quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O PRAZER DA CULINÁRIA


Ainda criança, meu avô paterno e meu pai ensinaram-me a descobrir o prazer da mesa, que me empenhei, ao longo da vida, em aperfeiçoar e valorizar devidamente.
Ainda hoje, a ida ao mercado, ou ao supermercado, constitui um dos meus grandes prazeres, pela possibilidade que me dá de sentir o cheiro dos alimentos, avaliar-lhes a cor e imaginar-lhes o sabor.
Um hábito que adquiri com os meus pais, com quem comecei a ir à praça, sempre ao sábado, e que me deu a oportunidade de aprender a verificar se um peixe é fresco, se a carne é macia, se a fruta é de boa qualidade, ou se os legumes são frescos.
E esses simples, mas importantes, ensinamentos, procurei transmiti-los ao meu filho, e aos meus sobrinhos, e partilhar com os amigos, sempre que a oportunidade se proporcionou.
Mas nunca me atrevi a grandes incursões culinárias, reservando a minha intervenção, para além dos elementares ovos estrelados, à grelha, talvez porque essa fosse uma tarefa, tradicionalmente, destinada aos homens.
Chegado aos cinquenta anos, e sem saber bem explicar como, quando, e porquê, senti despertar em mim o desejo de aprender a cozinhar, de manusear os alimentos, de os combinar, de conseguir, com eles, diferentes gostos e sabores.
Hoje, é um dos prazeres de que não me dispenso, de forma regular, e que me permite o exercício de alguma criatividade, na certeza de que estou a dar continuidade ao desejo do meu avô e do meu pai, eles excelentes cozinheiros.
Já o meu filho começou bem mais cedo, sendo melhor cozinheiro do que eu, e quero acreditar que poderei ter contribuído, de algum modo, para o seu interesse pela culinária. Mas é bem provável que tenha mais a ver com a genética...
Gastronómicamente falando, sou um apreciador da boa mesa, e começo a acreditar que, ao contrário do que se costuma dizer, o facto de um prato ter sido preparado por mim, não só acentua o meu sentido crítico, relativamente à sua qualidade, como me estimula a que o aprecie na sua verdadeira dimensão.
E porque acredito que uma boa alimentação é, não só essencial à preservação da saúde, como também um excelente tónico para a manutenção da boa disposição, aqui fica o meu incentivo a um maior interesse pela culinária.
Além de que, como vim a descobrir, ainda que tardiamente, a confecção dos alimentos pode proporcionar grandes momentos de prazer.
Por tudo isto, aqui fica o meu conselho para que se divirtam, cozinhando, na certeza de que estão a contribuir para a preservação de um dos elementos essenciais da nossa cultura...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

VOTAR: DIREITO OU OBRIGAÇÃO?


Realizam-se no próximo domingo as eleições no Brasil, para a escolha, do Presidente da República, dos Governadores dos Estados e Distrito Federal, e dos representantes no Senado, Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas.
É um sistema eleitoral complexo, que inclui, na prática, três sistemas eleitorais distintos, no qual os brasileiros, maiores de 18 anos e com menos de 70, são obrigados a votar, ou a justificar a ausência, sob pena de sanção, desde que não sejam analfabetos. Note-se que, o direito ao voto, no Brasil, adquire-se a partir dos 16 anos.
E é justamente esta questão da obrigatoriedade do voto, introduzida no Brasil em 1932, pelo chamado 1º Código Eleitoral, que me motivou a escrever estas linhas.
Será que é legítimo um Estado sancionar um cidadão porque este escolheu não exercer o seu direito de voto?
A meu ver, e com o devido respeito por quem pensa de outro modo, é totalmente ilegítimo, ainda que a lei possa estabelecer o contrário.
Trata-se de uma prática ainda em vigor em vários países, como a Bélgica, a França, ou no Luxemburgo, que configura um abuso de poder e uma restrição, injustificável, da liberdade dos cidadãos.
O voto é um direito, não fazendo qualquer sentido converte-lo numa obrigação.
Não votar, tal como votar em branco ou anular o voto, é um direito que assiste a qualquer cidadão, numa sociedade democrática.
Coisa bem diferente é a obrigatoriedade de recenseamento, essa sim perfeitamente legítima e justificável.
E é porque assim entendo que dei comigo a pensar sobre os motivos que poderiam, em democracia, levar um Governo, ou um Parlamento, a aprovarem, ou manterem em vigor a obrigatoriedade do voto.
Um dos objectivos, admito, será o de "proteger" a legitimidade dos políticos eleitos, colocando-os ao abrigo de elevadas taxas de abstenção, demonstrativas do desinteresse popular, como sucede em muitos países europeus, nas eleições para o Parlamento Europeu.
A ser assim, convenhamos que se trata de um motivo muito pouco nobre...
Outro motivo possível, poderá ser o de obrigar os cidadãos a uma participação, ainda que mínima, na vida política do país, forçando-os a uma tomada de posição na peleja eleitoral.
Uma exigência inaceitável, numa sociedade democrática, parecendo-me legítimo, isso sim, que ao cidadão que opta por não exercer esse direito, possa ser retirado o direito de se fazer eleger, durante um determinado período de tempo.
Com estas duas excepções, não consigo encontrar outros motivos que possam, legitimamente, justificar tal medida.
Mas confesso que me ocorreu um terceiro motivo possível, esse bem mais complexo e elaborado, que poderia estar relacionado com a facilidade de alguns políticos, pelos mais diversos motivos, em determinadas regiões, arregimentarem cidadãos para a sua causa, o que lhes daria uma manifesta vantagem eleitoral.
Contudo, por uma questão de ética e porque estou a referir-me a regimes democráticos, prefiro recusar tal possibilidade...
Seja como for, aquilo que aqui pretendo deixar bem vincado é que, na minha modesta opinião, votar é um direito, e como direito que é não faz sentido que seja restringido, positiva ou negativamente.

