quarta-feira, 8 de abril de 2009

CREDIBILIDADE...


Hermínio Loureiro revela-se preocupado com o futuro do futebol, afirmando que, hoje em dia, ninguém defende o futebol. E considera que a sua “missão de credibilizar o futebol está parcialmente cumprida”.
(...)Para o dirigente a moderação salarial é o lema e salienta que o futebol é vítima de “um excesso de perseguição fiscal”.
Já sobre a final da Taça da Liga, Hermínio Loureiro defende que “os erros de arbitragem não podem associar-se a corrupção e suspeição”. E surpreende ao dizer que a presidência da Liga não o preenche. (...)

( Edição "Online", do DN Desporto, de 8 de Abril de 2009 )

Devo confessar que, os dirigentes do nosso futebol não param de me surpreender.
Se Hermínio Loureiro considera que, a "missão de credibilizar o futebol está, parcialmente, cumprida", terei que concluir por uma de duas possibilidades:
Ou o Presidente da Liga não está a referir-se ao nosso futebol, ou o seu conceito de credibilidade não é igual ao meu.
Dirigentes, e treinadores, falando de corrupção na arbitragem, clubes abandonando a direcção da Liga pelo mesmo motivo, clubes com receitas televisivas hipotecadas por vários anos, com endividamento excessivo, com salários em atraso, demasiados jogos de má qualidade, preços elevados dos bilhetes, estádios vazios, enfim, se isto não descredibiliza, totalmente, o nosso futebol, então não sei o que mais será preciso...
Até surpreende que, com tanta "credibilidade", ninguém defenda o futebol, como reconhece o presidente da Liga, apesar de ser o desporto mais popular em Portugal, e se existe um "excesso de perseguição fiscal", acho que a maioria dos portugueses ainda não deu por isso...
Hermínio Loureiro terá, decerto, os seus motivos, para considerar que a Liga "não o preenche", e terá, provavelmente, encontrado mais obstáculos à sua actuação do que antecipava, mas faz muito mal em acreditar o seu legado será muito diferente da pobre herança que recebeu, como transparece da sua entrevista.
A Liga precisa de um presidente que se considere "preenchido" pela função, que tenha ideias , claras, sobre o que é preciso fazer para transformar o nosso futebol, e que esteja disposto a empenhar-se, totalmente, para o conseguir. Contra tudo e contra todos !
Mas, pelos vistos, o melhor é esperarmos, sentados..


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