segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O MEU NATAL




Mais um Natal que passou, este com a particularidade de ter sido dominado por uma crise de que todos falam, mas muito poucos deram mostras de levar a serio.
Salvo melhor opinião, pareceu-me que a utilização da palavra Crise superou a daquelas que são de uso mais tradicional, durante a quadra natalícia, como Paz, Amor, Fraternidade ou Solidariedade, e foi pena, apesar de não ignorar o abismo existente entre o discurso e a prática...
Apesar disso, a avaliar pelas notícias, gastou-se tanto, ou mais, em presentes, do que em anos anteriores, utilizando-se as mais esfarrapadas desculpas para justificar esse pendor consumista que parece caracterizar os portugueses.
Mas, enfim, como costuma dizer-se, haja saúde...
No que me diz respeito, talvez tenha sido um dos melhores Natais dos últimos anos, apesar da crise, pois consegui reunir, em minha casa, a maioria dos familiares mais directos, coisa que já não sucedia há muitos anos.
Bem sei que foi no dia 22 de Dezembro e não a 24, como manda a tradição, mas o importante foi termos voltado a estar todos juntos, uma pratica que tenho intenção de manter, enquanto tiver vida e saúde.
Deixei de gostar do Natal, confesso, de forma progressiva, na proporção directa do desaparecimento daqueles que me eram queridos, cuja lembrança se torna ainda mais viva durante a quadra natalícia, a que se aliaram outras vicissitudes em que a vida é fértil.
Este ano, contudo, ao conseguir juntar a família, não só senti que honrei a memória dos que partiram, como voltei a experimentar o verdadeiro espírito de Natal...
Uma das fotografias que coloquei acima, é uma singela homenagem aos meus pais e avós, todos já desaparecidos, bem como a todos os familiares e amigos, já falecidos.
Todos continuam presentes, na minha memória, com particular destaque para o meu tio Carlos Alberto, e todos recordo, com enorme saudade.
A outra foto é dedicada à minha irmã, aos meus tios, aos meus sobrinhos e aos meus primos, a quem agradeço a presença e a possibilidade que me deram de voltar a reviver o Natal de outros tempos. Bem-hajam!
Quanto à minha noite de Natal, desde que passada na companhia do meu filho, é sempre excelente, e este ano não fugiu à regra.
Mas quero agradecer à minha irmã, ao meu cunhado Armando, e aos meus sobrinhos, Bernardo, Constança e Zé Maria, terem-nos honrado com o prazer da sua companhia e boa disposição, como bem ilustra a fotografia.
Se algo esteve menos bem, em matéria culinária, aqui ficam as minhas desculpas, com a promessa de que irei empenhar-me para fazer melhor, no futuro.
Uma nota final, de agradecimento ás minhas hérnias, que apesar do seu comportamento pouco cristão, nada a condizer com a quadra, souberam dar-me um relativo descanso, durante a preparação da reunião familiar do dia 22, e da noite da consoada...

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