sexta-feira, 30 de abril de 2010

COMPATIBILIDADE DIFÍCIL...


No contexto da crise financeira que se abateu sobre as economias mais frágeis da Europa, nomeadamente, a grega, a portuguesa e a espanhola, muitos economistas e comentadores de política económica têm especulado sobre um possível abandono do Euro, por parte desses países.
Mais do que saber quem tem, ou terá, ou não, razão, é importante que tenhamos em consideração os argumentos utilizados para tentarmos perceber o que o futuro nos pode reservar.
É nesse contexto que me permito transcrever o artigo publicado por Paul Krugman, economista que ganhou o prémio Nobel da Economia em 2008, publicado ontem no The New York Times e que chama a atenção para algumas contradições subjacentes à criação do Euro.

A Catastrophe Delayed

I was rereading the spectacularly mistimed Jonung and Drea paper mocking American economists who were skeptical about the euro, and went back to what I wrote in 1998. Here’s how I described the ugly American critique:

Here’s how the story has been told: a year or two or three after the introduction of the euro, a recession develops in part – but only part – of Europe. This creates a conflict of interest between countries with weak economies and populist governments – read Italy, or Spain, or anyway someone from Europe’s slovenly south – and those with strong economies and a steely-eyed commitment to disciplined economic policy – read Germany. The weak economies want low interest rates, and wouldn’t mind a bit of inflation; but Germany is dead set on maintaining price stability at all cost. Nor can Europe deal with “asymmetric shocks” the way the United States does, by transferring workers from depressed areas to prosperous ones: Europeans are reluctant to move even within their countries, let alone across the many language barriers. The result is a ferocious political argument, and perhaps a financial crisis, as markets start to discount the bonds of weaker European governments.

Make that a decade or so rather than a year or two, and not too far off. To be sure, in that article I went on to predict big near-term trouble that, in fact, didn’t turn out nearly as badly as predicted. But the point is that something like the current crisis has always been an obvious danger — one that the architects of the euro chose to brush off.


quarta-feira, 28 de abril de 2010

HOMENAGEM


Morreu João Morais, antigo defesa direito do Sporting Clube de Portugal, que ficou célebre pelo golo marcado, de canto directo, ao MTK , que permitiu ao seu clube conquistar a Taça das Taças, em 1964.
Aqui fica esta lembrança e a minha singela homenagem, pelo seu contributo para mais um momento glorioso do futebol nacional.
Que descanse em paz!


terça-feira, 27 de abril de 2010

CAMPEÃO NO DRAGÃO...


Foi no passado domingo, quando passavam 36 anos sobre a revolução dos cravos, que restaurou as liberdades fundamentais em Portugal e deu início a um conturbado processo de descolonização.
O Benfica vencera o Olhanense, no sábado, por uns contundentes 5-0 e o Braga despachara a Naval sem quaisquer dúvidas.
Os adeptos portistas viam esfumar-se as hipóteses de estarem presentes na próxima edição da Liga dos Campeões, o que acentuava, naturalmente, a sua animosidade contra o Glorioso SLB.
Era o final da tarde e grande parte dos homens da aldeia tinham afluído ao Café Central, como era de costume nos dias de feriado.
Manecas Barbeiro tinha reflectida no rosto a felicidade que lhe inundava a alma, pois o seu Benfica estava a um ponto de ser campeão nacional, com dois jogos para terminar o campeonato, e conversava com os seu amigo Monas Picheleiro, adepto do Futebol Clube do Porto.
-Ó Monas, afinal vocês reclamam de quê? É que eu não entendo. Vocês estão a 5 pontos do Braga, a 11 pontos do Benfica, nem sequer vão à Liga dos Campeões e desculpam-se com o quê?
-Ó Manecas, num benhas cum cumbersas não. A ausência do Hulk fez uma grande diferença. Fomos muito prejudicados.
-Ah sim? Então uma equipa que quer ser campeã nacional estava dependente de um jogador?
E será que alguma equipa dependente de um só jogador pode aspirar a ser campeã ?
Eu sei que vocês não gostam que se fale disso, mas estão a 11 pontos do Benfica. Onze!!
Estão a reclamar de quê? Vocês têm é mau perder, é o que é!
-Bem Manecas, eu num quero discutir, num adianta, rendeu-se o Monas Picheleiro. Bão ser campeões dos "túneis" é o que é, atirou o Monas em tom provocador.
-Dos Túneis, das Circulares, das Avenidas e da Circunvalação. E também campeões nacionais, de preferência com uma vitória no estádio do dragão.
-Isso bamos a ber...
-Pois cuida-te Monas, que nós já encomendámos as mangueiras para apagar, definitivamente, as chamas do dragão...
Vocês, este ano, não foram mais do que os dragões dos desenhos animados e por mais que isso vos custe vão ver a Liga Europa por um canudo...
-Por um canudo? Ainda num terminou o campeonato...
-Vai ser por um canudo mesmo, já que é o Braga que vai ficar em segundo lugar. Ou será que já não te lembras da expressão "ver Braga por um canudo"...
-Olha Manecas, bou-me embora. Prontos. Acabou-se a cumbersa!
-Vai Monas, vai, que a coisa não está fácil para os teus lados. E eu, se fosse a ti, nem ligava a televisão no domingo, para não passares pela humilhação de veres o Benfica ser campeão no estádio do dragão.
-Tá bem Manecas, tá bem, respondeu-lhe o Monas, enquanto se dirigia para a saída.
Mas não resistiu a pensar:
-Na berdade, eles merecem ser campeões...

