Como diria um amigo meu, ontem o Benfica venceu o Sporting "sem espinhas".
O Benfica jogou mais, jogou melhor, marcou dois golos, enfim...
E nos poucos períodos em que Sporting foi superior, durante a primeira parte, nunca tive a sensação de que o Sporting pudesse ganhar o jogo, porque sempre me pareceu mais empenhado em impedir a construção das jogadas do Benfica do que em criar ocasiões de golo.
Mas enfim, são opiniões...
O que eu considero absurdo, talvez por não ser habitual, foram as declarações de João Moutinho e de Costinha, no final do jogo.
João Moutinho, normalmente ponderado nas suas declarações, veio fazer o "frete" ao novo director desportivo, mas não deixa de ser curioso que, com um critério mais rigoroso, também ele deveria ter sido expulso, tal como sucederia com Luisão.
Só que com um critério mais rigoroso, receio que tivesse sido o Sporting quem ficaria a perder, o que torna absurda a estratégia escolhida para justificar uma derrota "sem espinhas".
Se alguma coisa aprendi com o que se passou é que vamos passar a ter um Sporting "à Porto", em matéria de declarações.
Costinha tem uma boa escola, ainda que de métodos questionáveis, mas seria uma pena se o Sporting abandonasse a sua tradicional postura de equilíbrio e bom senso, para se juntar aos incendiários do futebol português, como tudo leva a crer que acontecerá.
Ter um director desportivo com óculos verdes e lentes azuis não ajudará o Sporting a sair da crise em que se encontra e aquele tipo de discurso só compensa quando se consegue controlar a estrutura do futebol e da arbitragem, como aconteceu com Pinto da Costa durante muitos anos. Não me parece que seja esse o caso do Sporting, pelo que o modelo se arrisca a ser uma cópia, pobre, do original...
Entretanto, o Benfica caminha, a passos largos, para se sagrar campeão nacional, com inquestionável mérito.
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