Cetra era o escudo usado pelos Lusitanos. Este é o meu cetra, para defesa das minhas opiniões e evitar que a memória se perca...
terça-feira, 11 de agosto de 2009
ANIVERSÁRIO
Ontem estive na festa de aniversário da Rosy, na foto, (quando era bem mais nova rsrs), casada com o meu grande Amigo Engº Abílio Rodrigues.
Devo esclarecer que a Rosy é "lagartixa", o mesmo é dizer, simpatizante do Sporting, facto que só é "atenuável" por ter um marido que é um ilustre benfiquista, embora demasiado complacente com a opção clubística da mulher...(risos).
Foi uma noite extraordinária, um momento de intimidade, e amizade, cujo recato não motivaria, em princípio, qualquer menção neste blogue.
Sucede que, as conversas são como as cerejas, acabámos a noite abordando um assunto extremamente polémico, na sociedade portuguesa, sobre o qual tenho uma posição clara, mesmo que incorrecta...
De entre um conjunto de pessoas, fantásticas, que estiveram presentes na festa, conheci o Luís, um homem assumidamente homossexual, sem tiques, educado, e com sentido de humor.
A dado passo do nosso convívio, e já com um número restrito de pessoas em casa do casal, abordou-se a questão da homosexualidade e do direito, ou não, ao casamento, entre pessoas do mesmo sexo.
Não quero, por não relevante, referir a posição de cada um sobre este assunto, tanto mais que, apesar de o Luís, e eu, termos monopolizado o debate, havia mais pessoas na sala, mas desejo realçar a elevação, na abordagem de um tema reconhecidamente polémico.
E devo confessar que não esqueci o que o Luís me disse, quando rotulou de machista a minha perspectiva, o que, não sendo surpreendente, atendendo á sua sensibilidade, quase feminina, foi o suficiente para deixar "incomodado" um heterosexual cinquentão, como eu, que se considera livre de preconceitos e um espírito aberto...
Em reflexão, e apesar de respeitar a insistência dos homosexuais, no seu direito ao casamento, continuo a pensar que a sua motivação está muito mais ligada com o afrontamento das regras estabelecidas, do que com o reconhecimento de um direito.
Caso contrário, a sua luta, tal como a das mulheres, seria orientada para a exigência da plena igualdade de direitos, e deveres, face á lei.
E, para isso, contaram, e contarão, sempre, com o meu apoio.
Aceito, com naturalidade, a homosexualidade, desde que não seja exibicionista, ou provocatória, do mesmo modo que rejeito um heterosexual machão, ou que não se saiba comportar, socialmente.
E respeito os direitos, e liberdades, de todos, desde que não colidam com a liberdade, e os direitos, dos outros, incluindo a minha...
O resto são opções, ou não, relativamente ás quais o tempo, e atrás do tempo tempo vem, se encarregará de dar o peso social, e o reconhecimento, que merecem.
Assim tem vindo a suceder com os direitos das mulheres, felizmente, e o mesmo sucederá com os direitos dos homosexuais, para satisfação, ou não, dos ideais do Luís.
Mas a vida é o que é, e só muito raramente é o que gostávamos que fosse...
Á Rosy, e ao Abílio, aqui fica o meu muito obrigado, pelos momentos, excelentes, que me proporcionaram, e os meus votos para que a vida os mantenha, por muitos e bons anos, juntos, de boa saúde, na companhia de tão excelente amigos, e de todos os que lhes são queridos.
Bem Hajam !
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