terça-feira, 10 de novembro de 2009

INCOERÊNCIAS...


Com a transformação do futebol num dos maiores negócios do mundo, é cada vez maior o número de pessoas que defende o recurso ás imagens televisivas, como auxiliares das equipas de arbitragem, para defesa da verdade desportiva.
É uma prática aceite noutros desportos, com sucesso, pelo que se torna difícil entender a resistência da FIFA, ao recurso á tecnologia...
Ingénuamente, tenho admitido que a própria FIFA acredita na sua"versão oficial", segundo a qual o recurso ás imagens acabaria por provocar vários tempos mortos, reduzindo a beleza do jogo.
Ainda que, ninguém, de boa fé, possa aceitar que os resultados desportivos sejam desvirtuados, por erros de arbitragem, com as consequências que todos conhecemos, quando existem meios para o evitar, tenho-me esforçado para acreditar que, por detrás da recusa, não estão razões que a razão desconhece...
Mas as minhas dúvidas aumentaram, substancialmente, quando, pela primeira vez, assisti a um "tempo técnico", durante um jogo de futebol, decidido pelo árbitro, devido ao calor, para os jogadores, e equipa de arbitragem, se refrescarem.
Foi uma paragem de dois minutos, a meio da primeira parte do jogo entre o Fluminense e o Palmeiras, no domingo passado, que foi compensada, no fim do tempo regulamentar, e que, para minha surpresa, é autorizada pela FIFA.
Não que me pareça uma má ideia, pelo contrário, mas como aceitar que um jogo possa ser interrompido para os intervenientes se refrescarem, e recusar uma pausa, bem menor, para garantir que uma decisão do árbitro não fere a verdade desportiva ?
Ou será que, para os senhores da FIFA, existem, mesmo, razões que a razão desconhece...?

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