FALANDO DE HUMOR...


Sempre gostei de livros de humor.
Talvez porque me convenci, desde há muito, que o riso é a melhor terapia, para enfrentarmos as dificuldades que a vida nos coloca.
E em períodos de crise, como aquele que estamos a viver, nada melhor do que o recurso ao bom humor, para tornarmos mais agradável o nosso quotidiano.
O livro "HUMOR, Levado a Sério - Momentos das Anedotas no Caxangá Ágape", a minha última aquisição, é mais uma excelente colectânea de anedotas, sobre os mais diversos temas, efectuada por José Artur Paes Vieira de Melo e publicado pela Livro Rápido, Olinda-PE, em 2009.
Pelo muito que me fizeram rir, não resisto a partilhar, aqui, duas anedotas:

1.A propósito de Advogados e Tribunais:

Um aluno de Direito é chamado para exame oral:
-O que é estelionato?
-É o que o senhor professor está fazendo comigo.
-O professor muito indignado:
-Ora essa! Explique-se!
-Segundo o Código Penal, comete estelionato todo aquele que se aproveita da ignorância do outro para prejudicá-lo.

2.Sobre os portugueses:

Num concurso para carteiro, a primeira questão da prova era uma pergunta sobre a distância entre a Terra e a Lua. O Português, ao ler essa questão, levanta-se e devolve a prova, em branco, para o fiscal dizendo:
-Se é para trabalhaire nesse percurso, eu desisto do emprego.

Para os mais sensíveis, acrescento que o livro também inclui anedotas sobre brasileiros, argentinos e mineiros, e se escolhi uma anedota sobre portugueses é porque entendo que precisamos melhorar a nossa capacidade para nos rirmos de nós mesmos.
Para todos os que apreciam uma boa anedota, aqui fica a minha recomendação de um livro que justifica, amplamente, o seu preço.
Não esqueçam: Rir faz bem à saúde!

sábado, 25 de setembro de 2010

UM MANUAL DE JORNALISMO


Terminei a leitura desse excelente livro que é o "Manual do jornalismo esportivo".
A meu ver, o maior defeito desta obra está no título, porquanto estamos em presença de um verdadeiro "Manual do Jornalismo".
O meu amor pelo desporto e por tudo o que está relacionado com a escrita motivou-me, em boa hora, a adquirir este livro, o qual deveria ser de leitura obrigatória, para quem é, ou pretende ser, jornalista.
Apenas como apetite para a leitura, cito a expressão de um dos mais respeitados jornalistas desportivos brasileiros:
"Este livro é um bálsamo. Escrito por quem tem autoridade para tratar o tema, faz da simplicidade sua maior virtude."
E mais adiante:
"Quem escolhe o jornalismo como profissão precisa ter o compromisso de fazer um mundo melhor e não o de ter uma conta bancária maior. E dá para viver muito bem sem precisar macular a profissão."
Preciso acrescentar mais alguma coisa?
Penso que não...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

