um homem nasce santo, nada pode contrariar o seu destino. Há homens assim...
Seja como for, a verdade é que se começou a honrar a memória do santo por ele apreciar o sexo oposto, e ter lutado em favor do casamento, dando, ele próprio, o exemplo, o que são dois excelentes motivos.
A Wikipédia não explica, pelo que fiquei na dúvida, se a filha do carcereiro, por quem o santo se apaixonou, antes de morrer, seria a mesma mulher com quem casou, mas isso também não é relevante.
O certo é que, por conta do Valentim, tenho, todos os anos, por esta altura, a caixa de correio electrónico invadida, com as mais variadas sugestões de presentes, para oferecer "à amada", como jantares românticos, ou paradisíacas viagens. E são muitos os Valentinos que compram...
A avaliar pelo que leio, nem a crise internacional é suficiente para travar os Valentinos, na sua ânsia de manifestarem o seu amor, e agradarem ao parceiro, para gáudio dos comerciantes. Haja saúde!
Mas embora não sendo um entusiasta destes dias especiais, não deixo de achar uma certa piada ao facto de, por exemplo, também já ser comemorado o Dia do "Sushi", aquele rolinho japonês, de arroz, com recheios de diversa natureza, e que eu não consigo tragar.
Daí que, a propósito de mais um "Dia dos Namorados", e não querendo ficar totalmente arredado das festividades, tenha decidido deixar-vos uma sugestão, para a instituição de mais um dia festivo:
"O Dia do Bacalhau", de preferência, "com todos".
Seria uma forma de honrarmos, condignamente, o "fiel amigo", os amigos fiéis devem ser homenageados, e perpetuar a memória de um animal em vias de extinção.
E se nos lembrarmos do preço a que está o quilo, do dito, perceberemos que, mais dia menos dia, a única lembrança que muitos portugueses terão dele, para além das imagens recolhidas na net, será, quando muito, o cheiro...
Vivam, pois, o Valentim...e o Bacalhau!

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