sábado, 7 de novembro de 2009

"O CRIME" DE SER GORDO



Longe vão os tempos em que um pacato cidadão podia viver a sua vida em paz, sem que o Estado o "obrigasse" a ser saudável, segundo parâmetros pré-definidos.
Hoje, a cedência aos interesses de diversos grupos de pressão está na moda, e é em nome da nossa saúde que são aprovadas diversas proibições, algumas delas totalmente inaceitáveis, em democracia.
Desta vez, a notícia chega-nos de Inglaterra, e está reproduzida no jornal i, com uma criança recém-nascida retirada aos pais, porque a mãe cometeu o "crime" de ser obesa.
E não deixa de ser curioso que, até a terminologia se adaptou aos novos tempos...
Já não há pessoas gordas, agora só existem obesos.
Resolvido o problema dos fumadores, pela via de legislações absurdas, de um fundamentalismo indigno de países democráticos, é agora a vez dos gordos, perdão, dos obesos.
E eles que se cuidem...
Proponho, pois, que seja dada a conhecer, a todos os cidadãos, a relação peso/altura, máxima, que os pais terão de ter, para que possam procriar, sem correrem o risco de que lhes seja retirada a custódia dos seus filhos.
Tanto mais que, as autoridades espanholas já tiveram um comportamento semelhante, como nos conta o jornal i, e a coisa corre o risco de alastrar, já que noutros países, como Portugal, essa possibilidade está, legalmente, consagrada.
E eu acredito que a complacência das opiniões públicas, e publicadas, para com as diversas manifestações de fundamentalismo, em nome na nossa saúde, representa um sério risco para os nossos direitos, enquanto cidadãos...

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