Quando passam 50 anos sobre o aparecimento do primeiro Mini, carro que fez um enorme sucesso na minha geração, não poderia deixar de fazer, aqui, uma referência.
Até porque foi num Mini, propriedade do tio de um amigo meu, o Jorge, que tive um desastre de automóvel, que deixou marca.
Era a noite de 11 de Dezembro de 1973 e comemorávamos mais um aniversário do Jorge. Passada a meia noite, cantaram-se os parabéns ao Ernesto, aniversariante nesse dia e decidimos ir até ao restaurante Titas, no Mucifal, local que frequentávamos com regularidade, para darmos início a uma nova comemoração.
Pelas cinco da manhã do dia 12, depois de muito divertimento e cerveja, deu-se o regresso a casa, pela estrada que liga Sintra á Praia das Maçãs.
Na única recta existente nessa estrada, bem pequena, por sinal, o tio do Jorge, o condutor, adormeceu, e o carro foi embater contra uma das árvores que ladeiam a estrada, pelo lado direito.
Eu, que viajava no banco traseiro, dei uma enorme cabeçada no "chassi", que me valeu a abertura do sobrolho direito, e uma deslocação ao hospital de Sintra, para uns quantos "pontos". A cicatriz, essa, nunca desapareceu, contituindo desagradável lembrança do acidente, mas, na minha memória está uma noite de extraordinário convívio entre amigos.
O Jorge vive, actualmente, em Luanda, e o seu tio, infelizmente, já faleceu.
As voltas da vida, fizeram-me perder o rasto a alguns desses amigos, mas ainda encontro, de tempos a tempos, o Pintassilgo e o Tó Feijão, dois daqueles com quem vivi grandes momentos da minha juventude, que estavam presentes naquela noite.
Mas apesar do acidente, e de o carro ter ficado sem concerto, nenhum de nós deixou de continuar a utilizar a expressão, popularizada pela minha geração:
É tão giro ter um Mini !
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