Cetra era o escudo usado pelos Lusitanos. Este é o meu cetra, para defesa das minhas opiniões e evitar que a memória se perca...
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
POSTAIS DE MONTEVIDEO
Este será o último postal, desta pequena série, relacionado com a viagem de comemoração do meu 57º aniversário.
Depois de ter sido bafejado pela sorte, no casino, o dia de aniversário começou com um "tour" pela cidade, que me deu a conhecer várias das suas largas avenidas, alguns dos aprazíveis parques e jardins, belos monumentos e edifícios, e lindas praias, de areia branca.
Ainda a digerir a beleza do passeio, decidi-me por um almoço no Mercado del Puerto, inaugurado em 1868, cuja estrutura metálica foi importada de Inglaterra, e onde não falta o típico relógio inglês.
De seguida, mais um passeio pela Ciudad Vieja, aproveitando para comprar algumas pequenas lembranças, em direcção ao hotel, para dar algum descanso às minhas hérnias.
Á noite, um jantar no restaurante Fun Fun, um dos mais emblemáticos da cidade, onde tive ocasião de provar uma "uvita", uma mistura de vinhos diversos, que, confesso, não recomendaria.
A comida estava excelente, mas a qualidade do serviço merece particular distinção, e espero poder reencontrar o Alvaro, que foi de uma atenção, e simpatia, inexcedíveis.
Dos restantes dias, destaco a visita ao Museo del Futbol, situado no Estadio Centenario, onde tive oportunidade de ver uma cópia da famosa Taça Jules Rimet, entregue ao Uruguai, em 1930, pela sua vitória no primeiro campeonato do mundo de futebol.
Entre várias outras preciosidades, merecem realce as camisolas, autografadas, de Pelé e Maradona, bem como uma fotografia da Selecção Nacional Portuguesa, não datada, na qual não reconheci qualquer jogador, mas que me pareceu ser dos anos 50.
Curiosamente, um chileno, que visitava o museu, na companhia da sua mulher e do seu filho, ao aperceber-se que eu era português, debitou, sem hesitar, o nome dos titulares da selecção portuguesa, na célebre campanha de 1966.
Claro que conversa puxa conversa, e depois de deixar bem claro que a equipa portuguesa tinha sido a melhor, nesse mundial, falou de Eusébio, e do Benfica, mencionando, um por um, os jogadores que ganharam a segunda Taça dos Campeões Europeus.
Foi uma surpresa bem agradável, tanto mais que me falou de Lisboa, de Portugal, e dos portugueses, com uma admiração, e um carinho, que me impressionaram.
Feitas as despedidas, e como o estádio se encontra no esplêndido Parque Battle y Ordóñes, um verdadeiro pulmão da cidade, aproveitei para conhecer outras instalações desportivas, como La Pista de Atletismo e o Velódromo Municipal, num passeio a pé que só terminaria no hotel, depois de percorrer a longa, e bela, 18 de Julio, a principal avenida de Montevideo, com paragem na Plaza Ingeniero Juan P Fabini, como a foto documenta, para um generoso chivito e uma cervejinha.
Um novo jantar, no Fun Fun, desta vez para, além de saciar a fome, assistir a um espectáculo de tango, cantado e dançado, merece ser lembrado, tanto mais que foi uma excelente forma de terminar a noite.
O sábado foi dedicado ao futebol, e ao Carnaval, com o regresso ao Estadio Centenario, para assistir ao jogo Peñarol-Fénix, com o detalhe de Urretavizcaya, emprestado pelo Benfica ao Peñarol, ter tido uma fraca prestação, seguido de um espectáculo de Carnaval, no Velódromo, com grupos de teatro, mascarados, fazendo o mais diverso tipo de sátiras.
Devo confessar que não percebi boa parte do que foi dito, mas os grupos La Clave e La Confradía proporcionaram-me, apesar disso, momentos bem agradáveis, e divertidos.
Em conclusão, digo-vos que se tratou de uma viagem extremamente interessante, e muito agradável, e tenho a esperança de que estes meus breves "postais" possam suscitar a vossa curiosidade, e interesse, por uma cidade que merece ser visitada, e divulgada.
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