GREVE INJUSTA...


Sir Bertrand Russell
, filósofo e político liberal do século passado, defendia a existência de guerras justas, quando analisadas na perspectiva do provocado, ou invadido.
Ao ouvir as notícias e diversas declarações sobre a greve dos transportes que paralisa Lisboa, não resisti à analogia com o princípio defendido por Russell.
A greve, direito inalienável dos trabalhadores, pode ser, tal como a guerra, justa ou injusta, dependendo da perspectiva em que nos colocamos e da situação económica da empresa, ou do país.
Que os trabalhadores e sindicatos, numa sociedade como a portuguesa, aproveitem os períodos de crescimento económico para conseguirem uma distribuição mais equitativa da riqueza, entre os factores de produção, parece-me inteiramente justo.
Mas que o façam num período em que a economia se encontra estagnada, sem que alguém possa dizer quando se retomará o crescimento, e com os preços da dívida do país nos mercados internacionais sujeitos a uma intensa pressão, não me parece justo.
E a injustiça é ainda maior quando se trata de greves em empresas públicas, deficitárias, cujos prejuízos são suportados pelos contribuintes.
Por isso entendo que os trabalhadores e sindicatos dos transportes colectivos escolheram um péssimo momento para provocarem enormes prejuízos à economia e aos utentes.
É de justiça reconhecermos que a distribuição da riqueza em Portugal se caracteriza pela existência de enormes desigualdades e que se torna necessário tomar medidas tendentes à sua melhoria.
Mas aproveitar um momento de crise profunda, nacional e internacional, para promover greves e debilitar, ainda mais, a nossa economia é profundamente injusto para com os portugueses.
Pena que os sindicatos e os trabalhadores envolvidos não tenham ponderado esse aspecto...

terça-feira, 20 de abril de 2010

CRÓNICA DE UM PEDAÇO-DE-ASNO...



"Quem fuma é menos inteligente.
Conclusões de um estudo publicado numa revista britânica. Quem fuma tem um QI mais baixo"



Pelo andar da carruagem, a conclusão era inevitável.
Não tenho estatísticas que ajudem a fundamentar a minha percepção, mas a avaliar pela propaganda o tabaco já deve ser responsável por cerca de 3/4 dos problemas de saúde no mundo. Porque não também pela burrice?
Sim porque fumar é muito pior do que o Shelltox e esse "mata que se farta", lembram-se?
Claro que, para além de matar a malta toda, ou quase, e de nos deixar todos negros por dentro, já nos informaram que também provoca impotência, argumento absolutamente demolidor em matéria de auto-estima masculina.
E como se tudo isto não fosse punição suficiente, o Estado aumenta, anualmente, o imposto sobre o dito, sem qualquer correlação com o custo da matéria-prima, numa combinação perfeita entre o útil e o agradável. Aumentam-se as receitas em nome do combate ao tabagismo e os estúpidos dos fumadores financiam os eventuais custos sociais do seu vícios, os vícios de vários dos seus perseguidores e as campanhas movidas contra si, em defesa da sua saúde.
Como diria o outro: Tá certo!
Mas o que leva os fumadores a não desistirem, apesar de todas essas evidências?
O vício, pensava eu, o vício e aqueles momentos de prazer fantástico, como o do cigarrito depois do café, ou outros semelhantes...
Sucede que, como demonstrou o estudo da tal revista britânica "Addiction", existe uma explicação, bem mais adequada e determinante:
Somos burros e se ainda não somos totalmente o tabaco para lá nos encaminha!
Pensei melhor e tenho que admitir que a conclusão não é tão estúpida quanto parece.
Na verdade, só um burro é que se sujeita a ser permanentemente maltratado e discriminado por consumir um produto legal e aceita pagar cada vez mais por ele sem reclamar, ou organizar um grupo de defesa dos seus interesses.
E é preciso ser-se mesmo muito burro para contribuir para o financiamento de parte das responsabilidades do Estado para com os que o discriminam, dos estudos e campanhas tendentes à sua própria humilhação e não esboçar, sequer, uma reacção.
Para os que fumam muito, aproveito para esclarecer que QI é a abreviatura para Quociente de Inteligência, que é suposto medir a nossa capacidade cognitiva e agora se "demonstrou" ser menor entre os fumadores. Não se pode ter tudo...
Ainda assim, eu, fumador, não resisto a citar uma quadra desse grande poeta popular, António Aleixo:

