Para todos aqueles que gostam de futebol e se preocupam com os diferentes aspectos ligados á sua gestão, recomendo a leitura de FUTEBOLFINANCE - a economia e finanças do futebol, no endereço abaixo:
Vem isto a propósito de um um artigo, publicado no passado dia 13, sobre a venda, colectiva, de direitos de televisão, e da actuação da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, ou falta dela...
Já aqui escrevi que, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional deveria ser a entidade gestora dos direitos televisivos, relativos aos jogos das duas Ligas profissionais, razão pela qual concordo, na generalidade, com o que é dito no artigo da "futebolfinance".
Mas, em meu entender, o articulista não vai suficientemente longe, na abordagem desta questão, porque se limita a apelar á "sensibilização" dos clubes, por parte da Liga, para este tema.
Em meu entender, a Liga, enquanto entidade gestora do futebol profissional, tinha o dever de procurar financiar-se, junto da Banca, e partir para a negociação, com a Olivedesportos, visando a liquidação, antecipada, de todos os contratos existentes, com os clubes. Só deste modo seria possível criar as condições para que pudesse passar a negociar os direitos televisivos, em nome dos clubes, com claros benefícios para estes, sem quebrar os compromissos por eles assumidos.
Enquanto isso não suceder, os clubes continuarão a prorrogar contratos, e a antecipar receitas, num ciclo vicioso que ninguém parece interessado em quebrar...
Culpar a Olivedesportos pelo actual estado de coisas, como alguns já fizeram, não só não resolve nada, como esquece o essencial do problema. Afinal, é a Olivedesportos que tem permitido a "sobrevivência" de muitos clubes, apesar dos desvarios da política de "investimentos", levada a cabo pelos seus dirigentes...
As situações de endividamento excessivo e de orçamentos deficitários, sucessivos, já não se resolvem, infelizmente, com a "sensibilização" dos dirigentes, mas com medidas drásticas, que incumbia á Liga adoptar.
Só que a Liga, não o esqueçamos, é composta pelos clubes, pelo que, o modo como tem tratado esta questão, como outras, só pode ser entendido no âmbito da incapacidade, global, dos dirigentes, para realizarem as reformas de que futebol português tanto necessita...
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