quinta-feira, 29 de outubro de 2009

EM CONTRAPONTO...


Um amigo, benfiquista, fez-me chegar uma outra versão da próxima campanha publicitária da Zon...
Pode não ser tão excitante como a anterior, mas nem por isso é menos verdadeira...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

NOVO ANÚNCIO DA ZON



Não poderia deixar de partilhar mais um, brilhante, exemplo, da criatividade portuguesa !
Que me perdoem os meus amigos que apoiam algum dos clubes massacrados, mas quem diz a verdade, não merece castigo.
Já quanto aos que apoiam algum dos nossos futuros adversários, incluindo sportinguistas, e portistas, não podem vir dizer que não os avisei...!
O Benfica actual lembra o velho anúncio da Regisconta :
Aquela Máquina !

A MORTE...

Acordar com a notícia de uma morte é, sempre, uma péssima forma de começar o dia...
Foi o que me aconteceu esta manhã, com a notícia da morte do irmão da minha antiga secretária, a quem quero expressar, aqui, a minha solidariedade, e o meu sentido pesar, deixando-me, confesso, macambúzio para o resto do dia.
Enquanto aguardava notícias sobre a igreja para onde irá o corpo, não resisti a uma pequena reflexão...
Que a morte é a coisa mais natural da vida, todos sabemos, aliás, é mesmo a única coisa certa que temos nesta vida.
sendo, também, natural, que não nos queiramos separar dos nossos familiares, e amigos, não deixa de ser um egoísmo pretendermos prolongar a vida a quem está em sofrimento, por via de doença cuja cura não é possível.
A morte é, para todos aqueles cuja doença foi decretada como, clínicamente, incurável, e se encontram em acentuado estado de sofrimento, uma libertação.
Pelo que me parece razoável que alguém, em plena posse das suas faculdades, possa optar por não se sujeitar a esse sofrimento, autorizando a antecipação, clínica, da sua morte.
Ninguém tem o direito de exigir a um doente, em fase terminal, depois de a medicina se ter declarado incapaz de conseguir a cura, que aceite prolongar, artificialmente, a sua vida, ou sujeitar-se a tratamentos, que lhe causam um enorme sofrimento, apenas para se manter vivo, o maior tempo possível.
Se o amor exige sacrifícios, não será um acto de amor deixarmos partir aqueles a quem a vida já não reserva mais do que um perpétuo sofrimento ?
Sei que o tema é complexo, e fere a sensibilidade de muita gente, mas nem por isso deveria deixar de ser objecto de um sério debate...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

DESRESPEITO



Uma amiga minha, grande benfiquista, fez-me notar que estranhou o facto de eu não ter comentado o comportamento de Jorge Jesus, após a marcação do segundo, e do quarto, golo do Benfica, contra o Nacional da Madeira.
Na verdade, devo confessar que estranhei o comportamento do treinador do Benfica, mas como a televisão não filmou o treinador do Nacional, fiquei sem perceber se Jesus estava a responder a uma provocação, ou não.
Claro que, mesmo que Jorge Jesus tivesse sido provocado, isso não justificaria a sua atitude, embora pudesse ser uma atenuante...
Mas a minha dúvida aumentou quando, após as cáusticas declarações do treinador do Nacional, no final do jogo, Jorge Jesus se mostrou comedido, recusando comentá-las.
Contudo, as declarações que Jesus viria a fazer, mais tarde, na conferencia de imprensa, que só hoje vi, na televisão, tornaram claro que se tratou de uma enorme falta de respeito para com o adversário, o que é inadmissível.
Como é, igualmente, inadmissível que, em vez de apresentar as suas desculpas, pelo sucedido, Jesus tenha tentado passar um atestado de menoridade a todos os que viram o que se passou...
Ao treinador do Benfica exige~se um comportamento que dignifique o Clube que representa, até para que possa estar em condições de o exigir aos seus jogadores...
Desconheço os motivos que estão na base do conflito que mantém com Manuel Machado, mas, por mais graves que eles sejam, não devem ser transportados para a esfera desportiva...
Ainda que o não tenha dito, as "desculpas" que apresentou evidenciaram o arrependimento de Jorge Jesus, o que lhe fica bem, e só foi pena que não o tivesse reconhecido, formalmente, num momento em que acabava de obter uma estrondosa vitória sobre o seu adversário.
É que saber ganhar é tão, ou mais, importante, do que saber perder, e os vencedores, dignos, sabem ser generosos...

AS MINHAS DESCULPAS

Ontem, sob o título, UMA MÁ IDEIA, escrevi, aqui, que o governo português já tinha transposto, para a legislação portuguesa, a directiva de Bruxelas que autoriza os comerciantes a cobrar uma taxa, quando os pagamentos forem efectuados com cartão.
Foi essa a notícia que ouvi, na comunicação social, e tomei-a como boa.
Estava enganado, como verifiquei hoje, ao ler o jornal i, uma vez que a Secretária de Estado do Comércio garantiu, ontem, á TSF, que a directiva "não foi transposta para a legislação nacional, nem o governo tomou decisão sobre a matéria".
Peço, pois, aqueles que se deram ao trabalho de ler o que aqui escrevi, que aceitem as minhas desculpas pela, involuntária, incorrecção, que espero possa ser-me relevada.
Tenho de admitir que foi uma má ideia, da minha parte, não ter procurado confirmar a notícia, antes de dar a minha opinião...

O MEDROSO...

Sou um leitor, regular, do jornal i, que considero um dos melhores jornais portugueses.
Na sua edição de hoje, o jornal publica uma excelente crónica, de Francesco Alberoni, daquelas que me fazem sentir pena de não ser um escritor...
Pela qualidade da prosa, e o modo como trata um tema sempre actual, entendi que valia a pena reproduzi-lo aqui.
Espero que tenham tanto prazer na sua leitura quanto eu...

visto de fora
O medroso propriamente dito e o medroso vil

por Francesco Alberoni
Publicado em 27 de Outubro de 2009

Entre o medroso, o que agiganta as dificuldades e recua perante tudo, e o medroso vil há um mundo de diferença. O primeiro só se prejudica a si próprio; o segundo prejudica os outros.

