Cetra era o escudo usado pelos Lusitanos. Este é o meu cetra, para defesa das minhas opiniões e evitar que a memória se perca...
quinta-feira, 19 de maio de 2011
ATÉ BREVE!
Os que se dão ao trabalho de ler os meus escritos já terão percebido que escrevo sobre o que me apetece, quando me apetece.
Gosto de escrever, como gosto de ler, de viajar, do sol e do mar, pelo que, mais do que qualquer outra coisa, escrevo para meu prazer.
Não sou um escritor, naturalmente, nem teria a ousadia de me considerar como tal, mas, tal como eles, também tenho os meus momentos, uns mais ou menos inspirados, e outros em que, pura e simplesmente, não me apetece escrever.
Este é um desses momentos, e se escrevo estas linhas é, apenas, para justificar a minha ausência, que poderá, ou não, prolongar-se por algum tempo.
Questões relacionadas com a minha vida privada requerem atenção particular e receio que não me deixem muito tempo, ou disposição, para a escrita.
Sei que não se perde grande coisa, mas deixo a ameaça de voltar, tão brevemente quanto possível.
A todos deixo um grande abraço de reconhecimento,
Até Breve!
sábado, 14 de maio de 2011
SEMI-BREVES...
- O país dos comentadores políticos está em estado de choque.
Afinal, contrariamente ao seu desejo, os resultados das sondagens não só não prenunciam o desastre eleitoral do PS, como também não afastam a possibilidade de os socialistas voltarem a ganhar as eleições.
E por falar em comentadores políticos, vale a pena realçar, por surpreendente, o súbito aparecimento de um elevado número de jornalistas "especialistas" em Economia, sobretudo quando se tenha em consideração que muitos deles não sabem do que falam.
Melhor seria que, para defenderem as suas opções partidárias, porque é disso que se trata, deixassem de utilizar a Economia e as Finanças como pretexto.
Até porque o Povo, como nos lembrou Francisco Salgado Zenha, pode não saber o que quer, mas sabe muito bem o que não quer;
- E por falar em não querer, o PSD não quer o Dr Catroika na campanha e mandou-o a banhos, até ás eleições.
Com este segundo retiro, o primeiro foi o do Dr Fernando Nobre, ficou por desfazer a angustiante dúvida sobre a personalidade que foi a banhos: se o economista que defende a redução da Taxa Social Única em 8%, contra os 4% que constam do programa do PSD, se o putativo ministro das finanças de um eventual governo do Dr Passos Coelho. E estou em crer que a clarificação poderia ser, eleitoralmente, relevante...
A propósito de dúvidas, estou em condições de garantir que, ao referir-se aos pelos das partes baixas, para qualificar as preocupações de alguns jornalistas, o ex-ministro das finanças não estava a citar nenhum artigo, ou alínea, do programa do PSD, para a Saúde.
Assim como posso assegurar, com base em fontes próximas da direcção do partido, que, ao comparar Sócrates a Hitler, o Dr Catroika não estava a fazer "terrorismo político", que o PSD veementemente condena;
- Continuando a falar de desgraças, para não destoar do sentimento dominante, o meu Benfica veio desmentir a notícia que dava como certa a dispensa de Roberto.
E como uma desgraça nunca vem só, após o anúncio da manutenção de Jesus, confirma-se a continuidade de Roberto, que já teria sido convidado, segundo as nossas fontes, para ser o novo rosto da campanha publicitaria do restaurante "O Rei dos Frangos", com início marcado para o próximo mês de Junho, de modo a coincidir como arranque da nova época futebolista.
PS: Pensei em escrever sobre mais umas coisitas, mas por respeito aos representantes da "troika", nova divindade económica e financeira de muitos dos nossos políticos, jornalistas e comentadores, entrei em regime de austeridade, e decidi confinar-me a estes três temas.
Espero que me perdoem...
terça-feira, 10 de maio de 2011
COISAS E LOISAS
Coisas escutava, atentamente, a entrevista do presidente do Benfica, enquanto Loisas acabava de arrumar a cozinha.
Terminada a tarefa, ela sentou-se no sofá e perguntou:
- Então, ele sempre despede o Jesus?