Sei que pareço um ladrão
Mas há muitos que eu conheço
Que não parecendo o que são
São aquilo que eu pareço.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

MAIS VALE TARDE DO QUE NUNCA...


Mário Soares veio, finalmente, dizer-nos, num colóquio, em Lisboa, que "Cabo Verde não deveria ter sido independente".
Pena que Soares, que foi Ministro dos Negócios Estrangeiros, à época, não se tivesse oposto à independência e lutado com todas as suas forças no sentido de a evitar.
Como seria de esperar, as reacções de algumas personalidades cabo-verdianas não se fizeram esperar, tendo até havido quem evocasse a luta armada do PAIGC para tentar legitimar essa independência.
Tenho para mim, depois de algumas deslocações a Cabo Verde e contacto com gente dos mais diversos estratos sociais que, são muitos os cabo-verdianos que gostariam de ter continuado a ser portugueses, mas não me parece ser esse o aspecto a realçar, agora que o mal está feito e é irreversível.
Mas o que Soares não explicou e devia ter explicado, atenta a sua condição de governante, à época, foram as razões que levaram o governo português a conceder a independência a um território onde não havia vivalma quando da sua descoberta pelos portugueses, à semelhança do que aconteceu com a Madeira e os Açores.
Atenta a sua pequena dimensão e importância económica, aliados a um "revolucionarismo" quase infantil que afectou grande parte da sociedade portuguesa, à época, admito que tenha sido mais fácil abdicar de Cabo Verde e dar-lhe a independência do que resistir à alienação de um território que nunca deveria ter deixado de ser português, como agora vem reconhecer, embora tardiamente, Mário Soares.
E ainda que valha mais tarde do que nunca, como diz a expressão popular, com esta declaração Soares poderá ter tranquilizado a sua consciência, mas não apagará a nódoa na carreira de um dos mais brilhantes políticos portugueses e europeus do século passado.

O PORTO...DE VERMELHO


Sem fazer uma grande exibição, o Benfica derrotou, merecidamente, a Briosa, em Coimbra, por 3-2 e o título de campeão nacional está ali, ao virar da esquina.
Pode até acontecer que um deslize do Braga permita a consagração já no próximo jogo, mas não escondo que o que mais me agradava era que a conquista do título ocorresse nas Antas, frente ao Futebol Clube do Porto, de preferência com uma vitória clara e contundente.
Os benfiquistas mereciam e Pinto da Costa também!
A sucessão de declarações do presidente do Porto, referindo-se aos incidentes nos túneis, numa tentativa de apoucar a mais do que merecida conquista do campeonato nacional pelo Sport Lisboa e Benfica fez-me desejar essa "vingançazinha" no campo, em pleno estádio do Dragão...
E é por isso que eu vou torcer para que Braga e Benfica ganhem os respectivos jogos, no próximo fim-de-semana.
Depois, bem, depois conto com a enorme qualidade demonstrada pelos jogadores do Benfica ao longo da época, aliada à garra que sempre têm evidenciado, para que a celebração da conquista de mais um campeonato nacional se inicie no Porto, em toda a cidade e não só na Avenida dos Aliados, para se espalhar, rapidamente, a todo o País, incluindo o Túnel do Marquês, e a todos os lugares do globo onde existem benfiquistas e são muitos.
E só faço votos para que, desta vez, ao contrário do que se passou quando da nossa última conquista, alguns energúmenos não tentem impedir a comemoração na principal avenida de uma cidade que, apesar do nome, se vestirá, certamente, de vermelho...

domingo, 18 de abril de 2010

ONDE QUER QUE ESTEJAS...


