Cetra era o escudo usado pelos Lusitanos. Este é o meu cetra, para defesa das minhas opiniões e evitar que a memória se perca...
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
A MINHA MENSAGEM DE ANO NOVO
De mansinho, como quem não quer a coisa, o ano de 2011 chegou e instalou-se.
Terminado o mês da boa vontade, em que todos desejam Saúde, Sorte, Paz, Amor, Felicidade, "et caetera" e tal, a conhecidos e desconhecidos, temos pela frente onze meses em que tudo voltará a ser como dantes, com amigos, conhecidos, desconhecidos, inimigos, intrigas, fofocas, muito escárnio e muito maldizer. Enfim, o costume...
Segundo muitos, este será o ano em que Portugal vai ter de pedir ajuda ao FMI, Cavaco será reeleito Presidente da Republica Portuguesa e o Parlamento será dissolvido, o que, para inicio de ano, não está nada mal...
Mas eu, que fugi da chuva e do frio, e entrei no novo ano na praia, estou cheio de energia, e encaro 2011 com moderado optimismo.
Acredito que Portugal não terá de recorrer ao FMI, que o Parlamento não será dissolvido, a menos que as coisas corram mesmo muito mal, em termos do controlo da despesa pública, e que Cavaco será eleito na primeira volta.
Assim sendo, e no que à política diz respeito, antevejo um 2011 com muita politiquice, com a classe política, sem excepção, a tratar os cidadãos eleitores como se fossem débeis mentais, ou seja, uma política de continuidade...
Na economia, e na linha do que nos tem vindo a ser anunciado, vai ser o apertar do cinto, para quem não tem cinto, ou já o aperta no ultimo furo, porque apesar das queixas e lamurias de boa parte da nossa classe média, é ela que alimenta a nossa gigantesca economia paralela...
E se muitos dos que se queixam cumprissem com as suas obrigações, a dívida pública não teria, seguramente, a dimensão que lhe conhecemos.
Mas a rapaziada cá do burgo é assim mesmo, e enquanto os tribunais, e a administração pública, continuarem a funcionar como funcionam, resta-nos ir cantando e rindo, ainda que levados, levados sim...
Já na bola, outro dos grandes desígnios nacionais, o ano de 2011 promete muitas alterações, para que tudo fique na mesma, como muito bem ilustra a novela em torno das eleições para a Federação Portuguesa de Futebol.
O Porto, que tratou de se acautelar em 2010, deverá ser campeão e o meu Benfica prepara-se para regressar ao "para o ano é que é", que deve ser a frase mais ouvida lá para os lados da segunda circular, nas últimas décadas...
Quanto ao resto, será, em 2011, a vidinha do costume, com as habituais queixas dos agricultores, dos pescadores, dos funcionários públicos, dos professores, dos profissionais de saúde, dos polícias, dos militares, dos juízes, dos banqueiros, dos pequenos, médios e grandes empresários, dos sindicatos, dos reformados, dos pobres, dos remediados, dos ricos, enfim, todos a ralhar, e todos a ter razão, numa casa onde o pão não abunda e o que existe está muito mal distribuído...
Por isso, meus caros, amigos e inimigos, conhecidos e desconhecidos, a minha mensagem de Ano Novo é simples, e muito curta:
Votos de muita saudinha para vocês todos, que o custo dos medicamentos está pela hora da morte!
E se, feitas as contas, no final de 2011, ainda sobrarem uns trocados, não os joguem na lotaria, ou no euromilhões, que essa coisa de ser rico deve ser uma enorme maçada...
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