Depois de Londres, os líderes do G-20, o grupo dos 20 maiores países do mundo, volta a reunir-se hoje, em Pittsburgh, nos Estados Unidos.
Muita água passou por debaixo das pontes, desde essa reunião em Londres, quando a crise financeira estava no auge, e este encontro terá lugar num momento em que "o pior já passou"...
Por isso, não é de esperar que possa vir a existir um entendimento quanto á desejada coordenação das políticas a adoptar...
A avaliar pelo que tenho lido, os temas em agenda são diversos, desde os desequilíbrios globais, no comércio internacional, ás políticas de reversão das medidas de emergência, adoptadas durante a crise, para diminuir os deficits orçamentais, com passagem pela imposição de restrições ás remunerações dos executivos.
Só que estes temas, tal como os que se prendem com a determinação do "rácio de capital" dos bancos, do qual depende a sua capacidade de endividamento, ou a reforma das instituições multilaterais, Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial, para aumentar o peso dos relativo dos BRIC's (Brasil, Rússia, Índia e China), estão longe de ser consensuais...
E com as economias em fase de recuperação, é "natural" que aumente a tendência dos países para privilegiarem os seus interesses nacionais, e regionais, em detrimento da coordenação, global.
Se a união, e o consenso, na aflição, foi relativamente fácil, num cenário de recuperação económica as coisas tendem complicar-se...
Mas atento o modo diverso como a crise afectou as economias, prescrever um remédio comum, para tratar doenças diferentes, talvez nem seja o mais adequado...
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