segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

POSTAIS DE MONTEVIDEO


Este ano tive um aniversário diferente. Com o meu filho em viagem, optei por me oferecer, como presente, uma viagem a Montevideo.
Nunca tinha estado no Uruguai, mas, das minhas leituras, ficara com a impressão de que se tratava de um simpático e pequeno país, pacato, acolhedor, e com o atractivo adicional de ser o mais alfabetizado da América Latina.
Viajei sozinho, como frequentemente sucede, mas nem por isso a viagem foi menos agradável.
Numa apreciação global, devo dizer que as minhas expectativas foram superadas, pois estive numa linda cidade, muito arborizada, com belos parques e largas avenidas, sem trânsito excessivo, com preços acessíveis, e onde se come muito bem.
As pessoas foram, sempre, extremamente amáveis, e tive a felicidade de o tempo ter estado excelente, embora com momentos de demasiado calor.
Montevideo, onde acabei por ficar cinco dias, é uma bela cidade, que me fez lembrar Lisboa, em vários aspectos, dos quais saliento os belos monumentos e edifícios, alguns a necessitar de restauro urgente, e o facto de ser banhada por um rio, digno desse nome, o "Rio de la Plata", com belas praias de areia branca, (como se pode ver pela foto, tirada do avião).
Entrei, assim, no meu quinquagésimo sétimo aniversário de forma diferente, aproveitando para conhecer, e aprender, um pouco mais, do mundo, e das suas gentes.
E a verdade é que comecei a aprender logo à chegada, ao tomar conhecimento de que estava na "República Oriental del Uruguay", porquanto desconhecia a inclusão da palavra "Oriental", na designação do país.
Tal como aprendi que, uma das versões quanto à origem do nome da cidade de Montevideo, é a de que teria sido um português que, ao avistar o seu ponto mais alto, um monte com 130 metros, terá dito, "monte, vi eu". Verdade, ou não, não deixa de ser simpático, para um português, ouvir esta versão...
E fiquei, também, a saber que muitos uruguaios se designam, a si mesmos, como "orientales", e que o país acabou por incorporar no nome a designação que lhe foi atribuída enquanto colónia espanhola, por se tratar da mais oriental, da América Latina.
Outra surpresa, bem agradável, foi ter verificado que o meu castelhano chega para as encomendas, o que contribuiu, bastante, para tornar ainda mais agradável a estadia.
De um conjunto de peripécias, interessantes, ligadas a esta viagem, vos darei conta noutros "postais", como este, mas não quero terminar sem dizer, para vos aguçar o apetite, que esta foi a viagem mais barata que me lembro de ter efectuado...
Os motivos, esses, ficam para o próximo postal.

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