De "águas mil", se refere o mês de Abril
O Abril dos cravos e da democracia
Mas para mim serão sempre mágoas mil
Porque me falta a tua companhia.
Neste dia 18, que já foi de alegria
Lembro tantos momentos bem vividos
E sinto a falta da tua companhia
E de todos os que nos eram tão queridos.
Procuro ter serenidade a calma
É a tristeza e a saudade que me trai
Nem sei dizer o que me vai na alma
No dia do teu aniversário, Querido Pai !

Se fosse vivo, o meu pai comemoraria hoje 83 anos.
Passou mais de um ano sobre a sua morte, mas estará sempre vivo na minha memória.
Era o meu "Chincha", ou o meu "Chincharita", uma alcunha carinhosa que ele aceitou de boa vontade, após termos visto um programa de televisão em que os filhos tratavam o pai com esse termo carinhoso.
E o meu Chincha era "o maior" e o melhor Pai do Mundo, que sacrificou a sua vida em prol dos filhos, após ter ficado viúvo bem cedo, com três filhos pequeninos.
Com ele aprendi a valorizar a amizade, a solidariedade e a importância do carácter, que me empenhei em transmitir ao meu filho.
Para mim, o meu Chincha não morreu, nem morrerá nunca, antes estando cada vez mais presente, numa saudade que se intensifica à medida que o tempo avança...
Por isso, meu querido e velho Pai, onde que que te encontres, Parabéns!
E já agora, dá um beijo de saudades à Mãe e aproveitem para desfrutarem da companhia um do outro, até que o tempo nos faça voltar a estar juntos de novo...

PS: O meu jantar foram ovos estrelados com fiambre. Comi pelos dois...

sábado, 17 de abril de 2010

LABREGO...


Imaginem que vos convidava para jantarem em minha casa.
Imaginem ainda que, durante o jantar, eu me levantava e em vez de homenagear os presentes, e agradecer a presença, como seria de bom tom, disparava numa crítica contra o facto de os meus amigos estarem a gastar mais do que deviam, indo ao ponto de me mostrava admirado com a vossa calma perante a dimensão das vossas dívidas e a vossa incapacidade para as controlarem.
Perante tal ousadia e falta de educação, seria natural que os meus convidados me considerassem um labrego.
Pois foi exactamente isto que fez o presidente da República Checa, Václav Klaus, durante a visita do Presidente da República Portuguesa...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

DÁ PARA ACREDITAR ?



Por espantoso que possa parecer, trata-se de uma situação real:

Condenado à morte diz que é alérgico à injecção letal
A condenação de Darryl Durr está suspensa por causa de uma suposta alergia a uma das substâncias da injecção letal. Por isso, a advogada do queixoso teme que a execução seja demasiado longa, a ponto de ser tornar ilegal.
Ricardo Lourenço, correspondente nos EUA (www.expresso.pt)
20:23 Quinta-feira, 15 de Abril de 2010

quarta-feira, 14 de abril de 2010

SEM ESPINHAS


Como diria um amigo meu, ontem o Benfica venceu o Sporting "sem espinhas".
O Benfica jogou mais, jogou melhor, marcou dois golos, enfim...
E nos poucos períodos em que Sporting foi superior, durante a primeira parte, nunca tive a sensação de que o Sporting pudesse ganhar o jogo, porque sempre me pareceu mais empenhado em impedir a construção das jogadas do Benfica do que em criar ocasiões de golo.
Mas enfim, são opiniões...
O que eu considero absurdo, talvez por não ser habitual, foram as declarações de João Moutinho e de Costinha, no final do jogo.
João Moutinho, normalmente ponderado nas suas declarações, veio fazer o "frete" ao novo director desportivo, mas não deixa de ser curioso que, com um critério mais rigoroso, também ele deveria ter sido expulso, tal como sucederia com Luisão.
Só que com um critério mais rigoroso, receio que tivesse sido o Sporting quem ficaria a perder, o que torna absurda a estratégia escolhida para justificar uma derrota "sem espinhas".
Se alguma coisa aprendi com o que se passou é que vamos passar a ter um Sporting "à Porto", em matéria de declarações.
Costinha tem uma boa escola, ainda que de métodos questionáveis, mas seria uma pena se o Sporting abandonasse a sua tradicional postura de equilíbrio e bom senso, para se juntar aos incendiários do futebol português, como tudo leva a crer que acontecerá.
Ter um director desportivo com óculos verdes e lentes azuis não ajudará o Sporting a sair da crise em que se encontra e aquele tipo de discurso só compensa quando se consegue controlar a estrutura do futebol e da arbitragem, como aconteceu com Pinto da Costa durante muitos anos. Não me parece que seja esse o caso do Sporting, pelo que o modelo se arrisca a ser uma cópia, pobre, do original...
Entretanto, o Benfica caminha, a passos largos, para se sagrar campeão nacional, com inquestionável mérito.