O medroso treme perante as dificuldades, agiganta-as. Mesmo quando inicia uma nova aventura, como uma viagem, uma relação amorosa ou a compra de um apartamento, repensa tudo, cheio de dúvidas. Talvez a viagem seja demasiado perigosa, pois os pais ficam em casa e vão sentir-se sozinhos; no caso da relação amorosa, já não tem a certeza dos seus sentimentos nem dos do seu par. Nessa altura treme, transpira, decide não partir, procura ser tranquilizado, desmarca compromissos. É um desgraçado que só faz mal a si próprio.
O vil, pelo contrário, é um medroso cheio de dúvidas que começa por decidir uma coisa e depois decide o contrário e acaba por prejudicar quem contava com ele e confiava na sua palavra.
Na guerra, aqueles que vacilam e dizem que não estão de acordo suscitam desprezo. Todavia, é muito mais grave o caso dos que se oferecem como voluntários. São-lhes atribuídas missões delicadas, ganham a confiança dos companheiros, que contam com a sua coragem, e depois, quando se inicia a refrega, ficam tolhidos pelo medo, imóveis, escondidos e, por culpa deles, dá-se o massacre. Estes não são medrosos, são vis.
Apresentei um exemplo bélico, mas todos sabemos o que acontece na vida de todos os dias. Há um amigo que faz um acordo connosco para constituir uma sociedade. No início é entusiasta, facilitador. Depois de nos expormos, de termos contraído dívidas, fica cheio de dúvidas e desaparece. Ou uma pessoa larga o emprego porque alguém lhe prometeu outro melhor.
Diz que controla tudo, que não há problema nenhum. Depois acabamos por descobrir que, na reunião decisiva, nem sequer propôs o nosso nome, por temer demasiada exposição. Mais um vil.
Os inovadores são os mais expostos a este perigo. Quando Lawrence escreveu "O Amante de Lady Chatterley", os amigos apreciaram o livro e consideraram-no uma obra-prima, mas foram poucos os que o defenderam depois. O mesmo aconteceu a Nabokov quando escreveu "Lolita". São tão poucos os que têm coragem para dizer e escrever aquilo em que acreditam e aquilo que pensam! Fazem-no em privado, mas em público temem as objecções, as condenações, as críticas... E quantos não têm a coragem de cumprir a palavra dada! Habitualmente fazem-no por oportunismo: assim que vislumbram um perigo ou uma vantagem, mudam de ideias.
Mas também há quem não seja capaz de cumprir o que promete por ser moralmente fraco. Por ser vil.
Sociólogo, escritor e jornalista

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

VALHA-LHES DEUS...


Mais uma goleada do Glorioso, desta vez por 6-1, tendo o Nacional da Madeira como vítima, e o Benfica a assumir a liderança da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.

Quem tem visto o Benfica jogar, não pode ficar indiferente á qualidade do futebol praticado, nem mesmo os seus adversários, com a equipa a vencer, e a convencer, como há muito não se via.

Se a qualidade do plantel é indiscutível, a verdade é que os jogadores parecem outros, veja-se os casos de Di Maria e Aimar, apenas para citar dois exemplos, e o futebol praticado chega a ser empolgante.

Por tudo isto, é natural a euforia que se vive, entre adeptos e simpatizantes, a qual acaba por se transmitir aos jogadores, equipa técnica e dirigentes, e que vem sendo, sucessivamente, reforçada por goleadas, dignas de Eusébio e seus pares.

Eu, que tenho vindo, desde há muito, a aguentar, estóicamente, as piadas dos meus amigos sportinguistas, e portistas, com dificuldade em dar o devido troco, sem recorrer ao passado, vejo-me, agora, na confortável posição de poder escolher quem, e quando, terá direito a uma ferroada, ou melhor, uma bicada, carregada de ironia, e com uma pontinha de vingança...

Parece milagre, mas vejo os meus amigos, apoiantes dos nossos principais rivais, a terem de dar a mão á palmatória, e meterem a viola no saco, sofrendo, em silêncio, com os golos, e as vitórias, do Glorioso.

Não há mal que sempre dure, nem bem que se não acabe, diz o povo, e se isto é aplicável ao meu Benfica, os adversários que se cuidem, pois pode estar a acabar a sua fase...

Pelo descanso que me tem proporcionado, aliado a alegrias imensas, aqui fica o meu Obrigado a Jorge Jesus, e aos seus colaboradores.

E não resisto a imaginar os meus amigos sportinguistas, e portistas, sofrendo em silêncio, e suplicando :

Valha-nos Deus !





















UMA MÁ IDEIA


A decisão, do governo, de transpor, para a legislação nacional, a directiva europeia que autoriza os comerciantes a cobrar uma taxa, nos pagamentos com cartão, de débito, ou de crédito, não foi uma boa ideia.
Tanto mais que, a maioria dos países da Comunidade se recusou a fazer essa transposição, pelo que não havia motivo para sermos "mais papistas do que o Papa".
Mas nós somos assim...
A ideia de taxar as operações de pagamento com cartões, ou as transacções multibanco, não é nova, e as instituições bancárias há muito que manifestaram esse desejo.
Mas é bom que se diga que são os Bancos quem mais beneficia, e beneficiou, com a utilização dos cartões, tendo conseguido enormes poupanças em custos com pessoal, e administrativos, já para não falar das taxas de usura aplicadas aos créditos, concedidos pela via dos cartões, ou das taxas que cobram dos comerciantes...
Não se conhecem, ainda, os valores das taxas a aplicar, embora se preveja a sua aplicação no início de Novembro, mas o que me parece certo é que, mais cedo ou mais tarde, essas taxas acabarão por ser incorporadas nas margens de comercialização.
Como sempre acontece, serão os consumidores a pagar, pelo que, a entrada em vigor das taxas não me parece uma boa ideia, em plena crise económica...

HAJA ESPERANÇA

O Presidente da República deu, hoje, posse ao 18º governo constitucional.
Um governo com novas caras, equilibrado nas suas componentes técnica e política, e com uma elevada componente feminina.
Claro que é um governo de minoria, sendo, até, curioso o facto de todos os partidos da oposição terem reclamado para si, como grande vitória, a retirada dessa maioria, ao PS, mas não deixa de ser um governo legítimo, pelo que dele se esperam medidas para combater os principais problemas com que o país se debate.
O próximo grande teste é a apresentação do Programa de Governo, no Parlamento, a que se segue o Orçamento Geral do Estado, que deverá reflectir as grandes linhas do programa eleitoral do Partido Socialista.
Ficaremos, então, com uma noção mais clara quanto ao que poderá vir a ser o comportamento das oposições, nesta legislatura, e a sua eventual, ou não, disponibilidade para viabilizarem as propostas do governo.
Que cada um cumpra o seu papel, tendo em conta os interesses do país, é o que devemos exigir a Governo, Presidente, e Parlamento, mas também ás diferentes Corporações, de quem se exige um comportamento responsável. o que nem sempre tem sido o caso...

domingo, 25 de outubro de 2009

ATÉ QUANDO ?