- Não, fica.
- Humm
A entrevista aproximava-se do final e Loisas observava o semblante carregado do marido. Não se conteve:
- Ele disse alguma coisa de novo?
- Não
- Humm
A entrevista terminou passados poucos minutos.
Coisas mantinha um ar carrancudo, sem fazer qualquer comentário.
Loisas, que conhecia bem o significado daquele silêncio, voltou à carga:
- Mas o Jesus disse que vamos ser campeões, para o ano.
- E o presidente acabou de dizer que não se devem prometer campeonatos.
- Começamos mal...
- Pois começamos.
- E ele não disse nada sobre o que se passou esta época?
- Disse que festejaram durante demasiado tempo.
- E quem autorizou os festejos?
- Devo ter sido eu.
- Mais nada?
- Disse que o plantel não era adequado para as ambições do Clube.
- Isso vimos nós, apesar da fortuna gasta em jogadores.
- Claro.
- Então não houve nenhuma novidade?
- Vai passar a delegar menos.
- Menos, mas ele delegava em quem?
- Não sei, no Rui Costa não devia ser, com certeza.
- Então, fica tudo mesma?
- Não, muda alguma coisa, para que tudo fique na mesma
- Entendi.
- Lembras-te daquele programa na televisão, o perdoa-me?
- Claro que sim.
- É mais ou menos o mesmo. Pediu perdão, está resolvido.
- Olha, homem, não penses mais nisso. Vamos para a cama.
- Vamos sim. Burro sou eu que ainda dou atenção a esta gente...
sábado, 7 de maio de 2011
O BENFICA DO MEU DESCONTENTAMENTO
A eliminação do Benfica, no espaço de 15 dias, das finais da Taça de Portugal e da Liga Europa, deixou a nação benfiquista à beira de um ataque de nervos.
No Benfica, mais do que em qualquer outro clube português, a passagem do estado de euforia ao de depressão dá-se muito rapidamente, em função dos resultados, evidenciado uma das principais características do povo de que emana.
Ciente desse paradigma, esforço-me por resistir à tentação de analisar o que se passa no meu Clube em função do meu estado de alma, e é com essa preocupação que escrevo estas linhas.
As condições em que o Benfica foi eliminado da Taça de Portugal e da Liga Europa não podem deixar nenhum benfiquista satisfeito, mas também não me parece razoável que o descontentamento possa ser amplificado pelo facto de uma das derrotas nos ter sido infligida pelo Sporting de Braga.
Independentemente de tudo o resto, a equipa bracarense realizou uma campanha notável, sendo de justiça reconhecer que Domingos Paciência é o grande responsável pelo êxito da equipa minhota.
Já perder com o FCPorto parece ter-se tornado um hábito, que se acentuou desde que, no final da época passada, o treinador do Benfica reclamou um aumento de ordenado, sob pena de ir treinar a equpa do seu amigo Pinto da Costa.
Dizer que as duas eliminações não me causaram uma enorme azia, e um profundo sentimento de frustração, seria fugir à verdade, coisa que me recuso a fazer.
Mas é esse mesmo respeito pela verdade que me obriga a dizer que sou favorável à rescisão do contrato com Jorge Jesus, para que o Benfica possa iniciar um novo ciclo.
E devo reconhecer que, após um período de cepticismo, também eu me converti à ideia de que seria Jorge Jesus o responsável pelo futebol de excelente qualidade que o Benfica praticava na época passada. Apesar de resistindo alguns amigos benfiquistas me fazerem notar que o homem não tinha as qualidades que se apregoava e que o Benfica ganhava porque tinha um lote de jogadores muito superior ao das restantes equipas.
Em defesa dessa sua tese, esses meus amigos realçavam também a renhida disputa do campeonato com o SCBraga, nosso principal adversário, num ano em que o FCPorto demonstrava uma fragilidade pouco habitual.
As saídas de Ramires, Di Maria, e David Luís vieram evidenciar as debilidades do treinador, para não falar do desastrado despedimento de Quim, substituído por um jovem calmeirão que, desde o início, demonstrou não ter qualidade para justificar a sua contratação, e menos ainda o preço da sua transferência.