terça-feira, 13 de abril de 2010

NO DIA MUNDIAL DO BEIJO


Vivendo e aprendendo.
Fiquei a saber, através da leitura do jornal i de hoje, que se celebra o Dia Mundial do Beijo.
Consultei a Wikipédia para tentar saber quando teria sido instituído mas, nada.
Contudo, aprendi que a 13 de Abril se comemora, também, o Dia dos Jovens, do Office-Boy e do Hino Nacional.
Atento o baixo nível de auto estima dos portugueses, imaginei algumas sugestões possíveis para as comemorações, que aqui quero partilhar:
-Inicie o seu dia cantando o Hino Nacional e lembre-se que somos uma "nação valente e imortal", apesar da política, da dívida e do PEC. Sorria!
- Se tem filhos jovens, toca a dar-lhes umas beijocas valentes. É o dois em um perfeito!
- Se não tem filhos jovens, peça autorização e beije o primeiro que lhe aparecer pela frente, de preferência do sexo oposto e diga-lhe o quanto aprecia a juventude.
- Se tem companheira, mulher, ou afins, afinfe-lhe umas beijocas "das antigas", para ela saber que ainda não perdeu qualidades...
- Se não tem, aproveite para tentar beijar aquela miúda que você tem "debaixo de olho" há algum tempo. Há horas de sorte...
- A menos que seja mulher, beijar o office-boy não parece o mais recomendável, ainda que possa estar na moda. Mas há gostos para tudo...
- Se é solteiro e sócio, ou simpatizante, do Glorioso Sport Lisboa e Benfica aproveite para ver o jogo de logo à noite na companhia de umas miúdas giras, tendo o cuidado de garantir a presença de sportinguistas. É o dois em um em opção infalível, juntando as opções beijo-comemoração e beijo-consolação. O chamado percurso sem falhas.
- Se vive sozinho, é tímido ou do Sporting, faça como a criança na imagem: Feche os olhos, beije o espelho e pense em coisas boas. Afinal, o sonho comanda a vida...
E enquanto aguardo o jogo de logo à noite, considerem-se beijados, da forma mais adequada, consoante o sexo e o grau de parentesco e conhecimento, seja qual for a hora e o local em que se encontrem. E lembrem-se:
Há sempre um beijo desconhecido que espera por si!

PRÉMIO DE PRODUTIVIDADE...

Em uma cidade do interior, viviam duas mulheres que tinham o mesmo nome: Flávia.
Uma era freira e a outra taxista.
Quis o destino que morressem no mesmo dia.
Quando chegaram ao céu, São Pedro as esperava.
- O teu nome?
- Flávia
- A freira?
- Não, a taxista..
São Pedro consulta as suas notas e diz:
- Bem, ganhastes o paraíso. Leva esta túnica com fios de ouro. Pode entrar.
A seguinte...
- O teu nome?
- Flávia
- A freira?
- Sim, eu mesma.
- Bem, ganhastes o paraíso... Leva esta túnica de linho. Pode entrar.
A religiosa diz:
- Desculpe, mas deve haver engano. Eu sou Flávia, a freira!
- Sim, minha filha, e ganhastes o paraíso. Leva esta túnica de linho...
- Não pode ser! Eu conheço a outra Flávia, Senhor. Era taxista, vivia na minha cidade e era um desastre! Subia as calçadas, batia com o carro todos os dias, conduzia pessimamente e assustava as pessoas. Nunca mudou, apesar das multas e repreensões policiais. E quanto a mim, passei 65 anos pregando todos os domingos na paróquia. Como é que ela recebe a túnica com fios de ouro e eu esta?
- Não há nenhum engano - diz São Pedro. É que, aqui no céu, adotamos uma gestão mais profissional do que a de vocês lá na Terra...
- Não entendo!
- Eu explico. Já ouviu falar de Gestão de Resultados? Agora nos orientamos por objetivos, e observamos que nos últimos anos, cada vez que tu pregavas, as pessoas dormiam. E cada vez que ela conduzia o táxi, as pessoas rezavam! Resultado é o que importa...
Isso é Gestão de Resultado !