Acusações, e insinuações, por parte de dirigentes do futebol português, relativamente a outros clubes, não são uma novidade.
Mas as afirmações de António Salvador, presidente do Sporting Clube de Braga, relativamente ao Sport Lisboa e Benfica, antes do confronto entre os dois clubes, na próxima semana, são graves.
Acusar um clube de conspiração, em conivência com alguns jornais, para desestabilizar o seu adversário, não pode ser considerado um acontecimento menor, pelo que, ou António Salvador prova o que afirmou, ou a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, terá de o castigar, severamente.
Dir-me-ão alguns que, o presidente do Braga se limitou a fazer "jogo psicológico", algo de habitual entre dirigentes, nas semanas que antecedem confrontos importantes, o que, não deixando de ser verdade, não pode servir de desculpa, ou atenuante.
São estes comportamentos que contribuem para a descredibilização do futebol português, e a Liga não pode continuar a pactuar com estas situações.
A quem, como eu, gosta de futebol, e preza a verdade, só resta deixar uma pergunta:
Até Quando ?

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

RIO DE JANEIRO...


É triste, e muito preocupante, a onda de violência que grassa nas favelas do Rio de Janeiro, a qual, segundo as notícias, já fez mais de 35 mortos.
Triste, porque o país, e o seu povo, não merecem que um monte de energúmenos, que embora podendo ser muitos em número, são muito poucos, em percentagem da população, dêem do Brasil uma imagem que está muito longe de corresponder á realidade.
Triste porque a população dessa "cidade maravilhosa", como lhe chamou o poeta, não merece que um pequeno grupo de bandidos, e é disso que se trata, prejudique a sua imagem, e a da sua cidade, aos olhos do Mundo.
E triste, também, porque a população das favelas atingidas, onde a maior parte é gente boa, e trabalhadora, está a ver a sua vida em risco, sem nada poder fazer para se defender.
Mas a situação é, também, preocupante, na medida em que a economia do Rio depende muito da população das favelas, o que torna ainda mais difícil a resolução do problema, por parte das autoridades brasileiras...
Confesso que desconheço os planos existentes para evitar, ou, pelo menos, minorar, este tipo de problemas, até 2014, ano em que o Rio acolhe o campeonato do mundo de futebol.
Mas não ignoro que estes problemas dão do Brasil uma imagem que, embora estando muito longe de corresponder á realidade, afasta muitos dos seus potenciais visitantes.
Aliás, não tenho dúvida alguma em afirmar que, é essa imagem de insegurança, e violência, que continua a afastar os turistas do Brasil, um dos mais belos países do mundo, cujo afluxo turístico é, relativamente, insignificante.
O Brasil merece ser conhecido por outros motivos, mas como todos sabemos, a violência e o crime " vendem melhor" do que a beleza natural, a generosidade do povo, ou a sua alegria e afabilidade...
Por isso, me preocupo, e solidarizo, com o Brasil, o povo brasileiro, os cariocas, e os trabalhadores das favelas, nesta sua luta para evitar que, um, ou vários, grupos de bandidos possam pôr em causa, aos olhos do mundo, um país e um povo maravilhosos.
Que as mãos não doam aos "policiais"...

ARRANHÕES


A fazer fé na comunicação social, os Gatos Fedorenteos não só vão deixar de esmiuçar os sufrágios, como vão deixar de "arranhar", em televisão, pelo menos por algum tempo.
Isso mesmo declarou José Diogo Quintela, o gato mais gordo, ao jornal Público.
Penso que se trata de uma atitude inteligente, pois a sua permanente presença em televisão, ou muito me engano, ou acabaria por cansar...
Os Gatos esmiuçaram os sufrágios, umas vezes bem, outras nem tanto, mas o programa fica como uma das grandes inovações do período eleitoral.
É tempo de irem arranhar para outras paragens...

QUE TRIO !


Os espectáculos que José Mário Branco, Fausto e Sérgio Godinho realizam em Lisboa, e no Porto, estão lotados.
É pena, pois não é muito frequente termos a possibilidade de ver, e ouvir, três grandes músicos,e compositores, portugueses, juntos.
Se até os U2 acederam a realizar um novo espectáculo, face ao interesse do público português, será demais pedir uma reedição ?
Os que gostam de boa música portuguesa, e ficaram de fora, ficavam muito gratos!

NA UEFA




No rescaldo de mais uma jornada europeia, pode dizer-se que as equipas portuguesas tiveram um bom comportamento.
Infelizmente, só Nacional destoou, evidenciando, uma vez mais, a sua inexperiência europeia, perdendo mais um jogo, nos minutos finais, o que o relegou para o último lugar do seu grupo.
Na Liga dos Campeões, o FC Porto fez aquilo a que nos habituou, ganhando, e está praticamente apurado para a fase final.
Na Liga Europa, o Sporting cumpriu a sua obrigação, derrotando um adversário fraco, e colocando-se no primeiro lugar do seu grupo, tendo quase garantida a qualificação para a fase seguinte.
De destacar o "golaço" de João Moutinho, cuja inspiração permitiu ao Sporting resolver, uma vez mais, aquilo que a equipa parecia incapaz de conseguir.
Algo vai mal no reino do leão, e é pena, porque o futebol português precisa de um Sporting forte.
Já o meu Benfica voltou a rubricar uma excelente exibição e conseguiu um resultado histórico, perante um adversário com pergaminhos, passando a liderar o seu grupo.
A vitória, por 5-0, perante o Everton, não só é a maior de sempre, em competições da UEFA, perante um clube inglês, como foi alicerçada num futebol de qualidade, que entusiasma, não só os seus simpatizantes e adeptos, como também todos aqueles que gostam de futebol.
O mérito de Jesus, e da equipa técnica que o acompanha, é evidente, e estou em crer que, esta época, o Glorioso é um sério candidato á conquista de todas as competições em que participa.
Em resumo, o saldo da participação das equipas portuguesas foi muito positivo e seria bom que assim pudesse continuar a ser, para bem do futebol português.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