MÃE


Escrevo para deixar um registo, na esperança de que o meu filho e os meus netos nunca esqueçam esta data.
Ontem, confesso, não fui capaz. O que quer que tivesse escrito, teria sido demasiado emocional, e as emoções devem, na medida do possível, ser reservadas, tal como a intimidade.
No dia de ontem, 19 de Setembro, ao final da manhã, há 44 anos, a minha mãe falecia, vítima de um desastre de automóvel, que deixaria, também, o meu pai hospitalizado, por largos meses.
O Saraiva, colega do meu pai, que vinha ao volante, viria a falecer no mesmo acidente.
Passaram 44 anos e parece que foi ontem...
A saudade, essa, parece que aumenta com o passar dos anos, como se isso fosse possível, e a recente morte do meu pai veio acentuar, ainda mais, o sentimento de perda...
Para mim, desde esse dia fatídico, todos os dias passaram a ser dia da mãe, da minha Mãe, e ontem foi mais um deles, embora com particular significado.
A minha mãe, tal como o meu pai, os meus avós e todos aqueles que me são queridos, apenas morreu fisicamente. Permanece viva, na minha memória, ontem, hoje e enquanto durar a minha permanência no mundo dos vivos.
Para ti minha mãe, hoje, como ontem e todos os dias, um longo e enorme beijo de amor e saudade.
Só espero ir conseguindo corresponder às tuas expectativas, e ao teu elevado nível de exigência, mas isso tu me dirás, um dia, quando chegar a hora de partir ao vosso encontro...
Dá beijos ao pai, aos avós e a todos aqueles que, tendo deixado o nosso convívio, tanta falta nos fazem. Amo-vos a todos!
Até sempre, minha querida Mãe!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

NA TERRA DOS EUCALIPTOS: Programa do Jô - Histórias do Claudinho o político...

NA TERRA DOS EUCALIPTOS: Programa do Jô - Histórias do Claudinho o político...: "Convido-vos a rirem-se um bocado com esta entrevista. Só os brasileiros de facto! Falta aos nossos políticos algum sentido de humor e capaci..."

terça-feira, 14 de setembro de 2010

NOVO PROFESSOR, NOVA ESCOLA


Iniciou-se, ontem, mais um ano escolar.
Uma reportagem da RTP, sobre o Colégio Central de Gueifães, na Maia, (http://www.colegiogueifaes.com/identidade.html), que funciona com horários alargados e possui uma vasta gama de actividades extra-curriculares, coisa que não é muito comum em Portugal, motivou-me a abordar este tema.
Afinal, aquela realidade pode perfeitamente ser transposta para a escola pública, eventualmente até com custos inferiores.
Sem prejuízo dos vários avanços conseguidos, permito-me recordar que, desde o 25 de Abril de 1974, sucessivos ministros, da direita à esquerda, foram incapazes de levar a cabo uma reforma que adequasse o sistema educativo à nova realidade social.
Não porque o não desejassem, ou não soubessem como fazê-lo, mas porque a luta política e os interesses corporativos se sobrepuseram ao interesse nacional.
E convém lembrar que passaram pela pasta da Educação ministros com incontestável conhecimento do sector, e reconhecida capacidade e prestígio...
Se tivermos em consideração as transformações sociais ocorridas desde os anos 70, haveremos de reconhecer que os níveis de exigência, em matéria de Educação e não só, se alteraram radicalmente, e isso não podia deixar de se reflectir no quotidiano das escolas, e na vida dos professores.
Hoje, não só as crianças precisam de passar mais tempo na escola, como esta tem o dever de lhes garantir uma qualidade formativa/educativa bem mais exigente do que aquela a que os professores estavam habituados, ou estariam preparados para assegurar.
A realidade dos últimos 36 anos, em matéria de Educação, leva-me a admitir que os intervenientes, tutela, partidos, sindicatos e professores, sintam a necessidade de ver reformulado um conjunto de práticas, mesmo quando alguns incidentes e comportamentos não parecem apontar nesse sentido.
Mas a concretização de verdadeiras reformas só poderá ter lugar quando a Educação deixar de ser palco da batalha política, criando as condições para a definição de um modelo, relativamente consensual, que incorpore uma nova visão do papel da escola e rompa com práticas antigas, hábitos e interesses instalados.
E a participação de alunos e encarregados de educação, se alguma, seja enquadrada de modo a não permitir a perversão dos princípios subjacentes a um adequado modelo escolar.
Os jovens estão na escola para aprender, não para serem mais uma parte no processo de definição e organização do sistema, assim como aos pais, individualmente ou através de comissões, não pode caber outro papel que não o de colaborarem, no sentido da implementação e aperfeiçoamento do sistema.
Não é admissível que, como tantas vezes tem sucedido, em nome de uma suposta democraticidade do sistema, se permita uma enorme bagunça, no funcionamento das nossas escolas.
A transformação do actual sistema de ensino requer uma atitude radicalmente diferente, por parte de todos os que têm responsabilidade na sua definição e implementação, mas, qualquer que seja o modelo a adoptar, todos sabemos que só poderá ser bem sucedido se conseguir reformular o papel destinado aos professores.
Entre outras alterações, é preciso começar por contrariar velhos hábitos, e assegurar que os professores passarão a estar mais horas nas escolas, a acompanhar os jovens nas suas actividades extra-curriculares e a orientá-los no estudo e elaboração dos trabalhos, no período subsequente ao final das aulas.
Por outro lado, para além do seu papel como formadores, os professores terão ainda de aceitar exercer a função de educadores, que a tantos parece desagradar, não transigindo no cumprimento de regras básicas de educação e conduta.
Falo, portanto, de um "novo professor", e de uma "nova escola", onde os professores ensinam e educam, os alunos aprendem e são educados, os pais acompanham e sugerem, e a tutela define, com clareza, os programas e objectivos a atingir por cada estabelecimento de ensino.
Com professores e alunos sujeitos a uma avaliação periódica, baseada em critérios simples e objectivos.
Fácil de sugerir, difícil de concretizar.
Tanto mais quanto nenhuma reforma será verdadeiramente eficaz se estiver condicionada por outros interesses que não os que visam, exclusivamente, a melhoria do sistema educativo...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

