quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A LUTA...

A comunicação social diz-nos que o sr dr Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, acha que a suspensão da avaliação dos professores é fundamental, e se declara pronto para a luta.
Como não sou muito dotado, intelectualmente, e não só, dei comigo a pensar sobre o que pretende, de facto, o sr dr Mário Nogueira .
Um regime sem avaliação dos professores ?
Um sistema educativo onde a culpa pelos maus resultados morra, sempre, solteira ?
Uma carreira profissional para os professores, segundo a qual, independentemente dos resultados, a evolução na carreira seja garantida ?
Apresentou a Fenprof algum modelo alternativo ?
Não conheço o sr professor Mário Nogueira, a não ser pelas suas intervenções televisivas, que me fazem agradecer a Deus, sempre, o facto de o meu filho não estar em idade escolar !
O que fazia o sr dr Nogueira antes de ser sindicalista ?
Era bom professor ?
Reconhecido na sua escola ?
O que o levou a dirigente sindical ? A sua capacidade de liderança, como professor, ou a sua ligação ao partido comunista ?
Ao defender a suspensão do modelo de avaliação, o que propõe o dr Nogueira em troca ? Nada ?
A luta para a qual se diz preparado, tem como finalidade o quê ?
Melhor sistema educativo ?
Melhores professores?
Ou vida mais facilitada para alguns, que admito sejam bastantes, dos professores que representa, e pouco, ou nada, fazem, em prol da educação dos seus alunos ?
Ou será que se trata, apenas, de uma questão política, que pouco, ou nada, tem a ver com os verdadeiros interesses da classe que, supostamente, representa, e muito menos, com os interesses dos alunos ?
Do alto dos meus 55 anos, atrevo-me a dizer que, a melhor coisa deste sistema são, apesar de tudo, os alunos, que conseguem aprender alguma coisa num sistema onde todos parecem preocupados em defender, apenas, os seus próprios interesses...
Felizmente que, hoje, ao contrário do meu tempo, a aprendizagem, e o conhecimento, estão ao alcance de todos, através da internet, e qualquer aluno, aplicado, pode, até, dispensar a qualidade interpretativa do professor, quando exista, para preparar um exame final.
Confesso que me cansam os drs Nogueiras deste mundo, que ainda não entenderam, ou não dão disso provas, que as fronteiras do conhecimento ultrapassaram, há muito, as salas de aula.
Os professores dos nosso tempo terão de ter capacidades diferentes das que eram requeridas há uma dezena de anos, como os sindicalistas de hoje precisam de se adaptar ao mundo em que vivem...
É por isso que a avaliação dos educadores da juventude portuguesa não pode ser suspensa e que os dirigentes sindicais actuais, com mentalidade passadista, estão condenados ao insucesso.
Por mais que estejam preparados para a luta...

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