UM NOVO GOVERNO


José Sócrates apresentou o novo governo a Cavaco Silva.
Uma vez mais, contrariando um hábito de muitos anos, tudo foi preparado sem fugas de informação, e a comunicação social só teve conhecimento da presença do primeiro-ministro em Belém, após o seu encontro com o Presidente.
Do meu ponto de vista, foi uma boa forma de começar.
Assim como foi uma boa notícia a inclusão de 5 mulheres, como ministras, uma novidade absoluta, que poderá dar ao governo uma outra "sensibilidade", na resolução dos problemas que afectam a sociedade portuguesa...
Dos nomes indicados, verifica-se que Sócrates teve o cuidado de substituir os ministros mais polémicos, criando as condições para um certo apaziguamento, em sectores tão importantes como a Educação, ou a Agricultura.
Mas não me parece que Sócrates, apesar das alterações, esteja disponível para abdicar da concretização de algumas reformas, como é o caso da Educação, pelo que, caras novas não significam, provavelmente, alterações das políticas...
Está dado o primeiro passo para que a governação do País possa voltar ao normal.
Aguardemos os próximos capítulos...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

UMA QUESTÃO DE FÉ...


O novo livro de José Saramago, intitulado "Caim", acaba de chegar ás bancas.
A polémica estava garantida, á semelhança do que sucedeu quando da publicação da sua obra "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", porquanto se conhecem as convicções anti-religiosas do autor.
E ela surgiu, logo no dia do lançamento do livro, em Penafiel, com Saramago a declarar que a Bíblia é um "manual de maus costumes e um catálogo de crueldades". Acrescentando que o Deus da Bíblia é "rancoroso, vingativo, e não é de fiar..".
As reacções não se fizeram esperar, por parte das Igrejas, em particular, a católica.
A procissão ainda vai no adro, embora esta polémica esteja destinada, como todas, a cair no esquecimento, mais dia, menos dia, e por isso me parece interessante aproveitar o momento para uma pequena reflexão.
Quero começar por dizer que, não sou um apreciador do estilo de José Saramago, e nem o facto de ter recebido o Prémio Nobel da Literatura alterou esta minha opinião.
Por isso me sinto mais á vontade para afirmar que, o escritor tem o direito de defender, em livro, ou de qualquer outro modo, as suas convicções, e partilhá-las com os seus leitores e ouvintes.
E não duvido que Saramago tem razão, quando afirma que a maioria dos católicos nunca leu a Bíblia.
Nem tal é necessário para justificarem a sua Fé, acrescento eu, pois, na verdade, a questão religiosa é, acima de tudo, isso mesmo: Uma questão de Fé !
E a Fé não se discute. Ou se tem, ou não se tem.
Alguns crentes, por exemplo, poderão, até, atribuir o mau tempo que assolou o país, desde a noite de Domingo, a um castigo divino, face á "heresia" de Saramago, e seus seguidores, e, acreditando nisso, dispensarem qualquer outro tipo de justificação científica para o temporal...
Já para os agnósticos, trata-se de uma simples alteração metereológica, explicável pela ciência atmosférica, pelo que qualquer justificação relacionada com a ira divina lhes parecerá absurda...
Do mesmo modo, para as Igrejas, a Bíblia não deve ser interpretada literalmente, e os católicos parecem aceitar essa posição. A sua Fé basta-lhes, e tomam como boa a posição da sua Igreja...
Já para José Saramago, o que está escrito na Bíblia vale pelo seu valor facial, e é com base nisso que formula as suas opiniões. É uma perspectiva, igualmente respeitável, desde que expressa de modo não ofensivo...
Mas o que uns, e outros, não têm o direito de fazer, é condenar, quem quer que seja, por delito de opinião.
Eu, que sou agnóstico, e não li senão pequenas passagens da Bíblia, gostava que a polémica não ultrapassasse os limites do razoável, ninguém ganha nada com isso, mas acho interessante que se aproveite esta, e outras, ocasiões, para tratar, serenamente, um tema que, em conjunto com a política, e o futebol, mais tem contribuído para extremar posições na sociedade portuguesa...
A Fé de cada um merece-me o maior respeito, mas deve ser enquadrada por igual respeito pela Liberdade, individual, e colectiva...
Afinal, não ter Fé é, também, uma manifestação de Fé...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

MUNDIAL 2018


Está entregue, na FIFA, a candidatura, conjunta, de Portugal e Espanha, á organização do Campeonato do Mundo de Futebol, em 2018, ou 2022.
Como vão longe os tempos em que, "de Espanha, nem bom vento nem bom casamento...", como era frequente ouvir-se, em Portugal...
A ideia parece boa, tanto mais que, os custos em que Portugal irá incorrer, caso a candidatura tenha sucesso, serão, acredito, facilmente cobertos pelas receitas.
Mas devo confessar que não me agrada, por nos ser desfavorável, a designação de "Candidatura Ibérica".
É claro que estamos, ambos, na Península Ibérica, pelo que a designação não é incorrecta, mas não é menos verdade que a Espanha, tem utilizado a Ibéria para dar a entender que é tudo a mesma coisa...
Como se Portugal fosse mais uma Catalunha, ou um País Basco...
Sem pretender cair em nacionalismos bacocos, entendo que cabe a Portugal, no respeito, e empenhamento, pela candidatura conjunta, fazer tudo o que estiver ao seu alcance para garantir a preservação da sua identidade...

