sábado, 18 de julho de 2009

LIEDSON...E A SELECÇÃO NACIONAL

O interesse manifestado por Liedson, junto da Federação Portuguesa de Futebol, em representar a selecção nacional, veio reabrir a discussão em torno da presença, ou não, de estrangeiros, na equipa das quinas.
Salvo melhor opinião, reabrir o debate, nos termos em que está a ser feito, não faz sentido, porquanto existem precedentes, casos Deco e Pepe, e a qualidade futebolística do jogador não o coloca, longe disso, em situação de inferioridade comparativa, tanto mais que, joga numa posição em que a selecção é, claramente, deficitária de bons valores.
Quero esclarecer que estive contra a chamada de Deco à selecção nacional, não pelo seu, indiscutível, valor futebolístico, mas porque entendi, e entendo, que á equipa das quinas só devem ser chamados jogadores portugueses, ou aqueles que, tendo nascido noutras paragens, vieram residir para Portugal, e se tornaram portugueses, quando muito jovens.
E permitam-me que, em reforço da minha posição, evoque as, frequentes, afirmações de Deco, nas quais fica clara a sua nacionalidade brasileira, pretendendo, como é natural, terminar a carreira no seu país, no clube que o lançou para o futebol, o Corinthians.
E para que não restem dúvidas, num momento em que o preconceito contra os brasileiros atinge, a meu ver, um nível incompreensível, quero deixar claro que, prefiro que a abertura se faça a atletas de origem brasileira, pelas afinidades, culturais, e linguísticas, do que a atletas que, embora de ascendência portuguesa, nunca jogaram em Portugal, nada conhecem sobre o país, e nem sequer sabem falar português.
Por mim, atentos os precedentes, Liedson poderá representar a selecção nacional, mas isso não significa que não deva haver um debate, sério, quanto aos futuros critérios de escolha.
Um pouco "á nossa maneira", a chamada de Deco e Pepe á Selecção tiveram, a meu ver, como único critério, o "jeitinho que davam", em determinada ocasião, e o mesmo parece acontecer agora, relativamente ao "levezinho".
Só que a representação da Selecção Nacional é demasiado séria, para poder estar ao sabor de critérios "oportunistas".
Cabe á Federação Portuguesa de Futebol esclarecer, de forma cabal, quais os critérios que terão de ser cumpridos, que não só o da "simples" nacionalização, para que um jogador possa representar Portugal.
É que, a meu ver, não basta ser português, é preciso sentir-se português, e se concordarmos com o princípio, teremos mais de meio caminho andado na resolução do problema...

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