sábado, 19 de dezembro de 2009

A CIMEIRA





As notícias do fracasso da Cimeira de Copenhaga não podem ser consideradas surpreendentes, bem pelo contrário.
Como diz o povo, "de boas intenções está o inferno cheio", e a verdade é que, sempre que os chefes de estado, e de governo, se reúnem, com o objectivo de estabelecerem metas para a redução das emissões de Co2, a probabilidade de não haver acordo é, enorme.
Existem demasiados interesses em jogo, e, para os governos, é sempre mais fácil restringir liberdades individuais, do que mexer com interesses económicos...
Numa cimeira que reuniu 193 países, ter apenas 30 a assinar uma "nota" final, é mais do que um resultado frustrante, é um "flop" de todo o tamanho, por mais que alguns dirigentes se esforcem por "tapar o sol com uma peneira".
Agora, as esperanças transferem-se para 2010, no México, onde terá lugar nova Conferência, ou Convenção do Clima, como alguns gostam de lhe chamar.
Mas se nos lembrarmos que o Protocolo de Quioto demorou 7 anos para entrar em vigor, após a sua ratificação por países responsáveis por, apenas, 55% das emissões, não existem motivos para estarmos optimistas.
Afinal, apesar das nobres declarações de intenção, rever os objectivos definidos em Quioto, e é disso que se trata, parece tão difícil quanto foi a sua ratificação...

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