EM TORNO DA PROBLEMÁTICA...


(Imagem copiada, via Google, do blog geografiassuburbanas.blogspot.com)

Quem já não assistiu à utilização da palavra problemática, a pretexto da análise dos mais diversos temas?
A problemática política, das relações, da saúde, ou do futebol, por exemplo, são expressões que se ouvem frequentemente, e que admito que possam deixar muita gente sem saber, exactamente, o que elas querem significar.
Sugiro, portanto, que comecemos por ver, recorrendo ao Dicionário Priberam da Língua Portuguesa , qual o verdadeiro significado da palavra:

problemática
s. f.
Natureza dos problemas que um filósofo põe a si próprio: A problemática kantiana.

problemático
adj.
1. Duvidoso, incerto.
2. Equívoco.
3. Difícil de interpretar, que se não compreende.

Assim sendo, e nos termos da própria definição, aquilo a que assistimos, muitas vezes, não é mais do que os filósofos, da política, das relações, da saúde, do futebol, ou de outra qualquer coisa, a referirem-se à natureza dos problemas que eles colocam a si próprios, com as suas muitas certezas e poucas, quando algumas, dúvidas.
Em reflexão, atrevo-me a sugerir que possa residir aí um dos grandes males da sociedade portuguesa, ou seja, somos um povo que privilegia a filosofia, em detrimento da acção, mas de convicções inabaláveis.
É comum ouvir dizer-se que é bem mais fácil criticar do que fazer, o que, sendo reconhecidamente verdade, assenta numa lógica elementar: quem nunca faz nada nunca erra e quem nunca erra não corre o risco de ser criticado, bem pelo contrário...
E como até no humor, como é sabido, somos um povo que sempre preferiu explorar as fraquezas dos outros a ironizar sobre as suas, ao contrário do que sucede, por exemplo, com os ingleses, isso acaba por também ter grande influência no nosso comportamento.
Por isso acredito que, o receio da crítica pode ser uma das explicações possíveis para o primado da filosofia, em detrimento da apresentação de soluções para os problemas, e o empenhamento na sua concretização.
Se tivermos em consideração que o reconhecimento dos erros obriga a ter de lidar com a crítica, quando não com a censura, facto para o qual raramente estamos preparados, tudo se torna um pouco mais compreensível.
No fundo, no fundo, a maioria de nós, tal como o nosso Presidente da República, nunca se engana e raramente tem dúvidas, e quando a coisa dá para o torto nada melhor do que encontrar um terceiro em quem colocar a culpa, para que não fique a impressão de que morre solteira...
E é neste contexto que sou levado a pensar que, com menos problemática e mais empenho na procura de soluções talvez as coisas pudessem ser diferentes, para melhor.
Decerto que erraríamos mais e as críticas aumentariam, mas a nossa capacidade para enfrentar as dificuldades melhoraria bastante e estaríamos a dar um passo importante no sentido de um maior pragmatismo na abordagem dos problemas. Para além de que seria um enorme contributo para a mudança das mentalidades.
Mas isto não passa, é claro, da minha perspectiva sobre esta problemática...

AMIGOS DE PENICHE


Inspirado pela busca da origem da expressão "amigo da onça", ocorreu-me uma outra, utilizada com o mesmo sentido e também quase caída em desuso, que é a que se refere aos "amigos de Peniche".
Alguma vezes a utilizei e ouvi utilizar, sobretudo por parte dos mais velhos, e embora lhe conhecesse o significado só muito mais tarde vim a conhecer a sua origem.
Já que que estava com a mão na massa, e porque esta coisa das novas tecnologias nos coloca tudo à distância de um clique, pareceu-me interessante deixar aqui, também, a explicação para a sua origem, socorrendo-me da Wikipédia, tanto mais que ela se encontra relacionada com um facto histórico, esse bastante menos conhecido.
E tal como sucede com os "amigos da onça", será bom que estejamos atentos aos "amigos de Peniche", que não têm nada que ver com os penichenses, como veremos adiante.

