segunda-feira, 15 de junho de 2009

LICÕES DO BASQUETE PARA O FUTEBOL...




OS LAKERS
CAMPEÕES
DA NBA
2009
PARABÉNS !
Quem gosta de basquetebol acompanhou, como eu, as finais da NBA, que culminaram com a vitória dos LA Lakers sobre os Orlando Magics.
Sou um fã dos Lakers, desde que me lembro de ver basquetebol americano, na televisão, e o grande Magic Johnson, então seu principal jogador.
Mas esta vitória, dos Lakers, representa a vitória do companheirismo e do espírito de equipa, pese embora o facto de Kobe Bryant, considerado o MVP da fase final, ser um dos maiores e mais completos jogadores de todos os tempos.
Os Lakers são uma equipa, no verdadeiro sentido da palavra, e foi isso que lhes permitiu esta conquista, depois de terem perdido, no ano passado, para os Boston Celtics, seus rivais de sempre.
Foi a 15ª vitória dos Lakers, e a 10ª de Phil Jackson, seu treinador, e nem por isso deixaram de ser humildes no seu discurso de vitória...
O grande sucesso desportivo, e financeiro, que é a NBA, sempre me fez pensar, enquanto amante do futebol, que este tem muito a aprender com aquela.
A adopção de algumas regras do basquetebol contribuiriam, a meu ver, para melhorar, não só a qualidade dos espectáculos, mas também para aumentar as receitas, porquanto estes dois aspectos, estão intimamente ligados.
As conclusões da minha reflexão sobre este tema, apontam para um conservadorismo excessivo, uma enorme falta de visão comercial e alguns interesses, porventura ilegítimos, porquanto não acredito que se trate, apenas, de mera incapacidade.
Mas, mesmo assim, penso que vale a pena deixar, aqui, algumas perguntas, para reflexão :
1. Porque será que não é permitido um desconto, técnico, no futebol ?
O pretexto, muitas vezes utilizado, de que quebraria o ritmo do jogo, não colhe, já que existem demasiadas paragens no jogo, para atender a lesões, simulações, e contestações, pelo que, uma paragem técnica de 3 minutos, em cada parte, não só não quebraria o ritmo do jogo, como permitiria aos treinadores fazer correcções, as quais, acredito, tornariam o jogo mais interessante e competitivo.
Acresce que, esses tempos técnicos, á semelhança do que sucede na NBA, seriam aproveitados, pelas televisões, para passarem mais publicidade, o que lhes permitiria remunerar, melhor, a transmissão dos jogos;
2. Porque não adopta o futebol, como no basquete, a ideia da exclusão por acumulação de faltas, permitindo a substituição do jogador excluído ?
É tempo de a FIFA e a UEFA entenderem que, o enorme negócio que é o futebol, exige maior respeito pelo público, pelo que é fundamental melhorar a qualidade do jogo.
A expulsão de um jogador, por acumulação de faltas, significaria o respeito pela ética desportiva, mas a possibilidade de trocar esse jogador, por outro, revelaria o respeito pelo público, que pagou o seu bilhete, para assistir a um jogo de futebol competitivo e não pode, nem deve, ser penalizado pelo facto de existirem jogadores que, pura e simplesmente, não se sabem comportar;
3. Porque não adopta o futebol, á semelhança de outras modalidades, como o basquete, o conceito de tempo útil de jogo ?
Quando todos nós assistimos a simulações de lesões e a demoras, deliberadas, da colocação da bola em jogo, que em nada contribuem para a projecção do futebol, é tempo de a FIFA e a UEFA mudarem as regras, adoptando um tempo, útil de jogo, que poderia ser de quarenta minutos.
Seria uma forma de melhorar o espectáculo, acabando com as simulações e as perdas de tempo, preservando os direitos do espectador, sem o qual, toda a lógica financeira, subjacente, deixa de ter significado.
Estas perguntas, e comentários, ficam para reflexão, embora outras se pudessem colocar, sem qualquer pretensão de conseguir mudar o que quer que seja, mas na certeza de que, se todos os amantes do futebol começarem a assumir posições mais activas, em sua defesa, o velho ditado, "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura", acabará por prevalecer.
Melhorar a qualidade do futebol, quer do ponto de vista desportivo, quer financeiro, deveria constituir a principal preocupação dos seus responsáveis, desde os dirigentes dos clubes, aos das Ligas e da Federações, pois a todos incumbe criar as condições para que o futebol possa ser, não só o desporto mais popular, que ainda é, mas também um espectáculo cada vez mais competitivo e atractivo, logo, mais rentável.
E esta é, a meu ver, a única forma de preservar os interesses de todos os que gostam de futebol, e nele estão envolvidos.
E quanto mais competitivo, rentável, e rigoroso, é um espectáculo, menor o espaço para os oportunistas e demagogos...
Se todos continuarem a fazer de conta que está tudo bem, e a assobiar para o lado, mesmo aqueles que se consideram os ganhadores de hoje serão, não tenho dúvida, os perdedores de amanhã...

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