O ZIP ZIP



No âmbito da homenagem a Raúl Solnado, quando o actor iria comemorar os seus 80 anos, a RTP-Memória dedicou-lhe um dia inteiro da sua programação.
Para além de uma excelente oportunidade para revermos uma figura de classe ímpar, como actor e como homem, que foi muito mais do que um cómico, ou um "homem do teatro", como gostava de se designar, a RTP deu-nos a possibilidade de revisitarmos, e gravarmos, o último Zip Zip, um programa que marcou uma nova era da televisão em Portugal, e dava sinais de esperança, quanto á anunciada abertura Marcelista...
O Zip Zip acabaria por ter um final precoce, devido ás pressões que a PIDE estava a impor aos produtores, sendo cada vez mais demoradas as reuniões com os censores, para negociarem o que devia, ou não, ser "cortado"...
Cansados, Solnado e seus pares decidiram terminar um programa que, ao longo de 8 meses, prendera a maioria dos portugueses ao ecrã de televisão, nas noites de segunda-feira, e cujo sucesso excedera, amplamente, as melhores expectativas dos seus produtores.
Foi muito bom rever o Zip, recordar tempos de juventude e "reencontrar" o meu amigo José Fialho Gouveia, que, ou muito me engano, ou deve estar, com o Solnado, a preparar mais um sucesso televisivo...
Onde quer que se encontrem, Bem Hajam, e "façam o favor de ser felizes"...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A LETRA P




Esta nossa língua portuguesa é verdadeiramente espantosa. Como espantosas são as mentes criadoras destes textos.
Há tempos, publiquei aqui um texto que me fizeram chegar, com a letra F, e agora não resisto a publicar este, sobre a letra P.
Deliciem-se...

Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais.
Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir.
Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas.
Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para Papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris.
Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los.Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se.
Profundas privações passou Pedro Paulo.
Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo...
Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses.
Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo.Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir.
Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas.Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai.
Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias? Papai proferiu Pedro Paulo, pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.
Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando.Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito.Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo Pereceu pintando... 'Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar. Pensei.
Portanto, pronto pararei.

sábado, 17 de outubro de 2009

MADRE TERESA


Há precisamente 30 anos, foi atribuído a Madre Teresa de Calcutá, cujo nome era Agnes Gonxha Bojaxhiu, o Prémio Nobel da Paz.
Nascida em 1910, na Macedónia, abandonou as funções de monja, para criar as Missionárias da Caridade, e naturalizou-se indiana, em 1948.
Beatificada, pela igreja católica, em 2002, Madre Teresa foi um exemplo de entrega aos mais desfavorecidos.
Neste dia em que se comemora o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, vale a pena lembrar Madre Teresa de Calcutá, e o muito que nos ensinou...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

NO CAFÉ...



No café, dois amigos tomavam a "bica" do costume, e trocavam opiniões sobre as notícias do dia:

-Então o Bloco e o PC querem suspender o processo de avaliação dos professores ?
-Eu sei, e parece que o CDS e o PSD, também
-Mas, suspender ? Ou encontrar um modelo alternativo ?
-Suspender
-Nem quero acreditar. Se suspendem, lá ficam os professores mais uns anos sem serem avaliados...
-Mas ainda duvidas que esse é um dos objectivos ?
-Quero acreditar que não. O bom senso acabará por prevalecer...
-És muito crédulo. Continua assim que vais longe...
-Talvez, mas não acredito que uma aliança negativa, entre os partidos da oposição, lhes traga algum benefício, nesta fase...

Não assisti ao resto da conversa, mas senti-me feliz por o meu filho já não estar em idade escolar...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

UMA TRISTEZA...

A selecção argentina garantiu, ontem, a qualificação para a fase final do Mundial de Futebol, após uma campanha inacreditável, de tão má que foi.
Diego Maradona, apesar da qualidade dos futebolistas á sua disposição, nunca conseguiu pôr a sua equipa a jogar um futebol de qualidade, tendo havido, até, momentos em que foi penoso ver uma das grandes selecções do mundo ser vulgarizada, e humilhada, como sucedeu contra a Bolívia.
Seria, portanto, expectável que, após conseguir a classificação, num jogo de fraca qualidade, Maradona tivesse alguma contenção nos comentários...
Mas o seleccionador argentino optou por produzir declarações insultuosas, para com os jornalistas, que não só o envergonham a ele, mas também os responsáveis pelo futebol argentino.
Apesar de já ter sido o melhor jogador do mundo, e continuar a ser um ídolo no seu país, Maradona tem de saber comportar-se, e respeitar o cargo que ocupa, pelo que, depois das suas declarações, os responsáveis federativos da Argentina deviam demiti-lo, imediatamente.
Diego Armando Maradona deu um péssimo exemplo, como homem, para os jovens futebolistas de todo o mundo, e se optar por continuar a comportar-se deste modo, não pode haver, no futebol, lugar para ele...

MAIS PERTO...

Ao vencer a selecção de Malta por 4-0, Portugal ficou mais perto do apuramento para o Mundial da África do Sul.
Independentemente do adversário que nos calhar em sorte, na próxima Segunda-Feira, acredito que temos todas as condições para conseguirmos o apuramento.
Em retrospectiva, não posso deixar de admitir que, apesar de alguns resultados inesperados, e algumas exibições menos conseguidas, a selecção nacional jogou o suficiente para conseguir o apuramento directo.
Nunca gostei de atribuir os desaires a factores como a sorte, ou o azar, mas reconheço que em alguns jogos, como sucedeu com a Dinamarca, nos faltou aquela estrelinha, que tanto jeito dá, em momentos decisivos...
Carlos Queirós voltou a ter motivos para voltar a sorrir, e, a meu ver, bem merece !

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

ANIMAIS NO CIRCO...