Amigo de Peniche
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Amigo de Peniche é uma expressão idiomática de Portugal que se refere a um falso amigo - um parceiro desleal que não merece confiança e está apenas interessado em receber às custas de outros sem oferecer nada em troca. É o equivalente da expressão amigo da onça do Brasil, também usada em Portugal.

Fundamento histórico

A expressão tem origem na sequência da crise de sucessão de 1580 em Portugal, quando Filipe II de Espanha obteve a coroa portuguesa em detrimento de D. António, Prior do Crato.
Em 26 de Maio de 1589, uma esquadra de 6500 soldados ingleses desembarcou na praia da Consolação, próxima de Peniche, comandada por Robert Devereux, 2º Duque de Essex. Fazia parte de uma expedição militar de 140 navios e 27 600 homens (ou 20 000 homens e 170 navios) comandados por Francis Drake e pelo almirante John Norreys, com ordens de Isabel I da Inglaterra para recolocar D. António no trono de Portugal e restaurar a soberania portuguesa. Simultaneamente com a legitimidade de respeitar a Aliança Luso-Inglesa, Isabel I desejava impedir os esforços espanhóis de reconstituição do poderio naval após a derrota da Invencível Armada, e evitar uma nova tentativa de invasão espanhola à Inglaterra.
A acção militar começou com sucesso: a Praça-forte de Peniche caíu em poder dos homens de Essex e a guarnição portuguesa, submetida ao comando espanhol, não opôs grande resistência. Enquanto as tropas que desembarcaram rumavam por terra a Lisboa, o resto da frota, sob o comando de Francis Drake, seguiu para Cascais. Os objectivos da invasão eram cercar Lisboa por terra e por mar, e ocupar os Açores de modo a cortar a rota da prata espanhola.
A palavra foi passando entre os portugueses: «Vem aí os nossos amigos, que desembarcaram em Peniche...», mas no caminho para Lisboa as forças inglesas mereceram a desconfiança portuguesa ao saquear Atouguia da Baleia, Lourinhã, Torres Vedras, e Loures. Às portas da capital as forças terrestres colocaram-se inicialmente no Monte Olivete (actual freguesia de São Mamede) mas mudaram-se para a Boa Vista, o Bairro Alto e depois para a Esperança, quando D. Gabriel Niño abriu fogo com os canhões do Castelo de São Jorge. A artilharia prometida por Isabel I a D. António não viajara na expedição, o que limitava a capacidade de resposta dos ingleses.
Em Cascais, Francis Drake aguardava a entrada terrestre em Lisboa para cercar a cidade no rio Tejo; mas os homens de John Norreys foram ineficazes no ataque à capital bem fortificada e melhor defendida, onde os espanhóis tinham reforçado a guarnição e a repressão. As prisões estavam cheias, as execuções de resistentes sucediam-se. Entretanto, os patriotas dentro das muralhas que estavam prontos a combater e sabiam do desembarque inglês interrogavam-se: «Que se passa com os nossos amigos que desembarcaram em Peniche? Quando chegam os nossos amigos de Peniche?»
O empenho dos portugueses na acção militar também falharia. De modo a conseguir o apoio militar de Inglaterra, D. António recorrera ao argumento de que as populações portuguesas se sublevariam ao seu lado contra os espanhóis, de tal modo que talvez nem fosse necessário combater. Mas a ocupação assentava numa repressão feroz, reforçada com a ameaça da invasão, e o levantamento popular não aconteceu.
Menos de um mês depois do desembarque, a expedição inglesa regressou à armada ancorada em Cascais, deixando os portugueses adeptos do prior do Crato a perguntar-se o que era feito daqueles «amigos de Peniche». Mais atacados pela peste do que em combate, os ingleses tinham sofrido danos importantes sem alcançar qualquer dos objectivos. Desde esse tempo, a expressão «amigos de Peniche» passou a designar todos os falsos amigos.

Consequências culturais

Existe uma outra lenda, sem fundamento histórico, sobre a origem da expressão: Durante o cerco a Lisboa das invasões napoleónicas do início do século XIX, as gentes de Peniche teriam prometido transportar víveres por mar para o porto da capital. Mas nunca teriam aparecido, nem sequer tentado, e as pessoas no porto ficaram a desesperar pelos «amigos de Peniche».
Devido à imagem negativa que os penichenses acarretam devido à expressão, a Câmara Municipal de Peniche divulgou e realizou uma encenação da versão histórica dos acontecimentos, com os objectivos de repelir o anátema e "identificar os autênticos amigos de Peniche". A encenação teve lugar na Fortaleza de Peniche em 27 de Maio de 2006.

