quarta-feira, 11 de novembro de 2009

AINDA O TABAQUINHO...



A imagem, acima, foi retirada da revista Veja, edição de 8 de Abril de 2009, e ilustra bem o destino que alguns governos dão aos impostos cobrados sobre o tabaco.
Ontem, na página do jornal Sol, na internet, podia ler-se:

"(...)O projecto de directiva prevê um aumento da taxa mínima sobre o tabaco que deve ser aplicada na UE, anunciou hoje a presidência sueca da União, actualmente em exercício.
«É muito mais do que uma questão fiscal, é também uma questão se saúde pública», afirmou o comissário europeu para os Assuntos Fiscais, Laslo Kovacs, em conferência de imprensa.
Actualmente, os impostos sobre o tabaco (sobre o consumo) devem representar pelo menos 57 por cento do preço do maço de 20 cigarros e pelo menos 64 euros por mil cigarros.
Espera-se agora aumentar o imposto para os 60 por cento do preço do maço e para os 90 euros por mil cigarros, até 2014.
O compromisso autoriza um período de transição até 1 de Janeiro de 2018(...)".

Fumador, assumido, e não arrependido, sinto-me "confortado" por este meu hábito, decretado como anti-social, estar a contribuir para financiar a saúde de terceiros, muitos deles, provavelmente, ferrenhos opositores do cigarrinho...
E mais "confortado" fico quando sou informado, pelo senhor comissário europeu, que o novo agravamento fiscal, é uma questão de saúde pública...
A saúde pública defende-se pelo preço ? É uma teoria curiosa...
Porque não ilegalizam o consumo do tabaco, já que, a acreditar nos novos arautos da defesa da saúde pública, é causa de todos os males de que padece o ser humano ?
Aí sim, ficava defendida a saúde pública ! E, já agora, aproveitavam para liberalizar as drogas leves, como muitos defendem...
Só que o aumento do preço pode, até, ser mais do que uma questão fiscal, mas o dinheirinho dá um jeitão...
Mas se a preocupação é com a saúde pública, porque não aprova a comunidade uma directiva que aumente, na mesma proporção, imposto/preço de venda, os impostos sobre as empresas cuja actividade liberta dióxido de carbono, e metano, principais causadores do efeito de estufa ?
Ou será que este não é um dos principais problemas de saúde pública, e não só, de que o mundo padece ?
Limitar direitos individuais é, sempre, mais fácil, do que mexer com interesses de grupos económicos, mesmo quando se trata de defender a saúde pública...
Os impostos que já pago, pelos dois maços de cigarros que consumo, diariamente, deixam-me de consciência tranquila, quanto á minha contribuição para a defesa da saúde pública, cobrindo, amplamente, quaisquer encargos que eu possa vir a causar ao sistema, público, de saúde, tanto mais que contribuo para um sistema privado.
Será que os senhores comissários, e os grupos de pressão anti-tabaco, podem dizer o mesmo ?
Tenho sérias dúvidas...

PS: Como a pecuária é responsável por 16% da poluição mundial, e o gado bovino, e ovino, pela produção de gás metano, porque não criam os senhores comissários, um imposto sobre as vacas, e ovelhas ?

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