E com o enfraquecimento do plantel ficaram a nu as insuficiências do treinador: teimosia, falta de humildade, dificuldade em fazer uma adequada leitura do jogo, incapacidade para reagir perante a adversidade, total inabilidade para dosear o esforço dos jogadores mais influentes...
Acresce a tudo isto uma notória alteração no seu comportamento, e no discurso, particularmente evidentes na reverência perante o nosso principal adversário.
Por motivos que desconheço, a verdade é que Jorge Jesus se transfigurou, desde que esteve na iminência de ir treinar o FCPorto.
Visivelmente abatido pela eliminação da Liga Europa, Luís Filipe Vieira acabaria por vir pedir desculpas aos adeptos, e tempo para reflectir, quando havia afirmado, após a eliminação da Taça de Portugal, que os benfiquistas sabem ser reconhecidos, pelo que não estava em causa a continuidade do treinador.
No momento em que a nação benfiquista aguarda, com natural expectativa, que o presidente do Clube lhe dê a conhecer o resultado da sua reflexão, entendi dever suscitar algumas perguntas, cujas respostas deveriam ser relevantes para a decisão:
- Apesar da enorme qualidade do plantel, na época passada, porque não conseguiu o Benfica uma melhor prestação na Taça de Portugal, e na Liga Europa?
- Qual foi o comportamento do treinador nos jogos decisivos, e qual a justificação para que o título de campeão nacional só tivesse sido conseguido na última jornada?
- Que transformações operou o treinador na equipa, em jogos decisivos, e quais as suas consequências?
- Qual o tempo necessário para que Jorge Jesus efectuasse ajustamentos na equipa, sempre que se revelaram erradas as suas opções iniciais?
- A planificação da presente época e a gestão do plantel do Benfica foram as mais adequadas?
- O investimento efectuado no futebol profissional encontrou reflexo na prestação desportiva?
- Por que motivo veio o treinador reclamar de um penalti, não assinalado, no jogo contra o Olhanense, cujo resultado não contava para nada, quando não se insurgiu contra o facto de o segundo golo do FCPorto, no jogo que eliminou o Benfica da Taça de Portugal, ter sido conseguido em clara posição de fora de jogo?
- Que acontecimentos terão estado na origem das alterações no comportamento do actual treinador do Benfica, a ponto de demonstrar resignação ante a derrota, e ser reverente para com o nosso principal adversário?
- Existe alguma semelhança entre o treinador que conhecemos na época passada, e o homem que vimos com as mãos na cabeça, quando ainda faltava meia hora para terminar o jogo que afastou o Benfica da final da Liga Europa?
As respostas a estas perguntas, e outras que ficam por fazer, só podem levar à conclusão de que Jorge Jesus, por acção e omissão, não reúne os requisitos necessários para continuar a ser treinador do Benfica.
A conquista de um campeonato nacional e de duas taças da Liga são parco retorno para o investimento realizado.
E que me perdoe o presidente do meu Clube mas o Benfica deve gratidão, em primeiro lugar, aos seus associados e adeptos, que constituem a sua principal força e a única razão da sua existência.
Os treinadores, como quaisquer outros profissionais, devem ser remunerados, a tempo e horas, para cumprirem os objectivos que lhes são fixados.
E quando se fala de profissionais, gratidão e reconhecimento só fazem sentido na medida em que prestem serviços relevantes, o que está muito longe de ter acontecido com Jorge Jesus, que nem sequer hesitou em utilizar uma oferta de emprego do nosso principal rival para reivindicar um aumento do ordenado.
Quando aos profissionais do Benfica falta a alma e a mística dos benfiquistas, resta-lhes poder aspirar a ver o seu nome citado, sempre que se faz a história do Clube, coisa que nunca acontecerá com muitos associados, a quem o Benfica muito deve, que nada mais reclamam do que o orgulho de poderem dizer que são do Benfica.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
POLÍTICA E COMPROMISSO
António Costa e Rui Rio, presidentes das câmaras municipais de Lisboa e Porto, respectivamente, lamentaram, hoje, que tenha sido necessária uma intervenção externa, para que os principais partidos portugueses chegassem a acordo, quanto ás medidas necessárias para retirar o país da difícil situação em que se encontra.
