Cetra era o escudo usado pelos Lusitanos. Este é o meu cetra, para defesa das minhas opiniões e evitar que a memória se perca...
sexta-feira, 31 de julho de 2009
"AMIZADES"...
Dizia-me, há dias, um amigo meu que "a gente nunca conhece as pessoas...".
Comecei por argumentar que não é bem assim, mas fiquei a pensar no assunto, e, confesso, tenho de concluir que ele está cheio de razão...
A verdade é que, passando em revista os últimos anos da minha vida, verifico que me enganei, redondamente, na avaliação de várias pessoas que conheci, seguramente por culpa minha, algumas das quais cheguei, até, a considerar amigas...
Ainda que a custo, tenho que admitir a verdade subjacente ao ditado popular, quando afirma, "Deus nos livre dos "amigos", que dos inimigos me livrarei eu"...
O oportunismo de muitas pessoas, no seu relacionamento com os outros, chega a ser confrangedor, sendo impressionante a falta de respeito que revelam, por si mesmos, e pelos outros, ao assumirem determinados comportamentos e atitudes.
Todos cometemos erros ao longo da nossa vida, e eu cometi muitos mais do que gostaria, mas, ao contrário de muita gente, eduquei-me para pedir desculpa pelos erros cometidos, pelo que não me restam muitas por pedir, e a arrepender-me, sinceramente, de os ter cometido...
Perder-se um familiar, ou um amigo, por morte, é uma coisa terrível, mas muito pior é passar por essa perda em vida, ter que reconhecer o engano, admitir que, afinal, pessoas a quem dedicámos a nossa amizade, ou, até, amor, nunca foram dignas, sequer, da nossa atenção...
Erros, e omissões, de comportamento, acontecem, com maior ou menor frequência, e em maior, ou menor, grau, e são desculpáveis, mas erros de carácter são reveladores de quem os comete e não merecem, a meu ver, qualquer desculpa.
Infelizmente, por motivos vários, perdi, nesta última década, e alguns bem recentemente, relacionamentos que cheguei a considerar amizades, que não serão mais recuperáveis.
Foi-me difícil ter de admitir que em enganei quanto ao seu carácter, como é difícil conviver com a interrogação, sem resposta, de como foi possível conviver com eles, tanto tempo, sem me ter apercebido de quem eram, verdadeiramente...
Não quero citar nomes, porque alguns são bem conhecidos, eles saberão a quem me refiro, mas quero deixar claro que existem coisas que, aos meus olhos, nunca terão desculpa, muito menos perdão!
A calúnia, a desonestidade e mau carácter, são coisas que nunca perdoarei, nem com o avançar da idade, sejam quais forem os motivos que as determinaram...
Não é fácil, mas, na verdade, tenho de reconhecer que este meu Amigo estava cheio de razão:
"A gente nunca conhece as pessoas..."
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"Amigo que não presta e navalha que não corta; que se percam, pouco importa."
ResponderEliminarServe como comentário ao seu texto e singela homenagem ao meu Avô, que a usava (nunca a ouvi a outra pessoa!) de cada vez que a faca que estava na adega, junto ao presunto, não cumpria a sua função.
Saudações Benfiquistas e Transmontanas