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A PROPÓSITO DA TRAGÉDIA EM NITERÓI


Manecas Barbeiro tomava a sua bica e lia os jornais, quando o Edson Brasuca entrou no Café Central.
-Oi gente, boa tarde a todos.
-Boa tarde Edson, respondeu-lhe o Manecas. Tudo bem?
-Tudo sim, siô Manecas, na medida do possíveu.
-Então homem, sempre tão alegre e bem disposto e agora estás com essa cara de caso?
-Não é isso não, siô Manecas. É que ainda não consegui ter notícias de meu primo, que mora em Niterói. E nóis somos muito chegados, sabe...
-Desculpa amigo, nem me lembrava dessa tragédia. Uma coisa horrível. Mas se Deus quiser ele está bem.
-Deus o oiça siô Manecas, Deus o oiça. A natureza não está sendo generosa com a gente não. Tem sido um início de ano horríveu.
-É verdade, Edson. Tem sido sim e um pouco por todo o mundo, infelizmente...
-Pois é siô Manecas, eu sei que sim e até que eu nem sou de me preocupar antes do tempo. Mas custa ver o sofrimento de minha mãe, que tem tanta gente amiga e conhecida por lá.
-Coitada, eu imagino o que lhe vai na alma...
-Mas desculpe, siô Manecas, que eu não queria incomodar o siô com essas coisas triste não.
-Ó rapaz, não incomodas nada. Custa-me é ver-te assim e mais ainda porque não é costume, pelo contrário. Olha, vou ler-te um poema que um amigo meu escreveu, a propósito dessa tragédia, para veres que os brasileiros não estão sozinhos nesta hora:

Viver

“Viver, e não ter vergonha de ser feliz”.
É a mensagem do poema, da canção,
Que nos chega do Brasil, país irmão,
Que ri para a vida como um qualquer petiz.
Por isso me custa ver a natureza
Ser tão injusta com aquela gente,
Tão simples, mas sempre tão contente
Mesmo quando vive em estado de pobreza.
Ver sofrer os cariocas, dói
Derrocadas, chuva, destruição,
São imagens de cortar o coração,
Da tragédia que afecta Niterói.
Por isso eu, que nem sou brasileiro
Mas adoro o país e a sua gente,
Sou incapaz de ficar indiferente
E partilho essa dor de corpo inteiro.

Fez-se um silêncio e o Edson afastou-se sem articular palavra.
Mas jura quem assistiu que levava uma lágrima no canto do olho...

NÃO HÁ NADA COMO...REALMENTE


O Benfica foi afastado da Liga Europa, pelo Liverpool, com uma pesada derrota, para gáudio dos adeptos dos clubes rivais.
Ao ver a satisfação dos adeptos do Porto e do Sporting cheguei até a pensar que os seus clubes tivessem jogado ontem e conseguido algum feito especial, mas não, a satisfação tem apenas que ver com o resultado e a eliminação do meu clube do coração.
É mais ou menos como quando as suas equipas se apanham a ganhar e em vez de entoarem cânticos de incentivo e apoio aos seus clubes, preferem gritar "SLB, SLB, f....p...SLB". Enfim...
O jogo de ontem não correu bem para o Benfica e para os benfiquistas, é verdade, mas como diz o povo, não há bela sem senão, e estas coisas acontecem aos melhores.
Convenhamos que o Benfica tem feito uma época imaculada, quer do ponto de vista dos resultados, quer das exibições, e acredito que não será este acidente de percurso que irá perturbar a conquista do campeonato nacional, sempre definido como o principal objectivo para esta época desportiva.
Claro que depois do jogo são fáceis os prognósticos e não me custa admitir que Jorge Jesus, se pudesse adivinhar o que iria acontecer, não teria efectuado algumas alterações e talvez tivesse optado por jogar de outro modo. Mas depois do sorteio não há quem não acerte no totoloto...
O Benfica perdeu, paciência. Vamos em frente, com determinação!
E quando vejo a satisfação dos adeptos rivais sorrio, com um sorriso de quem reconhece que só um clube grande e glorioso como o Benfica pode proporcionar satisfação a tanta gente, nas vitórias como nas derrotas...
Como diria um amigo meu: "Não há nada como...realmente!"