A partir de ontem, Portugal tornou-se no único país, na Europa, que proíbe, aos circos, a aquisição de animais exóticos, como elefantes, tigres, ou leões, e a sua reprodução em cativeiro.
A reacção dos circos, como se esperava, foi imediata, e segundo noticia o jornal i, a Associação Europeia de Circos vai avançar com um processo contra Portugal.
Os argumentos utilizados para a proibição assentam na conservação das espécies, e na saúde, e bem-estar, dos animais, e das populações.
Admito estar enganado, mas cheira-me a mais uma cedência ás associações de protecção dos animais, numa prática, que se vai generalizando, para tudo o que se tornou, politicamente, incorrecto...
Custa-me a acreditar que os circos maltratem os seus animais, o que seria absurdo, atendendo a que deles dependem para os seus espectáculos, e os especialistas são os primeiros a afirmar que não faz sentido falar de risco para a saúde pública.
Resta a questão da protecção dos direitos dos animais.
Que todos os animais, incluindo o Homem, têm direito a ser protegidos e bem tratados, parece consensual, mas proibir os circos de conservar, alguns deles, em cativeiro, mesmo quando cumpridas todas as normas de higiene e transporte, não só me parece um exagero, como gostava de conhecer o critério subjacente, para tentar perceber até onde nos levará esta lógica...
Porquê proibir a utilização de um macaco, e não de um cavalo ? O que distingue, quando em cativeiro, o sofrimento de um gato, relativamente ao de um tigre ?
Infligir maus tratos a um animal, como é o caso do espicaçar de um toiro, deve ser condenado por qualquer sociedade civilizada, mas impedir a inclusão de animais, em espectáculos circenses, inofensivos, parece-me mais um radicalismo, em que esta nossa sociedade se vem revelando tão próspera...
Nunca, como hoje, os grupos de pressão tiveram tanto peso, e influência, no mundo ocidental, seja contra o tabaco, o açúcar, a obesidade, os animais em cativeiro, ou os casamentos entre homossexuais...
E no entanto, uma parte, muito significativa, do mundo em que vivemos continua a não se poder dar ao luxo de se preocupar com estes problemas, porque o animal humano insiste em subjugar outros humanos, permitindo horrores incomparávelmente maiores do que os que sofrem os animais em cativeiro.
Fome, miséria, guerra, morte por doença, cuja cura se conhece há anos, exploração do trabalho infantil...
Neste circo gigantesco, que é o mundo em que vivemos, a espécie dominante parece preocupar-se mais com os direitos dos outros animais do que com os de alguns dos seus, como é o caso das gentes do circo...
E interrogo-me quanto ao número de gatinhos, e cãezinhos, que existirão em casa desses defensores dos direitos dos animais, num cativeiro que, mesmo sendo de luxo, não deixa de ser cativeiro...
Pobres crianças portuguesas, para quem o circo deixará de ser um local onde podem ver, e aprender a respeitar, os animais exóticos, como aconteceu com os seus antepassados...




MAITÊ...



Um vídeo gravado por Maitê Proença, em Portugal, reproduzido pelo canal de televisão GNT, em 2007, no programa "Saia Justa", está a provocar uma onda de indignação em Portugal.
A indignação é tanto mais justificada quanto a actriz aparece a cuspir, numa fonte, depois de considerações menos abonatórias para com os portugueses...
Maitê tenta, agora, justificar o seu comportamento, alegando que se tratou de uma brincadeira, mas faz mal, porque há coisas com que não se brinca...
O vídeo foi gravado em 2007, e acredito, até, que a actriz se sinta arrependida, por um comportamento que envergonha qualquer pessoa decente. Mas fica-lhe mal tentar justificar o injustificável, alegando falta de sentido de humor dos portugueses...
A senhora Proença, como figura pública que é, prestou um péssimo serviço ao relacionamento entre os dois povos, como fica evidente nos comentários da blogosfera, e faz bem em pedir desculpa e mostrar arrependimento, pelo sucedido.
Mas ficaria de mal comigo se não dissesse que, por mais tonto e ofensivo que tenha sido o comportamento da actriz, e foi, não são aceitáveis comportamentos semelhantes, para com a comunidade brasileira, por parte de quem possa sentir-se ofendido...
Já li, e ouvi, comentários que, tal como os de Maitê Proença, envergonham qualquer português...
Afinal, e será bom que tenhamos isso presente, a patetice e a falta de respeito não escolhem pátria, cor, ou sexo...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

ELEIÇÕES 2009


Terminou um dos mais longos períodos eleitorais de que tenho memória, senão mesmo o mais longo.
O País agradece, pois os políticos terão, agora, tempo para se dedicarem aos verdadeiros problemas que nos afligem.
Os grandes vencedores foram, sem dúvida, o Partido Socialista e o seu secretário-geral, José Sócrates, apesar das complexas análises para demonstrar o contrário...
O PSD sofreu derrotas importantes, nas legislativas e autárquicas, e Manuela Ferreira Leite terá, agora, de enfrentar uma oposição interna muito combativa...
Para o Bloco de Esquerda, as autárquicas vieram confirmar que não compensa dizer mal de tudo, sem estar disponível para viabilizar soluções.
Talvez que Francisco Louçã e os seus pares tenham aprendido alguma coisa...
O PCP, sob o disfarce da CDU, consolidou a sua posição autárquica e viu o seu peso relativo, a nível nacional, diminuído.
Já o CDS, de Paulo Portas, com o consolo de ter beneficiado do eleitorado descontente do PSD, nas legislativas, continua em perda, em matéria de autarquias.
De Felgueiras, e Marco de Canaveses veio um sinal de esperança, com os eleitores a demonstrarem que existem bons motivos para estarmos confiantes no futuro.
Agora, que acabaram as eleições, seria bom que todos os partidos assumissem as suas responsabilidades, em matéria de governação do País.
Portugal precisa, e os portugueses agradecem.

PRÓS...E CONTRAS


Quem viu o programa de ontem á noite, na RTP 1, ficou esclarecido quanto ao caso das escutas.
E também ficou esclarecido quanto ao entendimento que José Manuel Fernandes tem do jornalismo...
Embora sabendo que havia interesse, por parte da presidência, em espalhar um boato, que já tentara "montar" um ano antes, José Manuel Fernandes não hesitou em deixar publicar uma "notícia" cujo conteúdo sabia ser falso.
Felizmente que, o ainda director do jornal Público, abandona o lugar no final do mês.
O verdadeiro jornalismo agradece.
PS: A moderação de Fátima Campos Ferreira foi pouco menos que lamentável, num programa que tinha todas as condições para ser, totalmente, esclarecedor, e que ela se encarregou de complicar, como tão bem referiu o Provedor da RTP, Paquete de Oliveira.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

PROMESSAS...


“Daí o que não é vosso, prometei o que não tendes e perdoai a quem não vos errou”.