O AMIGO DA ONÇA



Há dias, a propósito de um assunto que não vem ao caso, dei comigo a pensar:
Afinal, aquele fulano é um belo amigo da onça!
Mais tarde, e porque esta era uma expressão que o meu pai usava algumas vezes para caracterizar alguns "amigos", dei comigo a interrogar-me sobre qual teria sido a origem da expressão e fui, naturalmente, ver o que me dizia a Wikipédia sobre o assunto.
Pela originalidade e pela graça, admitindo que alguns de vocês, tal como sucedia comigo, possam desconhecer a origem da expressão, aqui partilho o resultado da minha busca.
Até porque, apesar de a expressão já não ser utilizada com tanta frequência como outrora, os amigos da onça não desapareceram, bem pelo contrário, e continua a ser recomendável que tenhamos cuidado com eles...

O Amigo da Onça
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Amigo da Onça é um personagem criado por Péricles de Andrade Maranhão (14 de agosto de 1924 - 31 de dezembro de 1961) e publicado pela primeira vez na revista O Cruzeiro em 23 de outubro de 1943.
Satírico, irônico e crítico de costumes, o Amigo da Onça aparece em diversas ocasiões desmascarando seus interlocutores ou colocando-os nas mais embaraçosas situações.

A criação

O famoso personagem foi criado pelo cartunista pernambucano Péricles de Andrade Maranhão, em 1943, e publicado de 23 de outubro de 1943 a 3 de fevereiro de 1962. Os diretores da revista O Cruzeiro queriam criar um personagem fixo e já tinham até o nome, adaptado de uma famosa anedota.

“Dois caçadores conversam em seu acampamento:
— O que você faria se estivesse agora na selva e uma onça aparecesse na sua frente?
— Ora, dava um tiro nela.
— Mas se você não tivesse nenhuma arma de fogo?
— Bom, então eu matava ela com meu facão.
— E se você estivesse sem o facão?
— Apanhava um pedaço de pau.
— E se não tivesse nenhum pedaço de pau?
— Subiria na árvore mais próxima!
— E se não tivesse nenhuma árvore?
— Sairia correndo.
— E se você estivesse paralisado pelo medo?
Então, o outro, já irritado, retruca:
— Mas, afinal, você é meu amigo ou amigo da onça?”

Após a morte do autor, em 1962, o personagem continuou sendo publicado, desenhado pelo cartunista Carlos Estevão, até 1972[1].

Expressão popular

Amigo da onça também é uma expressão popular, originada deste personagem de quadrinhos (ou banda desenhada).

Referências

↑ Carlos Estevão - Biografia

domingo, 12 de setembro de 2010

À MESA, NO PETER'S...