quinta-feira, 8 de abril de 2010

NO RESCALDO DA DERROTA EM LIVERPOOL


Manecas Barbeiro entrara preparado para os ataques do Nando Farmacêutico, após a derrota do Benfica, por 4-1, frente ao Liverpool.
-Boa noite, meus senhores. Já sei que levámos uma cabazada e dispenso comentários, disparou.
O Nando olhou-o, rasgou o sorriso e retorquiu:
-E que cabazada, ó Manecas. Lá se foi a Liga Europa. E se não se puserem a pau, lá se vai o campeonato.
-Calma lá, ó lagarto. Vamos devagar. Nada de misturas.
-Tá bem tá. Não se ponham a pau e perdem já na Terça e depois é que vão ser elas...
-Isso era o que tu querias...Lá terão que ser vocês a pagar as favas.
-Sim, sim, fia-te na Virgem e não corras...
-Mas ó Nando, tens que admitir que nem jogámos mal. Não tivemos a sorte do jogo e o Júlio César esteve infeliz.
-Ó Manecas, essa do infeliz é um eufemismo e tanto. Esteve uma lástima. Aquele primeiro golo é cá um falhanço...
-Sim, só que a defesa também não esteve à altura. As alterações introduzidas pelo Jesus não funcionaram. Enfim, aconteceu...
-Isso é verdade. O Jesus já deve estar arrependido de ter mexido na defesa. Nem Nosso Senhor lhe valeu, atirou o Nando, trocista.
-Deixa que na Terça acertamos contas. O Jesus trata do vosso caso...
E lá continuaram trocando farpas, o Manecas manifestamente abalado pela derrota e o Nando aproveitando uma das poucas oportunidades para se desforrar do amigo.
À despedida, o Nando não resistiu e quando o Manecas já estava de saída atirou:
-Ó Manecas, viste por aí o Liverpool?
-Vai brincando enquanto podes que na Terça já perdes a boa disposição...
E lá se foi o Manecas, pensando para com os seus botões:
-Sofrer quatro golos num só jogo...Que raio de ideia aquela de mudar a defesa...






quarta-feira, 7 de abril de 2010

O TREINADOR QUE ERA PARA SER E NÃO FOI...


Nando Farmacêutico comentava com o Silva, dono do Café Central, as últimas desventuras do seu Sporting e em particular as questões relacionadas com a contratação de um novo treinador para o seu clube, quando chegou o Manecas Barbeiro.
-Ora muito boa tarde para todos, saudou o Manecas, com ar jovial. Ó Silva, aqui o Nando anda um pouco abatido, você não acha? Será porque os lagartos desistiram de contratar o segundo Mourinho?
-Coitado. Não piques mais o homem. Tu és terrível, Manecas...
-Deixe lá ó Silva, que este pardal conheço eu, agora que está na mó de cima, tenho de o aturar...
-Pois é, dizes muito bem, estamos na mó de cima e com todo o mérito. E a próxima vítima é o Liverpo0l.
-Tem lá cuidado com as confianças excessivas, ó Manecas, que a coisa em Liverpool não vai ser fácil, atalhou o Silva.
-Bem sei que não, mas tenho cá uma fé que a coisa vai correr bem. A jogar como está, é muito difícil o Benfica não marcar golos num jogo. E nós temos o Jesus...
-Lá isso é verdade, concordou o Silva, mas cautelas e caldos de galinha, nunca fizeram mal a ninguém.
-Bem sei, bem sei, mas adiante. Ó Nando, explica lá como é que foi aquela coisa com o treinador que era para ser mas afinal já não é? Qual era a palhaçada a que ele se referia? As perguntas dos jornalistas sobre um acordo não desmentido, ou a novela que o teu clube permitiu que se criasse?
disparou o Manecas, desejoso de puxar pelo Nando.
-Nem me digas nada. Eu próprio considero aquilo tudo um disparate, mas enfim...
-Vocês acham que o homem lá por ter estagiado com o Mourinho é igual a ele, mas aquilo não se aprende por osmose. Cá para mim foi a sorte grande que vos saiu, embora com uma mãozinha do Porto à mistura...
-Até pode ser que tenhas razão, Manecas, e eu confesso que eu até estava a gostar do Carvalhal, mas eles é que sabem...
-Esse também vai ser campeão, só ainda não disse de quê. Cá para mim quer ser campeão da Segunda Circular, que é o vosso campeonato, mas não vai ter sorte nenhuma. Se não se puserem a pau arriscam-se a levar uma trepa das antigas...
-Deixa-te de fanfarronices, ó Manecas, que te pode sair o tiro pela culatra...
-Se sair, saiu, mas tenho para mim que vocês vão passar um mau bocado na Luz. A menos que o árbitro resolva começar a inventar, como aconteceu em Braga, com o Guimarães. Aí a coisa fica mais difícil...
-Na verdade, aquilo em Braga foi uma vergonha, intrometeu-se o Silva. Mas os árbitros também podem ter dias infelizes...
-Com certeza, concordou o Manecas, só que o Braga queixa-se tanto, insinua tanto, diz que o Benfica é que é favorecido e vai-se a ver lá tem contado com estas preciosas ajudas para se manter...Mas enfim, nós sabemos o que a casa gasta...
E lá continuaram conversando sobre as tristezas do futebol do burgo e os quatro golos do Messi contra o Arsenal, com uma exibição de encher o olho.
Só que a boa disposição do Manecas não lhe permitia ir-se embora sem lançar mais uma farpa ao seu amigo Nando.
-Bem, meus senhores, até logo, que se faz tarde, disse, avançando em direcção à porta. Parou a meio e disparou:
Ó Nando, contra quem é que vocês jogam na quinta-feira para a Liga Europa?
E lá se foi a rir a bandeiras despregadas...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