Foi nestes termos que Álvaro Pais, autor da intriga que levou á morte do Conde Andeiro, aconselhou o Mestre de Aviz, então ainda Regedor e Defensor do Reino, para que pudesse vir a tornar-se no futuro rei de Portugal, D. João I.
Felizmente que, essa intriga patriótica, como lhe chamou o cronista Fernão Lopes, resultou numa escolha acertada, como a história veio a comprovar, porque os princípios subjacentes ao conselho não auguravam nada de bom...
Quando se aproxima o fim de um longo ciclo eleitoral, com as eleições autárquicas do próximo domingo, não resisto a pensar nos muitos que seguem, á risca, o conselho de Álvaro Pais...
Aliás, devo confessar, creio que se trata de um princípio que, de há muito, extravasou a política, para fixar raízes em diversos domínios do nosso quotidiano...
Se é verdade que, naquele período histórico, os fins justificaram os meios, estou em crer que, nos dias de hoje, são muito poucos os casos em que isso acontece...
Aos políticos de hoje, seja qual for o cargo a que se candidatam, presidência, governo, parlamento, ou autarquias, deve exigir-se-lhes a mesma coragem na acção que demonstrou o Mestre de Aviz.
Mas os seguidores do conselho de Álvaro Pais merecem ser, severamente, penalizados.
Os portugueses, agradecem...

NOBEL DA PAZ

O Comité do Nobel decidiu atribuir a Barack Obama o prémio Nobel da Paz.
Desde a apresentação da sua candidatura á presidência dos Estados Unidos, e mais ainda depois da sua eleição, que procuro seguir o percurso de Obama com atenção.
Confesso-me seu admirador, em vários domínios, nomeadamente no que respeita á defesa de um relacionamento entre os povos baseado na diplomacia e no respeito do direito á diferença. Sem esquecer, é claro, a defesa de um mundo sem armas nucleares, o que, ao que parece, terá sido decisivo para a atribuição do prémio.
Parecendo-me inequívoco o esforço, e o desejo, de Obama, no sentido do desanuviamento das tensões internacionais, tão do agrado do seu antecessor, em especial no que diz respeito á Coreia do Norte e ao Irão, admito alguma desilusão pelo prolongamento do embargo a Cuba...
Obama representa, inequívocamente, um sinal de esperança para a criação de um novo modelo de relacionamento entre as nações e os povos, e o meu desejo é o de que este prémio possa constituir mais um incentivo para que prossiga nesse caminho.
Apesar de me parecer que a atribuição foi feita por antecipação...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

ANÚNCIO...



Esta é uma das anedotas com mais piada que recebi.
Muito bem apanhada....
Mensagem da MOÇA:

Sou uma garota linda (maravilhosamente linda) de 25 anos. Sou bem articulada e tenho classe. Estou querendo me casar com alguém que ganhe no mínimo meio milhão de dólares por ano. Tem algum homem que ganhe 500 mil ou mais neste site?
Ou alguma mulher casada com alguém que ganhe isso e que possa me dar algumas dicas?
Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso.
E 250 mil por ano não vão me fazer morar em Central Park West.
Conheço uma mulher (da minha aula de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca!
E ela não é tão bonita quanto eu, nem é inteligente.
Então, o que ela fez que eu não fiz? Qual a estratégia correta? Como eu chego ao nível dela? (Rafaela S.)
Mensagem/resposta do RAPAZ:
Li sua consulta com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso e fiz uma análise da situação.
Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano. Portanto, não estou tomando o seu tempo a toa...
Isto posto, considero os fatos da seguinte forma:
Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que você procura), o que você oferece é simplesmente um péssimo negócio.
Porque, deixando as firulas de lado, o que você sugere é uma negociação simples, proposta clara, sem entrelinhas :
Você entra com sua beleza física e eu entro com o dinheiro.
Mas tem um problema...
Com toda certeza, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar, ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará aumentando.
Assim, em termos econômicos, você é um ativo sofrendo depreciação e eu sou um ativo rendendo dividendos.
E você não somente sofre depreciação, mas sofre uma depreciação progressiva, ou seja, sempre aumenta!
Explicando, você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano. E no futuro, quando você se comparar com uma foto de hoje, verá que virou um caco.
Isto é, hoje você está em 'alta', na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada.
Usando o linguajar de Wall Street , quem a tiver hoje deve mantê-la como 'trading position' (posição para comercializar) e não como 'buy and hold' (compre e retenha), que é para o quê você se oferece...
Portanto, ainda em termos comerciais, casar (que é um 'buy and hold') com você não é um bom negócio, a médio/longo prazo!
Mas alugá-la, sim!
Assim, em termos sociais, um negócio razoável a se cogitar é namorar.
Cogitar...
Mas, já cogitando, e para certificar-me do quão 'articulada, com classe e maravilhosamente linda' seja você, eu, na condição de provável futuro locatário dessa 'máquina', quero tão somente o que é de praxe:
Fazer um 'test drive' antes de fechar o negócio...
Podemos marcar?"

ISEG


O professor João Duque, na imagem, tomou hoje posse como presidente do ISEG - Instituto Superior de Economia e Gestão.
Profundo conhecedor da escola, onde foi aluno e docente, o novo presidente tem todas as condições para recolocar o ISEG no lugar cimeiro, entre as universidades de economia, que ocupou no passado.
Como antigo aluno do ISEG, aqui ficam os meus parabéns, e votos das maiores felicidades.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

AMÁLIA RODRIGUES


Quando passam 10 anos sobre a morte de Amália, impunha-se recordar a maior fadista de sempre, e cantora ímpar.
Amália Rodrigues é imortal !
Com os meios de comunicação social a recordarem, como merece, das mais diversas formas, a sua memória, pergunto-me como foi possível ter sido tão maltratada, por tantos, nos primeiros anos da nossa democracia...
Amália, por mais que se diga, nem sempre teve, da parte dos portugueses, o reconhecimento que lhe era devido, tendo sido alvo de grandes injustiças e acusações infundadas...
Onde quer que ela esteja, a melhor homenagem que lhe podemos prestar, estou certo, é reconhecermos que ela não merecia o que lhe fizeram...

