quinta-feira, 12 de agosto de 2010

PRIORIDADE AO ESTRANGEIRO?


O Manchester United contratou o jogador Bebé, um jovem extremo de 20 anos, ao Vitória de Guimarães, ao qual desejo as maiores felicidades.
Atendendo à competência dos observadores ingleses, não é difícil imaginar que se trata de um jovem com elevada capacidade, futebolística, a qual, a confirmar-se, permitirá um rápido retorno do valor investido, cerca de 9 milhões de euros.
Sempre que se verifica a transferência de um dos nossos jovens, directamente, para clubes estrangeiros, de nomeada, interrogo-me sobre o que fazem os observadores dos maiores clubes portugueses, e, em particular, do meu Benfica.
Basta olhar para os nossos principais clubes para percebermos que não abundam, em Portugal, jogadores portugueses com qualidade, para desempenharem as funções de extremo, pelo que se admite que deveria haver um empenho maior na detecção de talentos, para ocuparem essa posição.
O facto de o Manchester ter contratado Bebé, decerto com a ajuda de observadores nacionais, deveria, pelo menos, levar a uma reflexão sobre o que estamos a fazer para evitar que esta situação se repita. Bebé não começou a jogar à bola com 20 anos e parece-me legítimo perguntar como foi possível que o jogador tenha passado despercebido, ao meu Benfica.
Não será que estamos a dar maior atenção ao mercado externo do que ao mercado nacional?
Eu gostava de acreditar que não, mas a prática parece indicar uma preferência pelo estrangeiro, que eu gostaria, na medida do possível, de ver revertida.
Oxalá eu esteja enganado...

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