TIGER WOODS...E NICOLAU


Tiger Woods voltou à actividade. Treinou para jogar o masters de Augusta e deu uma conferencia de imprensa.
Woods teve uns casos fora do casamento e retirou-se para se "tratar".
Voltou, mas continua a aceitar que o tratem como um doente. Uma lástima...
Ao ver a conferencia de imprensa de Woods, esta tarde, não resisti a pensar:
Um homem enganar a mulher pode ser o que quiserem, mas uma doença? Mesmo sendo casado? Com base em que critério?
Se um homem gostar de uma mulher e vice-versa não é doença, qual o vírus que dele se apodera quando passa a gostar de mais do que uma?
Durante muitos anos ouvi muita gente referir-se à homossexualidade como uma doença, afirmação que se tornou "politica e socialmente incorrecta" nos nossos dias, mas segundo os especialistas nada de anormal existe nesse comportamento...
Por este caminho, arrisco dizer que não tardará que a doença seja um homem gostar de mulheres. Ou uma mulher gostar de homens.
E veio-me à memória a excelente entrevista de Nicolau Breyner, ao jornal i da passada sexta-feira, na qual afirmava a dado passo: "Andei com várias mulheres ao mesmo tempo. Era um caos."
Felizmente que Nicolau não teve que dar nenhuma conferencia de imprensa para pedir desculpas aos espectadores, aos admiradores, à família, aos colegas de profissão, ao cão, ao gato, ao canário...
E senti-me bem por não viver nos Estados Unidos e melhor ainda por ser português...
Mas cuidado, o Nicolau safou-se desta mas, com a febre do "político e socialmente correcto" que grassa por aí, pode sempre haver uma doença desconhecida que espere por si...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O DIA DA MENTIRA...


"Há muitas explicações para o 1 de abril ter se transformado no Dia das Mentiras ou Dia dos Bobos. Uma delas diz que a brincadeira surgiu na França. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado no dia 25 de Março, data que marcava a chegada da primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1 de abril.
Em 1564, depois da adoção do calendário gregoriano, o rei Carlos IX de França determinou que o ano novo seria comemorado no dia 1 de janeiro. Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano iniciaria em 1 de abril. Gozadores passaram então a ridicularizá-los, a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como plaisanteries.
Em países de língua inglesa o dia da mentira costuma ser conhecido como April Fool's Day ou Dia dos Tolos, na Itália e na França ele é chamado respectivamente pesce d'aprile e poisson d'avril, o que significa literalmente "peixe de abril". (...)".
Assim começa a descrição sobre o do Dia da Mentira na Wikipédia, a qual consultei para tentar perceber a origem desta tradição, no mundo ocidental.
Neste Dia da Mentira, ou das Mentiras, todos estão autorizados a dizer a sua peta, sem que isso tenha consequências, para além da satisfação de ter conseguido enganar o parceiro.
Não faço a mínima ideia se, quando da difusão do costume, se mentia mais do que se mente agora, mas parece-me inegável que a mentira de hoje, tal como o boato e a calúnia, é de mais fácil propagação e tem um maior grau de probabilidade de ser aceite como verdade, desde que suficientemente repetida...
E atendendo à facilidade e frequência com que se mente, aos mais diversos níveis, dei comigo a pensar se não seria interessante que se instituísse um Dia da Verdade...