terça-feira, 8 de junho de 2010

PENSO EU DE QUE...

A notícia surge pequenina, ao fundo da página 10 da edição de hoje do jornal i:
"Três pessoas aderem ao protesto contra o Acordo Ortográfico"
Foi esta "multidão" que aderiu à manifestação marcada para o Palácio da Ajuda, em Lisboa, onde a ministra da Cultura apresentou o conversor para a nova ortografia.
Apesar das preocupações dos tradutores, a maioria por razões meramente economicistas, e dos puristas linguísticos, o Acordo Ortográfico avança, para bem da defesa e afirmação da língua portuguesa no mundo, digo eu.
Mas a leitura desta notícia recordou-me como tanta gente, que se revela extremamente preocupada com o Acordo, fala um português horrível, com inúmeras calinadas gramaticais.
E a mais popular entre nós, nos dias que correm, é a "penso eu de que...", imortalizada pelos bonecos do programa Contra-Informação, na RTP, na boca de Pinto da Costa.
A verdade é que chega a ser confrangedor ver tanta gente, desde políticos a jornalistas, de professores ao homem da rua, a "pensar de que...", "entender de que...", "achar de que...", para arrepio, mais do que justificável, da Drª Edite Estrela e da Dona Fernanda, que Deus tem, minha professora de instrução primária.
E, quem sabe, talvez o Acordo, ao aproximar a escrita da fonética, possa contribuir para que se assistam a menos erros de ortografia, que disso é melhor nem falarmos, passada a possível e previsível confusão inicial.
Penso eu de que...

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