DE PARABÉNS


Num momento em que a educação está na ordem do dia, infelizmente, nem sempre por bons motivos, a notícia de que o melhor curso de mestrado do mundo, segundo o "ranking" do prestigiado "Financial Times", é ministrado em Portugal, merece particular realce.
Trata-se de um mestrado em gestão internacional, da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, uma universidade pública...
Estão de parabéns os seus responsáveis, aos diferentes níveis, não só pela distinção que conseguiram, como também pelo seu contributo para a dignificação da escola pública...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

IMIGRAÇÃO


Portugal ocupa o primeiro lugar em matéria de medidas visando o acolhimento das comunidades imigrantes, é o que revela o Relatório de Desenvolvimento Humano, de 2009, da ONU.
É uma notícia que, estou certo, deixa feliz a maioria dos portugueses, tanto mais que, face á crise económica, e financeira, que afecta as economias mundiais, são as comunidades imigrantes, em vários países desenvolvidos, quem tende a "pagar as favas" pela falta de empregos...
Portugal, tal como a maioria dos países europeus, tem registado taxas de natalidade baixíssimas, pelo que será inevitável que o crescimento económico seja acompanhado do aumento das comunidades imigrantes, as quais, por sua vez, dão importante contributo para que a natalidade não seja ainda mais baixa...
É bom que Portugal, um país de emigrantes, possa continuar a receber, e a integrar, convenientemente, os imigrantes que chegam ao nosso país, demonstrando saber honrar a abertura, e generosidade, que outros países, e povos, tiveram para connosco, noutras épocas, e continuam a ter.
E digo que continuam a ter porque, foi com surpresa, confesso, que fiquei a saber, através do jornal Público de hoje, "que por cada 15 novos imigrantes que chegam, saem 100 portugueses para o exterior"...
Que os que partem possam ser tão bem recebidos, e integrados, como os que chegam, é tudo o que me resta desejar.

O 5 DE OUTUBRO



Pouco passava das 8:30h, no dia 5 de Outubro de 1910, quando Portugal deixou de ser uma monarquia.
Depois de içada a nova bandeira, no Castelo de São Jorge, em Lisboa, a República foi proclamada, por José Relvas, na varanda do edifício onde está instalada a Câmara Municipal, pondo termo a um regime monárquico, parlamentar.
Esta madrugada, o movimento Causa Real hasteou a bandeira azul e branca, acima reproduzida, símbolo da monarquia, para assinalar a data.
Vão longe, felizmente, os radicalismos que marcaram os conflitos entre Monárquicos e Republicanos, e estou em crer que não serão muitos os portugueses que gostariam de ver alterado o regime.
Mas considero incompreensível que a Câmara Municipal tenha mandado retirar a bandeira, da sede da Causa Monárquica, há um ano, evocando regulamentos camarários.
A querela á volta da bandeira não faz sentido e até eu, que sou republicano, não deixo de admitir que assiste alguma razão aos que gostariam que fosse efectuado um plebiscito e se desse ao povo português o direito de escolher...


domingo, 4 de outubro de 2009

BRASIL



Com a vitória do Rio de Janeiro, como cidade organizadora dos Jogos Olímpicos de 2016, não são só os cariocas que estão de parabéns. É todo o Brasil, e a América Latina.
Mas, perdoem-me a ousadia, a meu ver, porque em português nos entendemos, esta é, também, uma vitória de todos os que se exprimem na língua portuguesa e, por isso mesmo, uma vitória de Portugal e da Lusofonia.
Sei que muitos amigos brasileiros receiam que os Jogos constituam mais uma oportunidade para enriquecer uns quantos, desbaratando recursos em obras que não terão utilidade futura, como sucedeu com os jogos Pan-Americanos, mas quero acreditar que desta vez será diferente.
Os Jogos serão, acredito, mais um grande momento de consagração do Brasil, como grande potência mundial, lugar que ocupa de pleno direito.
O Brasil já assume papel de relevo no G20, é expectável que venha a tornar-se membro do Conselho de Segurança da ONU, a curto prazo, a economia brasileira recupera da crise mais rapidamente do que a maioria das restantes, e o país organizará o Campeonato do Mundo de Futebol, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016, os dois mais importantes eventos desportivos mundiais.
Como português, só posso ficar feliz com esta afirmação internacional do Brasil, um país extraordinário, com um extraordinário povo. E o peso, crescente, da colónia imigrante brasileira em Portugal, ajudará, não tenho dúvida, a aproximar, ainda mais, os nossos países, e nós, portugueses, só teremos a ganhar com isso.
E eu que, na verdade, me sinto luso-brasileiro, regozijo-me com o sucesso do Brasil e "torço para que tudo dê certo".
D. Pedro I, o primeiro luso-brasileiro da história, deve estar feliz...

A LETRA F


Um homem chega ao restaurante, senta-se e, acenando com o braço, diz:
Faz favor: frango frito, favas, farinheira...
- Acompanhado com quê? Feijão.
- Deseja beber alguma coisa? Fanta fresca.
- Um pãozinho antes da refeição? Fatias fininhas.
O empregado anota o pedido, já meio intrigado: "o tipo fala tudo com F's!"
Depois do homem terminar a refeição, o empregado pergunta-lhe:
- Vai querer sobremesa? Fruta.
- Tem alguma preferência? Figos.
Depois da sobremesa, o empregado:
- Deseja um café? Forte. Fervendo.
Quando o cliente termina o café:
- Então, como estava o cafézinho? Frio, fraco. Faltou filtrar formiguinha flutuando.
Aí o empregado pensa: "Vamos ver até aonde é que ele vai".
- Como é que o senhor se chama?- Fernando Fagundes Faria Filho.
- De onde vem? Faro.
- Trabalha? Fui ferreiro.
- Deixou o emprego? Fui forçado.
- Por quê? Faltou ferro.
- E o que é que fazia? Ferrolhos, ferraduras, facas... ferragens.
- Tem um clube favorito? Fui Famalicense.
- E deixou de ser porquê? Futebol feio, farto.
- Qual é o seu clube, agora? Farense.
- O senhor é casado? Fui.
- E sua esposa? Faleceu.
- De quê? Foram furúnculos, frieiras... ficou fraquinha... finou-se.
O empregado de mesa perde a calma:
- Olhe! Se você disser mais 10 palavras começadas com a letra F... não paga a conta. Pronto!
- Formidável, fantástico. Foi fácil ficar freguês falando frases fixes.O homem levanta-se e dirige-se para a saída, enquanto o empregado ainda lança:
- Espere aí! Ainda falta uma!
O homem responde, sem se virar:
Faltava.

AUSÊNCIA

De vez em quando, as minhas hérnias resolvem acordar e meter-se comigo.
Eu bem procuro fazer com que não se irritem muito, mas elas possuem vontade própria...
Como falar de doenças não é o meu forte, e nem sequer gosto de lhes dar confiança, esta menção serve, apenas, para justificar este, pequeno, período de ausência.
Como diria um amigo meu, "isto dá forte, mas passa depressa".