Esta posição de convergência, muito rara na nossa política, veio realçar uma das principais qualidade dos seus defensores: bom senso!
A política portuguesa sempre se pautou, com poucas e honrosas excepções que só confirmam a regra, por um conjunto de originalidades, das quais a mais relevante reside na total incapacidade dos nossos políticos para estabelecerem acordos de regime.
A menos que algum estrangeiro nos venha dizer o que tem que ser feito, e então descobrimos, como neste caso, que todos defendiam isso há muito tempo, embora fossem incapazes de chegar a um acordo.
Na velha tradição portuguesa, e contrariando um célebre "spot" publicitário da fábrica de bolachas "A Nacional", tudo o que é estrangeiro é bom, pelo que basta a chancela externa para assegurar convergências, até aí inimagináveis.
Na sua originalidade, os políticos portugueses revelam uma gritante incapacidade de diálogo e tolerância, mesmo sobre temas em que estão de acordo, e expressam-se numa linguagem que apenas contribui para acentuar divergências. E esta é uma prática generalizada, sendo muito poucos os que não contribuem para este triste espectáculo.
Os recursos ao FMI, no passado, o acordo agora alcançado, ou aquele célebre estudo sobre a economia portuguesa, encomendado a Porter, que custou uma fortuna, para nos vir dizer aquilo que já sabíamos desde os bancos da faculdade, são exemplos da sua incapacidade para distinguirem o essencial do acessório, e resolverem, entre eles, os problemas nacionais.
São as idiossincrasias da classe política portuguesa...
E não deixa de ser curioso que nós, portugueses, sempre tão críticos para com tudo e todos, aceitemos, com resignação, o insulto, a dissimulação, a calúnia e a mentira, por acção, ou omissão, como se fossem comportamentos inerentes à actividade política. E não são!
Como já aqui escrevi, anteriormente, os comportamentos dos nossos políticos estão a aproximar-se, perigosamente, daqueles que nos "habituámos" a ver nos dirigentes do nosso futebol, com tudo o que isso implica de conflitualidade e falta de civilidade, que se reflectem na degradação da vida política.
E nem o facto de serem cada vez menos respeitados pelos eleitores parece ser suficiente para os fazer arrepiar caminho.
Resta saber, agora que quase todos reconhecem a necessidade de se executarem as medidas acordadas com a "troika", como vão os dirigentes dos nossos principais partidos políticos conseguir um acordo que permita honrar esse compromisso, na próxima legislatura.
Se tivermos em consideração a conflitualidade e falta de respeito reinantes, parece tratar-se de uma missão impossível, tanto mais quanto tenhamos em consideração que se vai seguir uma campanha eleitoral.
Talvez fosse tempo de meditarem sobre as sábias palavras de Winston Churchill:
"Um político converte-se em estadista quando começa a pensar nas próximas gerações, e não nas próximas eleições".
Esta posição de convergência, muito rara na nossa política, veio realçar uma das principais qualidade dos seus defensores: bom senso!
A política portuguesa sempre se pautou, com poucas e honrosas excepções que só confirmam a regra, por um conjunto de originalidades, das quais a mais relevante reside na total incapacidade dos nossos políticos para estabelecerem acordos de regime.
A menos que algum estrangeiro nos venha dizer o que tem que ser feito, e então descobrimos, como neste caso, que todos defendiam isso há muito tempo, embora fossem incapazes de chegar a um acordo.
Na velha tradição portuguesa, e contrariando um célebre "spot" publicitário da fábrica de bolachas "A Nacional", tudo o que é estrangeiro é bom, pelo que basta a chancela externa para assegurar convergências, até aí inimagináveis.
Na sua originalidade, os políticos portugueses revelam uma gritante incapacidade de diálogo e tolerância, mesmo sobre temas em que estão de acordo, e expressam-se numa linguagem que apenas contribui para acentuar divergências. E esta é uma prática generalizada, sendo muito poucos os que não contribuem para este triste espectáculo.