Propício sentia-se particularmente bem disposto. Uma boa disposição que tinha muito que ver com a situação de vantagem em que se encontrava o seu FC Porto, perante os mais directos adversários, no campeonato nacional de futebol, coisa que já não sucedia há muito tempo e que nem ele acreditaria, se alguém lho tivesse ousado sugerir, no início da prova.
Foi o primeiro a chegar ao Peter's, e tomava o seu café com um sorriso nos lábios, assistindo à chegada dos seus amigos.
Benigno foi o primeiro, e antecipando qualquer piada de Propício, disparou:
-Bom dia, Propício. Parabéns! Imagino que estejas de papo cheio...
-Bom dia Benigno. Obrigado.De papo cheio não estou, mas que sabe muito bem estar em primeiro, com uma boa vantagem sobre os adversários, é verdade. Ontem foi o teu Braga, acontece...
-Sim, mas tem cuidado, não embandeires em arco que ainda é cedo...
Entretanto, Segundo tinha-se abeirado da mesa:
-Ora muito bom dia. Imagino que futebol seja o tema da conversa...
Propício, sorriu, respondendo-lhe:
-Bom dia Segundo, imaginas muito bem, para teu desgosto. O teu Sporting voltou a encostar, mas também não é nada a que não estejas habituado...
-Olha, nem quero falar disso. até porque, confesso, me irrita a situação que se vive no Sporting. Prefiro falar de outras coisas...
Entretanto, chegara Benedito, de rosto carregado, bem demonstrativo de que a sua disposição não era a melhor:
-Bom dia, meus senhores. Como já percebi que o tema é futebol, e para que não fiquem dúvidas, começo por dizer que estou furioso e sem disposição para grandes conversas.
Aqui o Propício deve estar radiante, e tem motivos para isso, mas eu não.
Mas acrescento que não vale a pena começarem as comemorações, como se já tivessem ganho o campeonato, como fez o Vilas Boas, no final do jogo de ontem, porque a procissão ainda vai no adro...
-Ora muito bom dia para ti, também, ripostou Propício. Muito bem, excelente entrada. Acabaste de fazer jus à tese de que o ataque é a melhor defesa.
Mas eu poupo-te e declaro a minha disponibilidade para mudar de tema, se isso puder contribuir para melhorar a tua disposição...
-Que simpatia, muito obrigado. Só que quando a esmola é muita, o pobre desconfia, e quer-me parecer que estás a querer evitar que eu fale da pouca vergonha que têm sido as arbitragens, que muito têm a ajudado o teu clube a ganhar avanço sobre os concorrentes.
E, sem se deter, acrescentou:
-Não que eu desculpe tudo o que se está a passar no Benfica com as arbitragens, mas também não sou ingénuo e já percebi que, nessa matéria, vocês começaram cedo, e bem, este ano.
-Já cá faltavam as arbitragens, atirou Propício.
-Não te faças de anjinho, porque te tenho na conta de um homem sério, e sabes bem que, neste início de campeonato, o Benfica tem sido muito prejudicado pelas arbitragens, o mesmo não se podendo dizer do teu clube. Bem pelo contrário...
-Isso mesmo, agora queixa-te das arbitragens que vais no bom caminho.
Não fales do Roberto, do César Peixoto, do erros do Jesus, que não vale a pena, ironizou Propício.
Benigno, que percebeu que a conversa estava a tomar um rumo que em nada contribuiria para a um clima de boa disposição entre eles, interveio:
-Bem, amigos, chega de bola. O que me dizem à aprovação, pelo Governo da República, da proposta do Governo Regional para alteração do valor das tarifas promocionais, das viagens para o Continente, para valores inferiores a cem euros?
-Ora aí está uma boa notícia, reagiu Segundo, coisa rara nos dias que correm. Resta ver o que dirá a União Europeia, que tem a última palavra, sobre o assunto...
E lá continuaram à conversa, em torno das medidas necessárias para assegurar uma maior aproximação entre os Açores e o Continente, e melhorar as condições de vida da população do arquipélago...

sábado, 11 de setembro de 2010

SIMPLESMENTE...PESSOA



"Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhámos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia,
das vésperas dos fins-de-semana, dos finais de ano, enfim...
do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje já não tenho tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado,
seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe...
nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses... anos...
até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo...
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:
Quem são aquelas pessoas?
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
- Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons
anos da minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo.
E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.
Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes
daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a
sua vida isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo:
não deixes que a vida passe em branco,
e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

Fernando Pessoa



"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram,
Mas na intensidade com que acontecem
Por isso existem momentos inesquecíveis,
Coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis"

Fernando Pessoa

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O JORNALISMO DO MEU DESCONTENTAMENTO...


Custa-me dizê-lo, mas ver um telejornal, ou ler um jornal, português, está a tornar-se uma tarefa cada vez mais pesada.
Não contabilizei, mas atrevo-me a dizer que, a esmagadora maioria das notícias estão relacionadas com desastres, catástrofes, queixas, reclamações, enfim, desgraças da mais diversa ordem...
Estou consciente que as desgraças e as notícias polémicas vendem mais do que as outras, mas deveria existir um limite para o sensacionalismo e para a exploração da desgraça alheia.
Ou talvez seja eu que estou com uma menor predisposição para lidar com aquilo que parece ser a prática jornalística, normal, dos nossos dias...
Pela via das dúvidas, e porque a área do jornalismo sempre me foi particularmente apelativa, resolvi tentar melhorar os meus conhecimentos nessa matéria.
Assim sendo, acabei de adquirir o volume II do livro, Teorias do Jornalismo, publicado pelo professor Nelson Traquina, numa primeira tentativa para conhecer melhor as motivações de quem escreve.
Infelizmente, o primeiro volume não estava disponível, mas não deixarei de o adquirir, logo que o encontre.
Das minhas conclusões, após a leitura deste volume II, prometo dar-vos, aqui, a devida nota.
Quem sabe mudo a minha opinião...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

VINCERE


Ontem foi dia de cinema.
O filme Vincere, do realisador italiano Marco Bellocchio, versa o tema da paixão de Ida Dalser por Benito Mussolini, a ponto de vender os seus bens para financiar a carreira política do futuro ditador, e o modo como viria a ser abandonada e perseguida pelo ex-amante, após a sua ascensão ao poder, culminando no seu internamento compulsivo, como demente.
Desse relacionamento nasceu um filho, Benito Albino Mussolini, igualmente abandonado e rejeitado pelo pai, que viria a ser retirado aos cuidados da mãe, dado como órfão, e que acabaria, também ele, por ser internado num hospício, até à sua morte, por insistir em afirmar a sua condição de filho do ditador.
Um excelente filme, que trata de um assunto que me era completamente desconhecido.
Como diz o povo, vivendo e aprendendo...
E quando se tem a oportunidade de aprender, como eu tive, através de uma fascinante obra cinematográfica, que inclui algumas imagens da época, a satisfação é ainda maior.
Assim, vale a pena ver cinema!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O GRITO DO IPIRANGA


