O Presidente da República declarou, hoje, abertas as celebrações do Centenário da República Portuguesa, em 5 de Outubro, lembrando a revolta de 31 de Janeiro de 1891, no Porto.
O levantamento militar, também conhecido como "Revolta do Porto", surgiu na sequência das cedências do governo, e da Coroa, ao ultimato britânico de 1890, a propósito do chamado "Mapa Cor de Rosa", e constituiu a primeira manifestação militar contra a monarquia.
Durante as pouco mais de 24 horas que mediaram entre a sublevação e a rendição, os revoltosos hastearam a bandeira vermelha e verde, no edifício da Câmara Municipal, Alves da Veiga declarou, na varanda, a implantação da República, e Verdial leu a lista de nomes que comporiam o governo provisório.
A revolta, terminaria ás 10 horas da manhã do dia seguinte, com a rendição dos revoltosos e a morte de 12 de entre eles.
A República viria a ser implantada 12 anos depois, e apesar dos nobres ideais que estavam subjacentes á sua implantação, aquela que viria designada como Primeira República esteve longe de constituir um exemplo de tolerância e democracia, antes se tendo assistido a radicalismos de diversa ordem, por parte do Partido Republicano...
Neste início das comemorações do Centenário da República, do latim "Res Pública" , que significa "Coisa Pública", seria bom que tivéssemos presente os seus ideais e aumentássemos o nível de exigência, face a todos aqueles que são escolhidos para nos representar, aos mais diversos níveis da estrutura do Estado.
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