Os recursos ao FMI, no passado, o acordo agora alcançado, ou aquele célebre estudo sobre a economia portuguesa, encomendado a Porter, que custou uma fortuna, para nos vir dizer aquilo que já sabíamos desde os bancos da faculdade, são exemplos da sua incapacidade para distinguirem o essencial do acessório, e resolverem, entre eles, os problemas nacionais.
São as idiossincrasias da classe política portuguesa...
E não deixa de ser curioso que nós, portugueses, sempre tão críticos para com tudo e todos, aceitemos, com resignação, o insulto, a dissimulação, a calúnia e a mentira, por acção, ou omissão, como se fossem comportamentos inerentes à actividade política. E não são!
Como já aqui escrevi, anteriormente, os comportamentos dos nossos políticos estão a aproximar-se, perigosamente, daqueles que nos "habituámos" a ver nos dirigentes do nosso futebol, com tudo o que isso implica de conflitualidade e falta de civilidade, que se reflectem na degradação da vida política.
E nem o facto de serem cada vez menos respeitados pelos eleitores parece ser suficiente para os fazer arrepiar caminho.
Resta saber, agora que quase todos reconhecem a necessidade de se executarem as medidas acordadas com a "troika", como vão os dirigentes dos nossos principais partidos políticos conseguir um acordo que permita honrar esse compromisso, na próxima legislatura.
Se tivermos em consideração a conflitualidade e falta de respeito reinantes, parece tratar-se de uma missão impossível, tanto mais quanto tenhamos em consideração que se vai seguir uma campanha eleitoral.
Talvez fosse tempo de meditarem sobre as sábias palavras de Winston Churchill:
"Um político converte-se em estadista quando começa a pensar nas próximas gerações, e não nas próximas eleições".
O SERVIÇO PÚBLICO DE TELEVISÃO
Que as televisões chamem verdadeiros especialistas para comentarem os principais temas da actualidade, parece-me recomendável.
Neste contexto, faz todo o sentido que a comunicação social recorra ao comentário de gente especializada, para nos esclarecer quanto ás consequências do nosso pedido de ajuda externa.
Assim como me parece lógico que se convidem jornalistas, especializados, para comentarem esse mesmo tema, porquanto lhes incumbe informar, com objectividade e isenção. Sabemos nem sempre é assim, mas isso é um outro tema...
Obrigatório, digo eu, é pedir aos representantes dos partidos políticos que analisem e debatam o tema, contribuindo para ajudar os portugueses nas suas escolhas, com a vantagem de ficar claro que se trata de análises políticas, numa perspectiva partidária.
Mas entregar a análise e o comentário a supostos "especialistas", que não passam de políticos encapotados, só pode ser considerado deplorável, ainda que, reconhecendo que a situação me incomoda, não possa deixar de admitir que é uma opção e um direito que assiste ás televisões privadas,.
O mesmo não posso dizer, naturalmente, no que respeita ao serviço público de televisão, que é pago com o dinheiro dos contribuintes, a quem incumbe garantir a qualidade e isenção da informação prestada.
Mas não é isso que se tem estado a passar, assistindo-se ao triste espectáculo de alguns jovens, a coberto das suas licenciaturas, aproveitarem para fazer política partidária, com o maior despudor, como se de verdadeiros especialistas se tratasse.
E, nos canais públicos de televisão, este comportamento é lastimável!
domingo, 1 de maio de 2011
CELEBRAR O DIA DO TRABALHADOR
Neste período difícil que Portugal atravessa, estou farto da palavra crise, e quando se celebra o Dia do Trabalhador, pensei que seria interessante fazer uma referência ao processo que conduziu à consagração desta data.
Assim, pareceu-me adequado recorrer à Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_Trabalhador), para ilustrar o que pretendo dizer.
Afinal, lembrar a história pode ser uma das melhores formas de homenagear os trabalhadores...
"O principal dia do trabalho
Em 1886, realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados Unidos da América.
Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA . No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns manifestantes. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, a 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.
Em 23 de Abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adota o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países. Apesar de até hoje os estadunidenses se negarem a reconhecer essa data como sendo o Dia do Trabalhador, em 1890 a luta dos trabalhadores estadunidenses conseguiu que o Congresso aprovasse que a jornada de trabalho fosse reduzida de 16 para 8 horas diárias.