Amanhã celebra-se o Dia da Independência do Brasil, data em que o príncipe regente, D. Pedro terá gritado, junto à margem do rio Ipiranga, "Independência ou Morte", corria o ano de 1822.
Entretanto, a Editora Nova Fronteira acaba de lançar um novo livro de Laurentino Gomes, intitulado 1822, que vem na sequência da obra 1808, que retratava a fuga da família real portuguesa para o Brasil.
O 1822, que acabei de adquirir e tenciono começar a ler hoje mesmo, se tiver a qualidade do 1808, terá sucesso garantido.
Vale referir que, Carlos Magno, um dos grandes jornalistas portugueses, que é também professor, se referiu à nova obra de Laurentino Gomes, dizendo que se trata de "um livro que ajuda a explicar as raízes comuns de brasileiros e portugueses", o que é mais do que suficiente para me aguçar o apetite pela sua leitura.
Num momento em que as relações entre portugueses e brasileiros são, tantas vezes, marcadas pelo preconceito, sem sentido, e pelo mútuo desconhecimento da realidade de cada um dos países, e dos seus povos, quase me atrevo a sugerir que estas duas obras, de Laurentino Gomes, deveriam ser de leitura obrigatória.
Na impossibilidade de conseguir tal desiderato, aqui fica a minha recomendação.

COMECE A SEMANA A RIR...


Desde há uns anos que, sempre que dou uma saltada até uma livraria, acabo por comprar um, ou mais, livros de humor, cuja leitura muito tem contribuído para me ajudar a ultrapassar vários momentos em que a minha disposição não é a melhor.
Recentemente, num desses momentos de prazer que é a visita a uma livraria, adquiri o Livro 3 de "Piadas Para Sempre", que integra a Colecção L&M Pocket, a maior colecção de livros de bolso do Brasil.
E devo confessar que em boa hora o fiz, atendendo aos momentos de riso e boa disposição que a sua leitura me proporcionou.
Como nos recorda Toninho Mendes, no seu prefácio a este livro, "os defeitos e as fraquezas dos homens estão na origem de todas as piadas", e talvez seja esse o motivo pelo qual podem constituir uma excelente terapêutica contra os problemas do quotidiano.
E porque o mundo já tem desgraças e problemas de sobra, achei por bem sugerir-vos a leitura deste livro, do qual não resisto a reproduzir uma das muitas piadas que o autor quis partilhar connosco.
Faço notar que, por respeito ao texto original, reproduzo a piada em português do Brasil, como não poderia deixar de ser.
Pareceu-me ser uma boa forma de iniciar uma nova semana, que desejo possa ser excelente para todos, embora, no meu caso, esteja associada a um mês que, desde há longos anos, nunca me traz boas recordações. Mas a vida é assim mesmo...

O ANÔNIMO

Explicava a professora:
- Anônimo é aquele que quer permanecer oculto. Que, às vezes, quer fazer uma crítica, digamos, mas não quer que ninguém saiba quem é ele.
Nisto, uma voz fanhosinha lá do fundo, bem indefinida, ecoa por toda a sala:
-Fala, débil mental!
-Quem disse isto? - perguntou a professora enfezada.
E a mesma voz lá no fundo:
-Um anônimo!

sábado, 4 de setembro de 2010

BREVES


-José Torres, o Bom Gigante, será sempre lembrado por todos os benfiquistas e desportistas portugueses. Para a família, enlutada, aqui ficam os meus sentidos pêsames.

-O empate da selecção nacional, contra o Chipre, 4-4, deveria envergonhar jogadores, técnicos e dirigentes. Nada serve de desculpa para o que se passou e a fraca presença do público deveria fazer reflectir os responsáveis.
É urgente a marcação de eleições para a Federação Portuguesa de Futebol.

-Conhecida a sentença do caso Casa Pia, o assunto está longe de estar encerrado. Qualquer que venha a ser a decisão final, este é um caso de onde ninguém sai bem e que em nada contribuiu para fortalecer a Justiça portuguesa, junto da opinião pública.

-Ao decidir não inscrever Mantorras na Liga Portuguesa de Futebol Profissional, o Benfica pôs termo a uma das situações mais incompreensíveis da história do futebol português. Seria desejável que as partes pudessem, agora, de forma amigável, colocar um ponto final no contrato, que só termina no final desta época desportiva, evitando prolongar uma situação embaraçosa para ambos.