Dia do Trabalhador em Portugal
Em Portugal, só a partir de Maio de 1974 (o ano da revolução do 25 de Abril) é que se voltou a comemorar livremente o Primeiro de Maio e este passou a ser feriado. Durante a ditadura do Estado Novo, a comemoração deste dia era reprimida pela polícia. O Dia Mundial dos Trabalhadores é comemorado por todo o país, sobretudo com manifestações, comícios e festas de carácter reivindicativo, promovidas pela central sindical CGTP-Intersindical (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical) nas principais cidades de Lisboa e Porto, assim como pela central sindical UGT (União Geral dos Trabalhadores). No Algarve, é costume a população fazer pic-nics e são organizadas algumas festas na região.
MULHERES E MÃES
Hoje é Dia da Mãe!
Tudo o que eu possa dizer sobre este dia, consagrado ás Mães, é irrelevante, quando comparado com as homenagens feitas por tanta gente ilustre, mas nem por isso posso deixar de prestar o meu tributo a todas as Mães, com particular destaque para as da minha família.
Lembro e Saúdo as que ainda estão entre nós, e as que já nos deixaram.
De entre as Mães que estão entre nós, e sem desprimor para qualquer outra, cumpre-me prestar duas homenagens especiais:
A primeira, dedicada à Mãe do meu filho, com o meu Eterno Agradecimento, por me ter dado o meu bem mais precioso. Obrigado, Ana!
A segunda, para honrar a minha irmã, grande Amiga e formidável Mãe. Parabéns, Paulinha, este é o teu dia.
Para todas as outras Mães, da família, deixo um enorme beijo, com muita ternura, dizendo-lhes, apenas, que a idade me tem ajudado a valorizar, cada vez mais, a sua difícil tarefa, como Mulheres e Mães. Bem Hajam!
De entre as Mães que já não estão entre nós, mas cuja memória permanece bem viva, com um lugar especial no meu coração, presto especial tributo ás duas Mulheres mais importantes da minha vida:
A minha Querida e Saudosa Mãe, Maria do Carmo, vitima de um trágico acidente de viação, há quase 45 anos.
O seu desaparecimento, precoce, não apaga, ou atenua, a lembrança, quotidiana, de uma extraordinária Mulher que, apesar de não ter tido a possibilidade de ver os seus filhos crescer, nos deixou um legado de integridade, e determinação, que me cumpre saber honrar.
A dor causada pela sua morte, que parece acentuar-se com o andar dos anos, assume particular intensidade nestes momentos, quando se torna impossível não sentir um pouquinho de ciúme por todos aqueles que ainda têm o privilegio de poderem celebrar este dia com as suas Mães.
A segunda homenagem vai, naturalmente, para a minha Querida e Saudosa Avó, Rogelia, que assumiu a difícil tarefa de criar os netos, após o desaparecimento da filha.
Costuma dizer-se que as avós são mães duas vezes, e isso foi, literalmente, o que se passou com a minha Avó, Rogelia. Uma Mulher de armas, e uma Mãe que teve de suportar a dor de assistir à perda de dois filhos, e do marido.
Obrigado, Avó, por tudo o que nos deste!
Por último, e em homenagem a todas as Mulheres e Mães, da família, que já não estão entre nós, direi, apenas, que de todas recolhi ensinamentos, que muito contribuíram para a minha formação, como homem.
Todas recordo, com Saudade, neste dia que lhes é dedicado, e a todas agradeço o Amor e Carinho, que me dedicaram.
A terminar, quero expresssar o meu Apreço e Reconhecimento, a todas as Mulheres e Mães, do mundo, pela sua entrega e dedicação a uma das mais difíceis e nobres tarefas da natureza humana: dar à luz, criar e educar, uma criança.
Um grande Bem Haja para todas.
Apenas uma nota final para referir que, com a imagem escolhida, recordo a padroeira de minha Mãe, e presto homenagem ao Papa João Paulo II, no dia da sua beatificação, cujo pontificado deixou uma marca, indelével, na história mundial.
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